quarta-feira, dezembro 26, 2007

Joyeux Noel!

E quando o Natal estava a queimar os últimos cartuchos, eis que a RTP decide oferecer uma das melhores prendas que tive este ano. Por volta das 2 da manhã passou o filme Joyeux Noel. A historia de 3 regimentos (Escoceses, Franceses, e Alemães) que na 1ª guerra mundial em plena linha da frente, no meio das trincheiras decidem parar de lutar na véspera, no dia 24, para juntos passarem o Natal. O filme expõe o ridículo que a guerra é. Utilizando palavras do filme os homens inímigos na linha da frente, têm mais haver uns com os outros do com os generais que lhes dão ordens para se matarem mutuamente.
Este é aquele filme que devia passar em horário nobre, ao invés daqueles filmezinhos que vomitam estupidez e que só nos ajudam a tornar ainda mais entorpecidos. Todavia agradeço à RTP pelo facto de ainda passar estes filmes (mesmo que sejam às 2 da matina).
Sem dúvida um dos momentos altos deste Natal.

Valete Frates

domingo, dezembro 23, 2007

Prenda de Natal

Pronto depois de vos ter dado algumas sugestões de Natal, fica a minha prenda para vocês. Se já por si o regresso ao activo dos Gorillaz é uma verdadeira prenda de Natal para qualquer amante de música, este vídeo para mim tem assim uma atmosfera natalícia. Com paz e boa vontade entre os homens. Portanto esta é a prenda deles para o mundo que eu transmito para vocês.
Feliz Natal...


Valete Frates

sábado, dezembro 22, 2007

7 Bandas - Nirvana

Ora bem depois de 4 bandas inglesas está na hora de atravessar o Atlântico, e irmos para os EUA. Porque para além das ocasionais guerras, também vem de lá muito boa música.
Desta vez a minha escolha recaiu sobre os atormentados Nirvana. A voz da geração X, da música grunge, de Seattle... Durante a sua relativamente curta carreira foram das bandas que mais marcas sociais deixou no seu tempo, e talvez a última banda que realmente mudou a faixa etária dos 16-30 anos, alterando os comportamentos e atitudes da juventude de então.

A banda era composta por três elementos: Kurt Cobain (vocalista/guitarrista), "Krist" Novoselic (baixo) e Dave Grohl (baterista). Tudo começou com a amizade entre Cobain e Novoselic enquanto ainda andavam no liceu, o qual Kurt deixou antes de ser finalista.Os dois com a ajuda de alguna amigos conseguem gravar uma demo que lhes garantiu um contracto com a produtora Sub Pop. Gravaram alguns singles e mais tarde, com um orçamento muito reduzido (na ordem dos 5 mil dólares), gravam o primeiro disco Bleach.O disco não vendeu muitas cópias, mas foi o início para algo maior.Os dois rapazes precisavam de um baterista fixo, e com o fim da banda de Dave Grohl, juntou-se o útil ao agradavél. Dave entra para a banda em 1990, e passa uns primeiros tempos algo dificeis, dividindo um apartamento depressivo com um Kurt que dava a sensação que a cada dia que passava perdia mais um pouco da sua saúde mental.
Kurt começou a namorar com a Tobi Vail membro da banda, Bikini Kill, após uma amizade de um ano. Certo dia quando uma amiga de Tobi visitava o apartamento escreveu num espelho "Kurt smells like teen spirit!"(uma marca de desodorisante muito popular entre os jovens da altura), e assim estava dado o nome para uma das canções que viria a mudar o mundo.No ano de 1991 sai Nevermind. O single de estreia Smells like teen spirit foi uma bomba, o videoclip são 5 minutos de da maior crueza e dureza possíveis. Consta que para a gravação do vídeo foram pedidos a alguns jovens fãs para comparecerem no local de gravação para assim poderem aparecer no mesmo. Quando chegaram ao local foi-lhes pedido para esperarem e ensaiarem alguns movimentos. Depois de decorrido quase meio-dia, fartos de esperar e de lhes dizerem o que fazer a juventude revoltou-se e começou a libertar-se, a dançar, a cantar e a mexer como lhes passava pela cabeça. Resultado, um dos melhores vídeos de sempre.Todo o disco Nevermind é um verdadeiro manifesto, contra a sociedade, contra os pais, contra a própria adolescência. Fala das mudanças físicas e intelectuais dos jovens durante a sua adoslecência, sem medos, sem tabus...Um verdadeiro berro de alerta, um aviso para um mundo que os olhava de lado, com desconfiança, completamente alheio aos seus problemas de afirmação dentro de um meio psico-social. Foi por esta altura que todos os temas tão diversos e adjacentes à adolescência, passaram a ser discutidos, e a própria idade em si passou a ser olhada com outros olhos. Os Nirvana foram o óleo da engrenagem.
Após todo o sucesso do segundo disco, começaram as digressões e consequentemente os abusos...
Não será preciso dizer mais nada, a história já foi ouvida em várias gerações e aquela não havia de ser diferente. Os homens do Rock andam sempre com as drogas atrás.
Entretanto Kurt Cobain juntou-se com a sua futura esposa Courtney Love, e assim se juntaram os Reis do Grunge, acima de todos os súbditos, quase como semi-deuses da juventude.
Os Nirvana gravaram novo álbum In Utero que apenas veio cimentar a sua posição, todavia foi no MTV Unplugged que tiveram o derradeiro momento de graça após Nevermind. Num concerto ao vivo numa atmosfera muito intíma e intensa, com velas e arranjos florais por todo o lado, fazendo com que o concerto mais parece-se um velório.
Foi aqui que o lado mais macio, mais suave dos Nirvana se revelou, completamente diferente de tudo aquilo visto até então realizado por eles.
Kurt mal levantava a cabeça, e sempre com uma expressão sofria enquanto cantava as letras que tinha escrito, de uma forma para a qual não existem palavras para descrever.
Foi uma das mais belas despedidas de sempre, já que a 5 de Abril de 1994 Kurt Cobain suicidou-se, o fim anunciado pelo destino que atraiçoa muitas vezes quem é jovem e famoso e com medo do mundo.
Construiram-se mil e uma teorias de conspiração, estando como é óbvio a sua também "atribulada" mulher Courtney Love envolvida no meio.
Em 2002 saiu Nirvana, o disco com os melhores êxitos da banda que voltou a lançar para a ribalta o nome de tal banda. Provando que para sempre ficaram letras, músicas e vídeos como este:

