quarta-feira, novembro 28, 2007

Este Natal quero uma Scarlett no sapatinho

Estive a arrumar a minha secção de links, e muitos vídeos que lá tinha posto desapareceram do "tubas". Ora o único que sobrou foi este anúncio da Calvin Klein. Sendo eu um confesso admirador de alguma publicidade e mais ainda da Scarlett Johansson, ainda bem que este sobrou, porque era o meu preferido.
Na reedição, a cores e em vídeo do anúncio do perfume Eternity, e visto a chegada do Natal eu quero fazer o meu pedido.
Pai Natal, podes dar o perfume a outro menino, eu preferia uma Scarlett no sapatinho.



Valete Frates

Música do mês


Ok, neste mês fiz o meu regresso, com posts decentes a este blog, e isso reflecte-se na vontade que tive e tenho de escrever cada vez mais. Então para continuar assim com energia positiva, nada melhor do que uma música que explusa os demónios, e cheia de optimismo. Aqui fica ela:

PJ Harvey - Good Fortune

Threw my bad fortune
Of the top of
A tall building
I'd rather have done it with you
Your boy's smile
Five in the morning
Looked into your eyes
And I was really in love

In Chinatown
Hung over
You showed me
Just what I could do
Talking about
Time travel
And the meaning
Just what it was worth

And I feel like
Some bird of paradise
My bad fortune slipping away
And I feel the
Innocence of a child
Everybody's got something good to say

Things I once thought
Unbelievable
In my life
Have all taken place
When we walked through
Little Italy
I saw my reflection
Come right of your face

I paint pictures
To remember
You're too beautiful
To put into words
Like a gypsy
You dance in circles
All around me
And all over the world

And I feel like
Some bird of paradise
My bad fortune slipping away
And I feel the
Innocence of a child
Everybody's got something good to say
So I take my
Good fortune
And I fantasize
Of our leaving
Like some modern-day
Gypsy landslide
Like some modern day
Bonnie and Clyde

On the run again
On the run again

Valete Frates

segunda-feira, novembro 26, 2007

SE7EN

Se houver alguém no mundo que ainda não tenha visto o filme SE7EN, e seja parvinho o suficiente para não ver este filme brilhante (não fosse o David Fincher a realizar), ficam aqui os melhores momentos do psicopata John Doe, com a fantástica cena final do filme. Ainda bem que a RTP1 o passa de 10 em 10 meses. Não me canso de o ver.



Valete Frates

domingo, novembro 25, 2007

8 1/2 de Fellini

Ontem soube bem ter terminado a noite mais cedo, querendo ressalvar que a companhia foi agradavél como sempre (quer à língua como à vista) ao contrário do que o eu estava a dizer.
Todavia quando cheguei a casa estava a dar um documentário sobre o cinema italiano (mais tarde deu um sobre a revolução russa e a URSS, que por sinal também estava a ser muito bom, mas o sono levou a melhor), o documentário era assinado por Martin Scorcese e tinha o nome "A minha viagem a Itália". O último filme documentado foi o 8 1/2 de Fellini.
Ora no final, para além de ter ficado com uma vontade enorme de ver o filme e de ser o Sr. Marcelo Mastroianni, fiquei também com vontade de passar a mensagem da mesma forma que o narrador passou para mim.
Só para vos dar um cheirinho da história (e porque ainda não vi o filme), posso dizer que se trata de um filme praticamente auto-biográfico, onde a personagem experiência as mesmas situações que Fellini passou, o nome do filme advém do facto da personagem ter feito 8 filmes e mais um episódio, prefazendo o 8 1/2. Mas o filme é muito mais que uma biografia, é arte, é a descrição do processo de criação da mesma, as pressões que todos colocam no cineasta (incluindo a dele próprio), a procura da musa inspiradora da criatividade...

Tudo isto retratado na forma única de um dos maiores mestres do cinema, que recorre a diversos elementos técnicos e psicológicos (o constante recorrer ao surrealismo), para tornar o filme numa experiência maravilhosa.
Colocando nas palavras do narrador:"É um filme sobre filme, e que não podia existir fora do filme."
Deixo aqui o clip da cena inicial, que espero vos aguce o apetite como me fez a mim, e também uma nota. No meio do lixo constante que nos tentam impingir diariamente, tentando rutulá-lo como "cultura" e/ou "entretenimento", é bom saber encontrar coisas realmente boas e fazer um esforço para as compreender. Verão que quer compreendam quer não, no final do filme, o vosso intelecto foi exercitado, e sairam com um ideia ou outra diferente do que quando começaram a ver o filme.
Se quiserem podemos ver o filme juntos. ;)

segunda-feira, novembro 19, 2007

David Lynch

Continuando na telha do Sr. Exoterismo, deixo aqui uma conversa de David Lynch à nação global. David Lynch esteve recentemente em Portugal para dar uma palestra sobre, o seu mundo. Sobre os seus filmes, umas dicas para os ajudar a intrepertar, falou sobre a sua fundação, e sobre a meditação transcendental. Estas palestras têm-se vindo a realizar pelo mundo fora, seja para a sociedade cívil, para estudantes universitários...
Deixando ideias no ar como, através da meditação tornarmo conseguirmos ser mais criativos, mais inteligentes, mais energéticos....Incluir a meditação nos planos curriculares das crianças que automaticamente está ligada há paz mundial, consciência, desenvolver o potencial do ser humano, enfim coisas que só vêem estragar as nossas vidas, não é?
Para mim o exoterismo, é algo de muito peculiar.
Consegue dar sentido a coisas que parecem não fazer sentido nenhum, mas que vendo bem, e com uma boa capacidade de intrepertação, conseguem ter mais sentido do que qualquer realidade por nós experimentada.
Estamos tão entropercidos nesta nossa "realidade", que já nem vemos o quanto insanas são as nossas atitudes.
Que vos parece ser mais desprovido de sentido?
Um homem tentar num momento, expressar em palavras inexistentes aquilo que o prende, que o apoquenta? Ou um homem passar toda a sua vida a desenvolver tecnologia, para que depois possa ser usada para matar milhões?
Pensei bem na insanidade...
Ora para vos tornar melhores seres humanos deixo aqui o vídeo com o muito sábio David Lynch.
Por favor façam um esforço para entender...
Ah, e o vídeo também está em inglês.


