"Se a minha amada um longo olhar me desse Dos seus olhos que ferem como espadas, Eu domaria o mar que se enfurece E escalaria as nuvens rendilhadas.
Se ela deixasse, extáctico e suspenso Tomar-lhe as mãos mignonnes e aquece-las, Eu com um sopro enorme, um sopro imenso Apagaria o nome das estrelas
Se aquela que amo mais que a luz do dia, Me aniquilasse os males taciturnos, O brilho dos meus olhos venceria O clarão dos relâmpagos nocturnos.
S'ela quisesse amar, no azul do espaço, Casando as suas penas com as minhas, Eu desfaria o sol como desfaço As bolas de sabão das criancinhas.
Se a Laura dos meus loucos desvarios Fosse menos soberba menos fria, Eu pararia o curso dos grandes rios E a terra sob os pés abalaria
Se aquela por quem já não tenho risos Me concedesse apenas dois abraços, Eu subiria aos róseos paraísos E a lua afogaria nos meus braços.
S'ela ouvisse os meus cantos muribundos E os lamentos da cítaras estranhas, Eu ergueria os vales mais profundos E abalaria as sólidas montanhas.
E se aquela visão da fantasia Me estreitasse ao peito alvo como arminho, Eu nunca, nunca mais me sentaria Às mesas espelhentas do Martinho"
Li o poema e achei que seria o tipo de coisa que pensarias da tua musa, lol, mudando uma coisita ou outra... o nome da menina, e do café... lol olha que ficava bastante apropriado. Eu acho que a Scarlett ia gostar ;)
1 comentário:
Arrojos - Cesário Verde
"Se a minha amada um longo olhar me desse
Dos seus olhos que ferem como espadas,
Eu domaria o mar que se enfurece
E escalaria as nuvens rendilhadas.
Se ela deixasse, extáctico e suspenso
Tomar-lhe as mãos mignonnes e aquece-las,
Eu com um sopro enorme, um sopro imenso
Apagaria o nome das estrelas
Se aquela que amo mais que a luz do dia,
Me aniquilasse os males taciturnos,
O brilho dos meus olhos venceria
O clarão dos relâmpagos nocturnos.
S'ela quisesse amar, no azul do espaço,
Casando as suas penas com as minhas,
Eu desfaria o sol como desfaço
As bolas de sabão das criancinhas.
Se a Laura dos meus loucos desvarios
Fosse menos soberba menos fria,
Eu pararia o curso dos grandes rios
E a terra sob os pés abalaria
Se aquela por quem já não tenho risos
Me concedesse apenas dois abraços,
Eu subiria aos róseos paraísos
E a lua afogaria nos meus braços.
S'ela ouvisse os meus cantos muribundos
E os lamentos da cítaras estranhas,
Eu ergueria os vales mais profundos
E abalaria as sólidas montanhas.
E se aquela visão da fantasia
Me estreitasse ao peito alvo como arminho,
Eu nunca, nunca mais me sentaria
Às mesas espelhentas do Martinho"
Li o poema e achei que seria o tipo de coisa que pensarias da tua musa, lol, mudando uma coisita ou outra... o nome da menina, e do café... lol olha que ficava bastante apropriado. Eu acho que a Scarlett ia gostar ;)
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