Smells Like Teen Spirit - Nirvana



Valete Frates

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Chico Buarque e Nara Leão - A banda

Depois de ter escrito o texto anterior fui procurar ao youtube vídeos do Chico Buarque, e dei de caras com esta pérola musical e histórica. Segundo informações do "tubas" este vídeo é do II festival de música brasileiro, que decorreu em 1966, portanto a imagem não é das melhores mas dá para perceber bem todo o vídeo.
Nele conseguimos ver um muito jovem Chico Buarque e Nara Leão, mas peço especial atenção para os primeiros 2 minutos do vídeo, (pois os dois minutos seguintes são um pouco pimba) aí apenas Chico e seu violão aparecem, encantam a multidão, e ponhem um enorme auditório a dançar e a cantar. Mágico.
Uma música verdadeiramente festiva e onde dá para ver a alegria do povo a ouvir e a sentir a música.

É mesmo um vídeo 5*.



Valete Frates

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Quinteto Tati - Suor e Fantasia

Assim para descontrair um pouco, que tal uma música brasileira cantada em português?
Bem a música é um original, e a banda portuguesa, mas a música...
Bem digamo que faz lembrar muito a canção Samba e Amor de Chico Buarque. Também uma coisa é certa, o Sr. JP Simões (antigo vocalista da banda) é fã de Chico Buarque (ultimamente até deixou crescer um bigode a fazer lembrar o do Chico nos anos 70).
Mas a música é boa e recomenda-se, assim como o Chico Buarque e como o último disco a solo do JP Simões.


(Recomenda-se que coloquem o aúdio mais alto)

Valete Frates

domingo, dezembro 09, 2007

7 Bandas - Smiths

(Morrissey e Johnny Marr)

De volta às grandes causas, e desta vez, a banda escolhida foi os Smiths, os reis e senhores da música indie, grandes impulsionadores do brit-pop. A banda que influênciou todas as bandas que hoje em dia são grandes (Suede,Radiohead,Stone Roses, Oasis...). Misturava como ninguém a música com a letra, muito devido aos dois génios da fotografia em cima. Enquanto Marr fazia verdadeiros hinos de canção pop, Morrissey escrevia letras tão profundas, sinceras e intensas, que faziam qualquer ser humano estremecer quando as ouvia.
Vamos então falar da banda que em apenas 5 anos de história (peço-vos atenção à ordem cronológica) mudou a face da música, e marcaria uma geração.

Em 1982, Johnny Marr então com 18 anos, decide encontrar-se com Steve Morrissey. Ambos moravam na mesma vila, e Marr depois de assistir a um documentario que mostrava como Jerry Leiber e Mike Stoller (compositores de Hound Dog, de Elvis Presley) se tinham conhecido, decide reviver a sua história. Assim se decidiu em irromper pelo portão da casa de Morrissey.
Morrissey com 22 anos ficou supreso com a visita, todavia mandou-o entrar. Foram até ao quarto de Morrissey onde este afirmou "ter passado toda a adolescência em frente a uma máquina de escrever".
Depois de uma conversa em que descobriram gostos similares, decidiram juntar-se formar uma banda. Anos mais tarde Morrissey definiu esta visita como um "salvamento da morte".