David Lynch talks



Valete Frates

domingo, novembro 18, 2007

7 Bandas - Pink Floyd

(Esquerda para a direita - David Gilmour, Roger Waters, Nick Mason e Richard Whright, no Live 8)

Se dissesse que esta é uma das bandas que mais influênciou a música no século XX, e a banda mais visionária de sempre, não teria a dizer nenhuma asneira.
Sem dúvida alguma os Pink Floyd são grandes, mesmo muito grandes.
Têm o segundo disco mais vendido de sempre (!!!) (Dark Side of the Moon), uma das discografias mais completas, um filme, e cerca de 200 milhões de discos vendidos.
No Live 8 em 2005, gelaram o coração de milhões de fãs pelo mundo fora, quando actuaram em conjunto quase 20 anos depois de Roger Waters ter saído, deixaram toda a gente a pensar numa reunião. Tal não se veio verificar, mas mesmo assim foi quase meia-hora, simplesmente mágica. Foi sem dúvida a melhor coisa em termos musicais que aconteceu nesse festival.
Vamos lá tentar contar a sua história feita de mais de 40 anos de muitos mitos e suposições, recheada de boas músicas, e onde o orgulho doentio não a deixa ter um final feliz.A banda foi formada por volta de 1964, na Universidade de Cambridge, por Roger Waters (Baixo), David Gilmour (Guitarra/Vocais), Nick Mason (Bateria), Rick Wright (Teclados) e o misterioso Syd Barret (Vocais).
Esta desde muito cedo começou a tocar ao vivo, em clubes e bares. Todos eles eram residentes em Cambridge, era no fundo uma banda composta por amigos, estudantes e com ideais esquerdistas, todos eles estudavam para ter uma carreira nas artes.
No ínicio a banda teria uma sonoridade virada para os blues. Isto cedo se viria a inverter quando Syd começou a escrever as suas letras, recheadas simbolismos e carregadas de LSD.
Todavia o som era bom e em 1967 sai The Piper at the gates of Dawn, exemplo número 1 da música psicadélica.
Foi um êxito. Pelo menos em Inglaterra onde esteve no top 10.
Mas a boa sorte abandonou-os a partir desse momento. Momento em que Syd começou a deteriorar-se.
(Syd Barret)

Syd havia-se tornado um dependente de LSD, a droga alucinogénica. Ora coisa boas sairam de "trips" de ácido por essa altura. Grandes nomes fizeram brilhantes canções sobre o efeito dessa substância como o Jim Morrison, Jimmi Hendrix que os Pink Floyd até acompanharam numa digressão, entre muitos mas mesmo muitos outros...
Ora obviamente que isto das drogas é um mundo tortuoso e de fácil perdição, para dar um exemplo ambos nomes referidos acima morreram com 30 anos(!!!), Syd está fora desse leque (morreu há pouco tempo com 60 anos), mas uma certa trip iria mudar a sua vida para sempre.
De um momento para o outro o seu comportamento começou a tornar-se ainda mais estranho,e misterioso, chegava atrasado aos ensaios e gravações, aparecia em público visivelmente exausto ou frenético e chateado...
Ora segundo consta, aqueles eram circulos que a banda não frequentava (hmm...não me parece...), e então os managers decidiram dizer que Syd teve um esgotamento nervoso e mandaram-no para umas férias em Espanha.
Quando Syd voltou, ouvia-se as histórias que ele tinha ido para lá dormir em cemitérios.
Ora a banda decidiu continuar sem ele, Gilmour começou a tomar conta dos vocais, e começaram a cantar as músicas que Syd escrevera, sem Syd para as cantar. Certa vez Syd apareceu a um clube mirando Gilmour enquanto este cantava as suas músicas. Consta que este episódio irritou bastante Gilmour.
Waters entretanto decidiu abandonar a universidade e dedicar-se de corpo e alma à banda. Foi ele que teve a coragem de afastar Syd Barrett de cena.
Após a saída de Syd Barret as rédeas da liderança passam para Roger Waters, que toma conta de direcção sonora do grupo, e compõe a maior parte das músicas.
Em 1971 sai novo disco, uma preparação para a revolução musical que o próximo registo viria a causar.
Posto isto em 1973 sai um dos melhores discos de sempre, Dark Side of the Moon.
Uma das melhores experiências sonoras de sempre, com 10 músicas que podem mudar a vida de uma pessoa em cerca de 45 minutos.
Mas que tinha assim de tão especial?

Dark Side of the Moon, era o dito disco conceptual.
Mas que é isso?