Mais juntaram-se Mike Joyce e Andy Rourke, e agora já poderiam ser uma verdadeira banda.Decidem optar pelo "Smiths", ora Smith (em português Silva), é o mais utilizado e mais banal apelido em Inglaterra. A sua escolha deve-se aos nomes complicados e pomposos que as bandas da altura começavam a escolher (que os Depeche Mode são um exemplo).
A banda no fundo era o fruto da mente de 2 génios musicais, Marr e Morrissey, que embora fossem bastante diferentes (Morrissey era um verdadeiro excêntrico,tímido e introvertido, e Marr um rapaz simples e lingrinhas), sofriam uma dependência mútua muito grande.
Uma última curiosidade, consta que a banda na hora de encontrar uma editora, bateu à porta da famosa Factory Records (Joy Division, A Certain Ratio, Happy Mondays...), mas que na altura o patrão da Factory, o não menos famoso Tony Wilson recusou contratá-los pois achava que eles seriam demasiado grandes para aquela editora. Mais tarde a banda assinaria pela também mítica Rough Trade, famosa pela sua tendência indie.


O primeiro disco sai em 1984 com o nome The Smiths. Na capa um dos heróis de Morrissey, James Dean.
O albúm ganhou atenção instantaneamente, devido à riqueza e factor polémico das suas letras. Morrissey escrevia letras com bastantes referências bibliográficas, escritores como Oscar Wilde, Jack Kerouac, eram grandes inspirações. Todavia a canção The hand that rocks the cradle, inspirada em vários poemas especula-se que seria sobre pedofilia. Tal facto foi prontamente negado pela banda (jornalistas que não têm nada para fazer).
Ao longo desse ano a banda lança vários singles, todos eles com bastante sucesso. São exemplos disso William, it was really nothing e a minha favorita How soon is now?.
No meio deste ascenção vertiginosa, a banda sofre a primeira perda, Joe Moss
o manager da banda, o homem que mostrou o documentário a Johnny Marr decide afastar-se, pois repara que a sua relação com Johnny Marr começa a ter reflexos no comportamento de Morrissey, que se torna cada vez mais possessivo em torno do génio de Marr.
Em 1985 sai Meat is Murder, título alusivo ao facto de Morrissey ser um vegetariano "extremista", consta que proibiu os outros elementos da banda de serem fotografados a comer carne. Mas mais importante que isto é o facto do começo da politização das letras.É nesta altura que a crítica política começa. Os Smiths começam a disparar para todos os lados, para o corporativismo, para o castigo corporal nas escolas, para o governo de Margaret Thatcher (mas será que houve algum músico que gostasse dela?) que por aquela altura invadiu a Etiópia, e contra a realeza britânica tema que seria revisitado no próximo disco. Musicalmente Marr é impressionante. Mistura temas musicais muito dispersos como o rockabilly, o punk, o rock, a balada, a música de dança, e mantém aquele gosto aquele travozinho tão indie, tão próprio dos Smiths. No fundo a música de Marr é complemento perfeito para as letras de Morrissey. Só uma música de Marr consegue controlar o ouvinte de criar uma revolução imposta pelas letras de Morrissey.

(Capa do disco The Queen is Dead)