Um disco conceptual tal como o nome indica, é um disco criado para satisfazer um determinado conceito que o artista escolheu para escrever e compor. Basicamente todo o álbum advém de uma ideia base.
No caso dos Pink Floyd o tema escolhido foi a experiência humana, a vida, a sua e a dos outros. Grande parte das músicas eram introduzidas com sons bastante diferentes, como máquinas registadoras, pássaros, relógios de coluna...Tudo encaixa prefeitamente. Os temas descrevem situações supostamente dificeis com uma naturalidade impressionante. Por exemplo falando assim dos temas mais evidentes, a música Time fala sobre o envelhecimento, a perda de oportunidades durante a vida e o mau uso que damos ao pouco tempo que nos é dado nesta vida. A música Money é sobre temas como o materialismo, a ganância, das portas que o dinheiro abre, como ninguém consegue ser superior ao dinheiro. Brain Damage foi um tributo de Roger Waters a Syd Barrett (aliás após a saída de Syd, este tomou um lugar de destaque no lirismo de Waters), abordava coisas inóspitas como a doença mental, a loucura, o abandono...
Resumindo Dark Side of the Moon é algo que devia ser obrigatório qualquer ser humano ouvir, daquelas coisas que devia fazer parte do plano curricular da disciplina de inglês, ou de filosofia. É algo mesmo maravilhoso, é fechar os olhos e escutar. Escutar o mundo, a vida, a sociedade, o individuo. É impressionante o virtuosismo de Gilmour com a guitarra, os teclados a criar o ambiente, e toda aquela nuvem sonora, recheada de cheiros e lugares.
Num plano mais didáctico, e falando dos mitos de volta deste registo, consta que Dark Side of the Moon e o filme "Feiticeiro de Oz" fazem uma boa parelha. Segundo o mito se se colocar o disco a tocar a uma dada altura do início do filme, consegue-se que cerca de 100 falas coincidam. Fica a deixa para quem quiser experimentar.

Em 1975 sai Wish you were Here, cujo tema homónimo ainda mexe nos dias de hoje pelas rádios. Embora muitos pensem que é uma canção de amor, Waters escreve mais uma vez sobre Syd (acho que foi o pesar de consciência), temas como a solidão e ausência de amigos são a verdadeira essência da canção segundo Waters.
Outros discos muito bons sairam, mas há mais um do qual sou obrigado a falar, The Wall.
Escrito para ser a banda sonora de um filme com o mesmo nome, é a visão de Waters que está exposta. No fundo acaba por ser um disco de Roger Waters intrepertado pelos Pink Floyd. O filme também foi escrito por Waters, e para qual estava previsto ele ser o actor principal, mas que na realidade foi o amigo da banda Bob Geldof (o senhor que organizou os Live Aid e 8), coisa que não foi muito do agrado do Sr. Waters. Ora se o filme não é para qualquer um, já o disco é bastante explícito. Ele é politico, freundiano, insano...
Crítica abertamente o sistema educacional inglês (que anos mais tarde foi importado para Portugal), dizendo que diminuiu a individualidade dos alunos ingleses, conformando-os a moldes e negando-lhes a oportunidade de ser criativos, esta tomada de posição causou bastante polémica na Inglaterra da "Dama de Ferro", Margaret Tatcher.
Num plano psicanalítico, com a canção
Mother, conta a história de um rapaz cujo amor materno, chega a ser sufocante, transformando o rapaz na vida adulta, uma pessoa incapaz de ligar com os problemas que lhe aparecem.

No caso da insanidade, tema que mais uma vez tem um lugar guardado no disco, Roger Waters conta-nos uma história que lhe aconteceu na realidade, essa história está em Confortably Numb, onde ele partilha uma situação que lhe aconteceu nas vésperas de um concerto, em que ele estava doente e mesmo assim os médicos, acessores, managers, etc, o drogaram para que ele pode-se levar acabo o concerto, para que este não fosse cancelado.
O tema chave desta vez é a solidão e o isolamento. Aliás para melhor contextualização do disco, o filme pode ajudar.
No filme a personagem principal, vai criando um muro à sua volta, que representa o seu afastamento emocional das pessoas (para mais informações ver um dos meus primeiros posts).

Escrito mais este brilhante capítulo da história da banda, esta lança mais um disco The Final Cut, dá-se na realidade o corte final. Roger Waters lider e principal compositor da banda abandona a mesma. E apartir daqui é que as coisas começaram azedar.
Veio o rancor, ciúme, os insultos, lutas judiciais e um enorme diferendo entre David Gilmour (novo lider) e Roger Waters.
Ambos começam a tentar sabotar as carreiras um do outro, criticando a forma de tocar, desafiando-se publicamente com Gilmour a pegar no porco balão (adereço sempre usado por Waters) e colocando-lhe um par de testículos.
No fundo nenhum podia viver sem o outro. David Gilmour precisava do idealismo e brilhante capacidade de escrita de Waters, Roger Waters precisava da maravilha sónica da banda, para contextualizar as suas ideias.
Tudo isto se foi passando durante anos, até deixar de existir qualquer respeito e consideração entre os elementos.
Em 2005 Bob Geldof liga a David Gilmour e pergunta se a banda não quereria juntar para o Live 8. David diz que não. Dias depois Roger liga a David e diz para se colocarem as diferenças de lado, que o objectivo da reunião é mais importante que as suas diferenças. Gilmour aceita a ideia e o mais uma vez o inacreditavél acontece com a reunião da banda. Foi uma noite recheada de significado, a reunião de uma banda que tinha passado mais tempo separada do que a tocar junta. No momento da noite, em que Waters e Gilmour juntaram as vozes para cantarem Wish you were here. Tributo ao homem que os inspirou para se juntarem naquele momento. E para Waters?"O saldar de uma dívida antiga..."
Clara referência a Syd Barrett, o habitante das sombras da banda.

(Syd Barrett pouco antes da sua morte)

Para terminar e porque a história de Syd Barrett é algo que não só merece ser contado, como deve ser contado, vou contar um pouco da sua história.
Após o seu afastamento, Barrett ainda lançou 2 álbuns a solo em grande parte produzidos pelos seus antigos companheiros, principalmente Roger Waters e David Gilmour. Ambos fracassaram em termos de vendas, que apenas vieram provar o seu estado de fraca saúde mental. Apartir de 1975 qualquer elemento dos Pink Floyd deixou de ter contacto com Syd, uma vez que a sua família o proibiu de os ver, tendo em conta que ter notícias dos seus antigo colegas o tornava bastante nervoso. Todavia a banda continuava a mandar a parte dos direitos das músicas que Barrett tinha escrito.
Este mais tarde mudou-se para casa dos seus pais para ter alguém que no fundo toma-se conta dele. Dedicou-se novamente às artes, segundo a sua irmã depois fazia pinturas e quando as terminava destruía-as, dizendo que não havia necessidade de voltar a ver uma obra terminada. Quando não terminava as pinturas era porque fãs obcecados entravam no seu quintal e as roubavam, para as guardarem como objectos de culto.
Mais para o fim da sua vida Syd sofreu de diabetes tendo que lhe ser amputados alguns dedos, semanas antes da sua morte foi-lhe diagnosticado um cancro no pâncreas.
A 7 de Julho de 2006 Syd Barrett morreu, com um cancro no pâncreas e complicações com a sua diabetes. Por fim deixou morrer a sombra que estava à muito nas costas dos Pink Floyd, arrastando-se sem rumo, existindo no limbo.
Syd é a prova de que como podemos ser grandes ter um grande génio e mesmo assim deitar tudo a perder acabando por morrer sozinho.
Syd foi o génio que tinha tanto de sabedoria como de loucura. Conviveu no limiar da doença mental e da estranheza, mas infelizmente cedeu para o lado errado.
Ele foi no fundo o mais importante elemento dos Pink Floyd, deu o nome à banda, definiu o seu som, e foi a personificação de grande parte das letras da banda. Em tributo deixo a letra escrita por Roger Waters, que na minha opinião nunca se perdoou a si próprio por ter feito aquilo que tinha que ser feito na altura.

Brain Damage - Pink Floyd
The lunatic is on the grass
The lunatic is on the grass
Remembering games and daisy chains and laughs
Got to keep the loonies on the path
The lunatic is in the hall
The lunatics are in my hall
The paper holds their folded faces to the floor
And every day the paper boy brings more
And if the dam breaks open many years too soon
And if there is no room upon the hill
And if your head explodes with dark forbodings too
I'll see you on the dark side of the moon
The lunatic is in my head
The lunatic is in my head
You raise the blade, you make the change
You re-arrange me 'till I'm sane
You lock the door
And throw away the key
There's someone in my head but it's not me
And if the cloud bursts, thunder in your ear
You shout and no one seems to hear
And if the band youre in starts playing different tunes
I'll see you on the dark side of the moon
Valete Frates
P.S.:Peço um pouco de paciência para a leitura deste enorme texto, penso que deve valer a pena. Ainda muito ficou por contar.
P.S.2:É com a intensidade e crueza de letras como a de cima, que eu me sinto incrivelmente pequeno, e compreendido.

Coração Selvagem - 2ª Parte



Em continuação ao vídeo anterior, a parte do fim do filme.
Durante o filme Lula pede a Sailor para lhe cantar a canção "Love me Tender" do Elvis Presley, mas este recusa-se. Ele diz que só cantará essa canção há mulher que casar. Bem parece que ela sempre ouviu a música.
Nicholas Cage deve ter ficado bastante contente de fazer esta cena, uma vez que é um fã fervoroso de Elvis.
Um momento bastante amoroso, para um filme simplesmente diferente.
Espero que tenham gostado, especialmente da fada e do nariz do rapaz.

Valete Frates.

P.S.: Este foi o meu 100º post, mas quem está a contar???

Coração Selvagem - 1ª Parte


Ora andava eu a procurar coisas pelo "tubas" quando encontrei estes dois clips do filme de David Lynch "Coração Selvagem", com uns jovens Nicholas Cage (Sailor), e Laura Dern (Lula), nos principais papeis. Um excelente filme para entrar no misterioso, simbólico e estranho universo "Lynchiano".Peço desculpa pelas legendas estarem em alguma língua na qual ainda sou totalmente leigo, portanto está na hora de dar um pouco de uso ao inglês.

P.S.:Neste filme,só falta um bigodaço ao Nicholas Cage para ser um dos gajos mais duros do cinema, o casaco pele de cobra ele já tem.;)

sábado, novembro 17, 2007

Rádio *Kisses*

Ora, em ordem de arranjar espaço para as músicas das 7 bandas. A rádio vai tirar umas férias para se reorganizar e reagrupar. Espero que quando voltar, volte em máxima força. Para já fica a última lista.

1. VHS or BETA - Night on fire
2. Justice - DVNO
3. Phoenix - Too young
4. New Order - Temptation
5. MSTRKRFT - She good for business
6. Rihanna - Don't stop the music
7. Hellogoodbye - Here in my arms
8. The Smiths - Sweet and tender hoolingan
9. The Police - Can't stand losing you
10. The Doors - People are strange
11. QOTSA - Hangin tree
12. Dimitri from Paris - Souvenir de Paris
13. Digitalism - Zdarlight
14. Depeche Mode - Policy of truth
15. The Ramones - Blitzkrieg bop
16. Interpol - NYC
17. Portishead - Give me a reason to love you
18. Chris Isaak - Baby did a bad bad thing
19. Franz Ferdinand - Darts of pleasure
20. Blondie - X Ofender
21. The Cure - Killing an arab

Valete Frates

quarta-feira, novembro 14, 2007

7 Bandas - Depeche Mode

(Dave Gahan à frente, seguido de Martin Gore e Andrew Fletcher)