Pouco tempo após a saída promocional
Bigmouth strikes again, sai em 1986 a obra-prima da banda. The Queen is Dead.
Se as letras marcaram o albúm anterior, neste a música dominou. Eram algo de verdadeiramente contagiante, os riffs da guitarra, a simplicidade melódica, a facilidade de bater o pé ao ouvir as músicas eram algo de impressionante. Uma experiência única.
Não se fique a pensar que as letras de Morrissey desiludiam, pois como já disse estes génios eram completamente dependentes. Morrissey mantinha a crítica à monarquia, parafraseva tudo o que lhe interessava, livros, filmes, fait-divers, utilizava o humor mordaz...tudo isto pode-se entender como as figuras de estilo da sua escrita.
Todas as música do disco são muito boas mas essenciais são There's a light that nevers runs out e
The Boy With the Thorns in is side.
A cumplicidade entre Morrissey e Marr era avassaladora. Num programa de televisão inglês apareceram com brincos iguais, Marr usava o seu na orelha esquerda e Morrissey na direita. por esta altura começam também a surgir alguns problemas, Rourke é despedido devido ao seu vício em heroína. Entretanto saem os singles Shoplifters of the world unite, The World Won't Listen (onde Morrissey se queixa da falta de reconhecimento),
Em 1987 sai o seu último registo, Strangeways, Here We Come. O título é inspirado numa comédia e na prisão de Manchester (Strangeways). E aqui começa-se a notar que nem tudo vai bem no reino da Dinamarca. A letra da música I won't share you pensa-se que foi escrita por Morrissey sobre Marr. Morrissey demonstra-se ciumento por Marr trabalhar com outros artistas.
Quando questionado pela intrepertação da canção Marr respondeu:"...não sou de ninguém para ser partilhado...".
Marr compõe as músicas da ode de despedida. E que bela ode saiu. I Keep Mine Hidden, Girlfriend in a Coma, e Last night I dream't that somebody loved me serão sempre músicas para recordar, carregadas de significado e sinceras.
Depois do lançamento aconteceu uma reacção em cadeia que Marr apelida de "acontecimentos internos que acabaram com uam miséria desnecessária". Uma série de factores começou a causar cisões entre a amizade de Marr e Morrissey. Até que Marr decide dar uma abanão. Pede à banda para redirecionar a sua imagem e o seu som, coisa que foi intrepertada pelos seus colegas como uma resignação. Marr decide então afastar um pouco da banda sempre na esperança que eles fossem atrás dele, aceitando as suas ideias. Todavia a banda continuou.
Esta separação afectou bastante todos os elementos da banda, mas Morrissey, com o seu coração tremendamente sensível e frágil, foi o reagiu pior.
Isto, na opinião de modesto ser humano, foi um enorme mal-entendido. Coisas que ficaram por dizer cara-a-cara, e que no final vieram pelas bocas de outras pessoas. Exemplo disso foi a forma como Marr foi afastado de vez da banda. Através de um comunicado libertado pela editora e nunca da boca dos seus colegas.
E assim tudo acabou e entra em campo o orgulho doentio. Os elementos da banda foram para tribunal em disputa pelos direitos musicais, e monetários.
Morrissey através do sarcasmo e mordacidade como sempre ia mandando as suas "bocas", dizendo que: "Antes preferia comer os meus próprios testículos do que voltar a juntar-me com os Smiths..." frase que completou dizendo:"...e isto vindo de um vegetariano quer dizer alguma coisa."
Todavia tanto Morrissey como Marr sempre admitiram que eles eram o coração e a alma da banda.
Nos dias de hoje Morrissey tem uma interessante carreira a solo, continuando a mostrar na sua letra o seu coração medroso, e há muitos anos partido. Marr continua a ser um embaixador da música militando agora na banda americana Modest Mouse. Recentemente a banda recebeu propostas milionárias (na ordem dos milhões de libras!!!) para se reunirem, mas que tanto Marr como Morrissey refutaram dizendo que seria a reunião pelas razões erradas.
Todavia há esperança no ar, já que Marr afirmou:"Mas no futuro quem sabe? Já aconteceram coisas mais estranhas..."
E com esta ideia percorrendo-me a cabeça que acaba a história deixando a letra de How Soon It's Now?, que qualquer parecença com alguém vosso conhecido não passa de mera coincidência:

How Soon Is Now? - The Smiths

I am the son
And the heir
Of a shyness that is criminally vulgar
I am the son and heir
Of nothing in particular


You shut your mouth
How can you say
I go about things the wrong way ?
I am human and i need to be loved
Just like everybody else does

I am the son
And the heir
Of a shyness that is criminally vulgar
I am the son and heir
Oh, of nothing in particular

You shut your mouth
How can you say
I go about things the wrong way ?
I am human and i need to be loved
Just like everybody else does

Oh ...
Oh ...

There's a club, if you'd like to go
You could meet somebody who really loves you
So you go, and you stand on your own
And you leave on your own
And you go home, and you cry
And you want to die

When you say it's gonna happen "now"
Well, when exactly do you mean ?
See, i've already waited too long
And all my hope is gone

Oh ...
Oh ...

You shut your mouth
How can you say
I go about things the wrong way ?
I am human and i need to be loved
Just like everybody else does

Ok ?

Valete Frates

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Mais uma sugestão de natal...

Queria deixar mais uma sugestão para aqueles indecisos que ainda não sabem o que hão de oferecer este Natal, espero que isto lhes dê uma ideia.
Só uma pequena nota, se calhar já repararam, que 90% das vezes que ponho um vídeo ou uma foto neste blog, são sempre mulheres loiras (desta vez é a Charlize,haaa...Charlize...), só queria dizer que não tenho nada contra as morenas (antes pelo contrário), mas as loiras...Eh pá, mexem comigo. Posso dizer que sou a prova viva, que os homens preferem mesmo as loiras.