Que dizer destes senhores que mudaram para sempre a música electrónica?
Que ainda estão todos vivos?
Bem mas por pouco não estavam, como vamos ver mais para a frente.
Após várias alterações nos seus elementos, apenas três restam. Dave Gahan (vocalista), Martin Gore (o mais brilhante faz-tudo do mundo), e Andrew Fletcher (teclados).
Ora esta banda já passou por várias fases, membros que foram saindo e outros entrando, mudanças de imagem e no som. Mas após isto tudo ainda conseguem ser uma das maiores e melhores bandas à face deste planeta. Tem uma já grande discografia, entre os seus 27(!!!) anos de existência. E para provar que eles são mesmo grandes, têm mais de 90 milhões de discos vendidos. Posto isto comecemos pelo ínicio.Banda originária de Inglaterra (onde de resto vem quase tudo o que é bom), no ínicio era composta por os mesmos três elementos de agora e mais um, Vince Clarke. Ora uma banda nos ínicios dos anos 80, com quatro jovens ingleses com uns visuais um pouco ,"alternativos" e com o nome Depeche Mode, só podia vir na nova onda, só podia ser New Wave. Com os sintetizadores em toda a sua glória, marcando o ritmo de milhares de pistas de dança pelo globo fora.
O sucesso foi quase imediato, logo no seu primeiro disco, com o single I just can't get enough, composto por Vince Clarke, que por esta altura era o compositor principal da banda. A música em si é recheada de alegria, extremamente dançavél, era algo verdadeiramente festivo.
Ora pouco depois do frenesim que instantaneamente se criou em torno da banda Vince Clarke, abandonou-a. Diz-se que não estava contente com a direcção a banda estava a tomar, e portanto decidiu sair. Vince continuou ligado ao mundo da música, e com projectos que atingiram bastante sucesso como os Yazoo e os Erasure com a sua música festivaleira, mas nada comparado à magnitude e complexidade que os seus antigos companheiros viriam a criar.
Dá-se a entrada de um novo elemento, Alan Wilder.
Martin Gore toma as rédeas da maior parte da composição musical da banda, e converte a banda naquilo que são hoje. Afastando-os daquelas músicas de verão, e procurando um som mais pesado.
Sem nenhum álbum que ressalte verdadeiramente à vista, fazem singles verdadeiramente extraordinários, o que acaba por os tornar verdadeiramente famosos. São exemplos disso Shake the Disease (que nunca tinha entrado em nenhum álbum), People are People, que reflecte as opinões da banda sobre o racismo, ou pouco de sadomaso para confundir tudo com Master and Servant, entre muitos outros...
O disco Singles 81>85 retrata bem esta altura da banda, uma altura em que pareciam que estavam a experimentar para se prepararem para algo verdadeiramente grandioso...
Em 1987 sai o espetacular Music for the Masses um álbum brilhante produzido, com som bastante mais polido do que os ínicios e a etapa dos singles. As letras de Martin tinham ficado mais maduras também, reflectindo problemas e situações reais, coisas com que qualquer pessoa se pode identificar, e tudo muito na cara, pouco se escondiam nas suas letras. Fletcher criava o ambiente sonoro perfeito para acompanhar as letras, com os sintetizadores em lugar de destaque, criando uma verdadeira orquestra eléctrica, afastando-se um pouco da New Wave. Dave era o "front-man" ideal. Começava a mover-se em palco como um verdadeiro artista, tinha uma voz ligeiramente rouca, e bastante enquadra tanto com as letras como com o som da banda. Mais umas vez ficam os registos de verdadeiros exemplos de singles como Strangelove, Behind the wheel, e o meu preferido Never let me down again, todavia este disco não valia apenas pelos seus singles mas começava a olhar-se para o todo.
Em 1990 sai um dos melhores discos dos anos 80 (passe a antítese), talvez o melhor registo desta banda. Sai Violator.
É a ouvir um álbum como este que as palavras falham para o conseguir descrever. Cria uma nova página no dicionário só com palavras para o descrever. É grandioso, sem imperfeições, ligeiramente sombrio, maravihoso à primeira audição.
Martin atinge o seu auge como compositor, incluse a sua guitarra torna-se mais refinada, parece som feito com cordas de ouro, tal é a beleza dos sons que saem, daquele instrumento. As suas letras tonram-se assombrosas, falando de temas variados mas sempre incisivos naquilo que querem transmitir. Mais uma vez o ambiente sonoro criado é algo que mistura algo de cristalino e puro, com as sombras e a noite. É música industrial com Sweetest Prefection por exemplo, e um lado mais sonhador com Halo.
São retirados imensos singles deste disco, onde quase qualquer música poderia ser um single, todavia os que estiveram mais sucesso foram: World in my eyes, Policy of Truth onde são expostas as consequências de dizer sempre a verdade, Personal Jesus música impressionante, com covers e remisturas feitas por bastantes artistas (sendo a do Johnny Cash a minha preferida), e o inigulavél Enjoy the Silence, um mega-hit, uma das músicas mais reconhecidas dos anos 90.
A sua imagem também torna-se numa das mais interessantes do mundo da música, com o negro sempre de braço dado, sem se tornar gótico. O mestre Anton Corbjin assina alguns telediscos assim como a capa do albúm.
Com este álbum os Depeche Mode ficam com o estatuto de reconhecimento pelo globo fora, super-estrelato. Mas como sempre há sempre algo que começa a correr mal. Na hora de voltar ao estúdio após esta obra prima, os Depeche Mode voltam a mudar o som. Desta vez para um rock no seu estado mais puro. Em 1993 sai Songs of Faith and Devotion em seguimento a Violator, com mais bateria, mais guitarra, profundamente mais rock, próximo do som que se fazia para Seattle mais ou menos por esta altura. A reter desta vez músicas como I Feel You e Walking in my Shoes.
Outro sucesso, se bem que mais comedido que o anterior.
Alan Wilder abandona a banda em 95. Altura em que Dave Gahan começa a perder-se pelo mundo das drogas. E aqui a banda atinge o seu momento crítico.
Gore tinha as suas múscias prontas para gravação, mas Gahan afastava-se, demorava montes de tempo a gravar as suas partes, a heroína estava a comer-lhe o cérebro.
Cada vez mais ele se afundava dentro de si mesmo, e isto reflectia-se na banda como é óbvio. Passava horas fechado no seu quarto, ouvia vozes, e essas coisas todas que advém do consumo diário de drogas. Todo o seu comportamento auto-destrutivo culminou em 1995, quando ele tentou suicidar-se com uma lâmina. Isto foi o necessário para que ele entrasse para uma clínica de reabilitação e se pusesse em forma para voltar para a banda.
Na ressaca deste episódio, a banda lança um novo registo, Ultra, bastante mais negro, a roçar o gótico. Até custava a crer que esta mesma banda tinha feito alguma vez música festiva na sua carreira. It's no Good foi a música de mais sucesso, falando do amor e inevitável confirmação do destino traçado.

Demorou um pouco ao Depeche Mode a recuperar em termos musicais, os momentos dificeis de Gahan. Em 2001 sai Exciter um bom disco mas que não causou muito alarido, mas de onde mesmo assim se retiram dois excelentes singles Dream On e Free Love.
Dave Gahan também tenta a solo, mas o cd passa também ser dar muito nas vistas.
O próximo momento grande da banda por essa altura foi um louvado CD de remixes,com o nome Remixes: 81-04, realizados por senhores conceituados na música de dança como: Underwolrd, Mike Shinoda, Goldfrapp, mas onde destaco a remistura trip-hop de Useless por Kruder & Dorfmeister...
Em 2005 é regresso aos bons velhos tempos, é lançado Playing the Angel. Grandes canções, mais uma vez, mais alegres e optimistas mas ainda com aquele travozinho gostoso da escuridão, Precious e Suffer Well (o primeiro single que Martin Gore não escreveu), são músicas que de certeza todos devem conhecer.
No tempo corrente David Gahan lançou mais um albúm a solo.
Quanto a influências, bem...
São mesmo muitas, que vão desde do synth-pop, até pelo rock mais pesado.
Os Pet Shop Boys revelaram que Violator foi uma grande influência no seu trabalho, os Deftones e Marylin Manson também referem os Depeche Mode, tendo o último inclusive se ter revelado um verdadeiro fã, tendo até já feito covers de músicas.
Nos The Killers, Green Day e os The Bravery também se nota a sua influência.
Mas mais importante que isto, é a sensação que, tudo o que é música electrónica se rege pelos Depeche Mode.
Para terminar deixo aqui uma letra para poderem avaliar o brilhante lírico que é Martin Gore. Esta é dos inícios mas já dá para ver o seu génio.


Shake the Disease - Depeche Mode

I'm not going down on my knees,
Begging you to adore me
Can't you see its misery
And torture for me
When I'm misunderstood
Try as hard as you can,
Ive tried as hard as I could
To make you see
How important it is for me

Here is a plea
From my heart to you
Nobody knows me
As well as you do
You know how hard it is for me
To shake the disease
That takes hold of my tongue
In situations like these

Understand me

Some people have to be
Permanently together
Lovers devoted to
Each other forever
Now I've got things to do
And I've said before that I know you have too
When I'm not there
In spirit I'll be there

Here is a plea
From my heart to you
Nobody knows me
As well as you do
You know how hard it is for me
To shake the disease
That takes hold of my tongue
In situations like these

Understand me

Valete Frates

terça-feira, novembro 13, 2007

Uma voz que se calou...

Engraçado numa altura em que eu falo de novos ciclos alguém encerrou um.
Como tal não podia deixar ficar aqui uma palavra de apreço para a "caixinha" e para o seu blog, que durante bastante tempo esteve bastante ligado ao meu, e que, desde este fim de semana já não estão mais entre nós.
Isto de ter um blog torna-se interessante, seja ele bom ou não, ele exige muita imaginação, e muita dedicação para que se continue interessado no que estamos a fazer. Procurar sempre ideias novas e novas temáticas é sempre bom.
Ora isto pode-se tornar redundante quando estamos sempre a escrever sobre nós próprios. Acabamos por criar ás vezes textos que mais parecem um episódio do Seinfeld, onde partilhamos os pormenores mais infimos do nosso dia-a-dia. Ora no Seinfeld isso tem piada, mas é isso que faz dele um génio. Com o mais comum dos mortais pode tornar-se um verdadeiro aborrecimento.
Todavia o blog da "caixinha" era algo que gostava de ler, chegava a ver quase todos os dias o seu blog para ver se ela tinha lá algum post novo. No meio dos seus devaneios imcompreensíveis para o público em geral, lá havia um perante outro que eu assimilava o seu conteúdo, e os que não assimilava era porque ela simplesmente não queria.
Porém este fim, traz algo de bom para mim. Agora escuso de me perder também em devaneios e procurar aquilo que no fundo vos interessa (ou o que eu vos quero fazer interessar). Escuso de escrever texto igualmente redundantes, e perder frases ao sabor do vento, provando que elas não tinham efeito nenhum.
Não me arrependo de nenhum texto aqui escrito, pois sei o que queria dizer com cada um. Sei o seu significado e maior parte das vezes foi sempre um pensamento concreto, e escrito com sentimento.
E pronto acabou com este post, este meu ciclo terminou. Está na hora de continuar em frente e continuar a evoluir, pois realmente há pessoas que se recusam.

Valete Frates

P.S.:Tendo eu a certeza que vais ler este post "caixinha", peço-te que não o intrepertes como uma critica, foi apenas um bocado da alma que ficou aqui escrito, pela última vez. Já não quero perder tempo paninhos quentes. E para que conste o teu blog foi algo que gostei verdadeiramente.

domingo, novembro 11, 2007

7 Bandas - Joy Division

Aproveitando o breve lançamento do filme Control, que conta a história dos Joy Division (Ian Curtis, em especial detalhe), filme assinado pelo mestre da fotografia Anton Corbijn, e pelo qual eu espero ansiosamente, decidi escolher esta banda para começar.
Banda sediada em Manchester, percurssionadores do pós-punk, e das maiores influências do panorama musical. Sem dúvida uma das bandas mais importantes do século XX.
Ora, segundo reza a história, os seus elementos conheceram-se num mítico concerto dos Sex Pistols. Ian Curtis (vocalista), Peter Hook (baixista), Bernard Summer (guitarrista), conheceram-se nesse mesmo concerto e formaram uma banda, que na altura chamaram de Warsaw. Mas faltava algo... um baterista. É aí que entra em cena Stephen Morris, e por fim a banda fica completa.
Mas o nome teria que mudar, e eles optaram por algo de polémico...Joy Division.
A polémica prendia-se com os tempos da alemanha nazi, em que grupos de soldados violavam mulheres com o intuito de formar a famosa raça ariana.
Durante algum tempo a banda foi apelidada de neo-nazi, e de representar ideais facistas. Tal fama foi tão grande que durante uns tempos a banda para onde quer que fosse actuar arrastava sempre legiões de skinheads, que não estavam pela música, mas para tentar agregar ao seu movimento, aquele estilo musical que trazia tanto de novo...
Ora a banda parece que odiava de tal forma este público, que num concerto até se envolveram numa cena de pancadaria com estes seres.A banda foi das primeiras a assinar pela mítica produtora de Tony Wilson (Factory Records), que pela lenda obrigou Tony Wilson a assinar o seu contracto com o seu próprio sangue. Entraram para estúdio para gravar o seu primeiro albúm, cuja produção ficou a cargo do Sr. Martin Hannett. O albúm era algo de completamente novo, nunca ouvido até então. A bateria era feita de pancadas secas e vigorosas. O baixo era uma verdadeira linha condutora, entranhava-se no corpo de uma tão poderosa, não fosse Peter Hook apelidado mais tarde pelo baixista que queria ser guitarrista principal. A guitarra leva a cabeça para outros locais, que mexia com a alma, tornava-nos inquietos. No coração estavam as letras de Ian Curtis, que falavam de sentimentos complexos, degradação urbana, isolamento, problemas existencialistas, um pouco niilistas até, e é claro também de amor. A voz do mesmo era robótica como a bateria, negra como o baixo, e metálica como a guitarra.
O a
lbúm chamava-se Unkown Pleasures...que indicado...
Depois da saída do albúm eles foram fazer o quê? Dar concertos como é claro.
E nas actuações ao vivo, Ian era eléctrico. Ele que no início era bastante tímido, chegando a cantar de costas para o público, agora era um verdadeiro animal. Dançava como se algo o tivesse possuído. Muitas vezes a sua actuação confundia-se com a sua epilepsia, que consoante o tempo se ia agravando. Certa vez teve um ataque que causou bastante apreensão no interior de todos aqueles que o rodeavam.
Acaba a digressão estava na hora de regressar a estúdio e gravar o próximo albúm, Closer. Tudo estava a correr bem, o albúm parecia que ia ser outro tremendo êxito, e com o lançamento deste a primeira digressão americana estava já marcada.
Os Joy Division estavam na linha do sucesso.
Ora apartir daqui a história torna-se num drama. Ian como qualquer verdadeiro génio musical, tinha os seus problemas, principalmente com o álcool. E esse individuo nunca é bom ajudante. Começa a ter também problemas com a sua mulher Deborah, da qual já tinha uma filha, e já tinha arranjado novo amor na sua vida, Annik.
Muito se fala do fascínio que personagens como Jim Morrison, Jimmi Hendrix e outros tinham na sua pessoa. Ele adorava o facto de todos eles terem morrido jovens, terem morrido no seu auge, e por isso serem vistos como verdadeiras lendas. As letras por si escritas tornaram-se ainda mais assustadoras, embora, como Peter Hook disse numa entrevista recente, os restantes elementos da banda eram demasiado jovens e nunca pensaram que ele escrevia sobre ele próprio, mas sim que encarnava certas personagens para poder escrever as suas letras. Parece que Ian era o verdadeiro poeta fingidor. Nas palavras de Pessoa, fingia que era dor a dor que deveras sentia.
Isto tudo era um verdadeiro cocktail para o desastre, e assim foi.
Em Maio de 1980, um dia antes de partir para a digressão americana, Ian Curtis com 23 anos (!!!) enforcou-se na sua cozinha, enquanto via o filme de Herner Herzog: Stroszek, e ouvia o disco de Iggy Pop: The Idiot, quem quiser que tire as suas elações.

O último albúm da banda, Closer, saiu umas semanas após a morte de Ian Curtis.

Das cinzas ergueram-se os New Order, composta pelos restantes elementos da banda, que cumprindo uma promessa que se algum deles morresse os outros não continuavam com o mesmo nome da banda.
Mudaram também de estilo. Tornaram-se mais alegres, mais pop, e mais uma vez foram os percurssores de um novo estilo de música, a música de dança. Blue Monday o seu single com mais sucesso, fala da morte de Ian, e a forma como lidaram com ela.

Por último nos dias hoje dezenas de bandas referem a inspiração dos Joy Division, e noutras ela está tão presente que até sufoca. Bandas como os Interpol, She Wants Revenge, Pixies, Radiohead, Editors, Franz Ferdinand, Bloc Party, entre outros...Por último deixo-vos a música de transição, escrita pelos Joy Division, mas infelizmente gravada pelos New Order. Dizem que nos ensaios esta era a música mais alegre que os Joy Division tinham escrito até então.
Quem sabe? Poderia ser um virar de página. Nunca se saberá.
Fica uma letra fantástica escrita por Ian Curtis.



Ceremony - New Order/Joy Division

This is why events unnerve me,
They find it all, a different story,
Notice whom for wheels are turning,
Turn again and turn towards this time,
All she asks is strength to hold me,
Then again the same old story,
Word will travel, oh so quickly,
Travel first and lean towards this time.

Oh, I'll break them all, no mercy shown,
Heaven knows, it's got to be this time,
Watching her, these things she said,
The times she cried,
Too frail to wake this time.

Oh I'll break them down, no mercy shown
Heaven knows, its got to be this time,
Avenues all lined with trees,
Picture me and then you start watching,
Watching forever, forever,
Watching love grow, forever,
Letting me know, forever.
Valete Frates

7 Bandas - Introdução


7 maravilhas, 7 magníficos, 7 bem-aventuranças, 7 pecados mortais, 7 céus...
E muitos mais significados terá de certeza, eu gosto particularmente daquele que afirma que o número 7 é o número da felicidade.
E como precisava de um número limite, decidi escolher o 7.
Bem agora falando mais a sério. Inicia-se hoje um novo ciclo.
Durante as próximas semanas escreverei sobre 7 bandas das quais gosto muito, depois deixarei ao vosso gosto escolherem a que mais interesse vos despertou (espero que todas).
Não vou seguir nenhuma ordem de importância, apenas a minha vontade.
Espero conseguir fazer jus ao nome das várias bandas, evitando ao máximo dar calinadas.
Por último, histórias são histórias e têm que ser ouvidas em algum sítio, portanto se encontrarem em algum sítio, as mesmas coisas que aqui escrevi, não digam que eu andei a plagiar, pois o meu único objectivo é despertar o interesse.
Sem mais demoras, vamos começar...

Valete Frates

terça-feira, novembro 06, 2007

Música do mês


Ao tempo que já não punha uma letrinha, para o pessoal. E numa altura em que toda a gente à minha parece estar sempre a queixar-se, escolhi esta letra dos únicos e inigualáveis Depeche Mode. Provavelmente os melhores do mundo (se bem que o Dave Gahan, continua a insistir a fazer uns trabalhinhos a solo).
Não digo para as pessoas se porem no meu lugar, ponham-se no lugar de quem está verdadeiramente pior que vocês, amigos que com as nossas queixinhas negligenciamos. E com um reparo mais em conforme com a letra, queria dizer:
Muito cuidado com os juízos de valor, pois nas pessoas mais indiscretas, encontram-se mentes absolutamente fascinantes, e quem as critica (pessoas de mente demasiado retrógada e fechada para aceitar algo de verdadeiramente diferente, original e fresco) são gente que vive no molde, mesmo sendo ele o mais "original" não deixa de ser molde, e que devido há falta de conhecimentos só consegue ter uma conversa aos berros ou aos insultos.
Estranhamente esta deixa nada tem haver directamente comigo, mas sim em certas coisas que já há algum tempo reparo em pessoas há minha volta. Cada vez tenho menos vontade de perder tempo com o povinho...
Agora sem mais demoras:

Depeche Mode - Walking in my shoes

I would tell you about the things

They put me through
The pain I've been subjected to
But the lord himself would blush
The countless feasts laid at my feet
Forbidden fruits for me to eat
But I think your pulse would start to rush

Now I'm not looking for absolution
Forgiveness for the things I do
But before you come to any conclusions
Try walking in my shoes
Try walking in my shoes

You'll stumble in my footsteps
Keep the same appointments I kept
If you try walking in my shoes
you try walking in my shoes

Morality would frown upon
Decency look down upon
The scapegoat fates made of me
But I promise you, my judge and jurors
My intentions couldn't have been purer
My case is easy to see

I'm not looking for a clearer conscience
Peace of mind after what Ive been through
And before we talk of repentance
Try walking in my shoes
Try walking in my shoes

You'll stumble in my footsteps
Keep the same appointments I kept
If you try walking in my shoes
If you try walking in my shoes
Try walking in my shoes

Now I'm not looking for absolution
Forgiveness for the things I do
But before you come to any conclusions
Try walking in my shoes
Try walking in my shoes

You'll stumble in my footsteps
Keep the same appointments I kept
If you try walking in my shoes
Now Im not looking for absolution
Forgiveness for the things I do
But before you come to any conclusions
Try walking in my shoes
Try walking in my shoes

You'll stumble in my footsteps
Keep the same appointments I kept
If you try walking in my shoes
Try walking in my shoes
If you try walking in my shoes
Try walking in my shoes

Valete Frates

sábado, novembro 03, 2007

Nova Rádio!!!

Desta vez mais rádio, menos kisses.
Baseada numa das minhas alturas preferidas, da música, o pós-punk!
O desespero dos Joy Division percusores de todo este movimento, que no seu fim dá origem à música dançavél dos New Order, os ambientes sufucantes dos Bau-Haus, o cariz social dos Gang of Four, o gótico dos Cure, a pop com alma dos Smiths, o som polido dos Depeche Mode, e o shoegaze dos Jesus and Mary Chain.
Só alguns exemplos dos mais velhinhos...
Dos mais recentes temos, o party-rock dos Franz Ferdinand e dos Kaiser Chiefs. Os Interpol recriando lugares negros e belos, parecidos com os Editors e ao mesmo tempo tão diferentes. O rock puro e duro dos Strokes também influenciado por esta altura. E claro os Bloc Party, um caso clamoroso...
Alguns ficaram supreendidos como muitas das bandas de hoje foram inspiradas neste movimento.
Bem só vos posso dizer que desfrutem.

Valete Frates