quarta-feira, dezembro 17, 2008

Aconteceu em... Novembro 08

Quero realçar algumas coisas que se passaram em Novembro...a meio de Dezembro. Ando um pouco desfasado no domínio dos tempos, mas isso não é anda que apoquente um estudante de electrónica (piada para engenheiros).
Digamos que Novembro foi bastante pródigo em acontecimentos relevantes para a história da humanidade.
Barack Obama venceu a John McCain as eleições para a presidência dos EUA tornando o primeiro presidente dos EUA negro. Obviamente isto tem uma forte conotação social e histórica, não fosse a América um país com um vasto historial de escravatura e diferenciação racial. O mais curioso é que ele nunca fez nada de especial. Tem uma história de vida interessante mas fica por aí. Não me entendam mal, eu gosto e muito do discurso do homem, mas numa altura em que o mundo precisa de liderança e experiência, fomos apostar num indíviduo que ainda não tem nenhumas provas dadas. Todavia foi sem dúvida a escolha mais acertada em relação às opções dadas. Ele pelo menos tem o discurso certo e o carisma, veremos se tem algo mais que isso.
De resto estas eleições norte-americanas foram um verdadeira de propaganda mundial, um pouco por todo o mundo toda a gente seguia com relativa atenção o que acontecia durante a campanha, sendo que por todo o mundo os mais diversos lideres internacionais congratularam publicamente a vitória do ex-senador. Foi um fenómeno de demonstração do poder da globalização. Toda a gente sabe que será por aquele homem passaram todas as decisões de real relevância para o mundo inteiro. Foi algo que alguns parecem ter finalmente compreendido depois do duplo mandato de "Cowboy" Bush (vou ter saudades das suas piadas).
Outra demonstração do poder da globalização foi a queda a nível mundial das bolsas de valores. Após décadas de serem uma pedra Filosofal para transformar ar em ouro, por fim o verniz estalou e podemos ver um pouco para dentro das trafulhices e canalhices que algumas das pessoas mais confiaveis das finanças fizeram ao longo dos anos. Impressionante o que as pessoas conseguem descobrir quando falta dinheiro. Descobrem-se crimosos, ganânciosos, e também gente faminta e dificuldades, desemprego. Não sei, penso que só vem provar que a abundância de dinheiro é o melhor cosmético para uma sociedade à muito podre.
Por cá descobriu-se a pila ao macaco, ou seja descobrir-se o "governo sombra do PSD" (como muito bem referiu o Sr. Louçã, que quando não fala só para contrariar até diz umas coisas com muita verdade), encoberto no BCP. Entre ex-ministro, ex-Secretários de Estado e outros taxistas vários venho o Diabo e escolha a ordem porque eles vão todos parar lá.
Posto isto vamos falar de coisas sérias, as escolhas do Marcelo aqui do blog:

Neste mês li:
Os Irmãos Karamázov Vol. 1 - Fiódor Dostoiévski
Tenho um pouco de medo de falar sobre este livro, pois é algo que me transcende numa larga medida. E eu ainda só li o primeiro volume.
Uma narrativa extensa e entusiasmante sobre uma familía condenada à tragédia quase desde do início do livro. Temas diversos e complexos como a vida, a morte, a existência e condição humana, o invariante percurso da vida condicionado pelo destino, o papel da religião no mundo e na humanidade, a dialetica dever/vontade, e mais meia dúzia de temas que não sou capaz de enumerar.
Sem dúvida alguma um dos maiores livros da história da humanidade, que contém passagens verdadeiramente inesqueciveis. Assim de repente ressalvo a passagem do "Grande Inquisidor" e as memórias do Padre Zóssima. Profundo e aprofundado o livro ideal para ler durante o Inverno rigoroso e lembrar para o resto da vida.

Neste mês vi:
Lila Dit Ça - Ziad Doueiri
Filme "franciú", que embora não seja um filme que vá mudar a vossa vida, é muito interessante. Temáticas interessantes são aqui retratadas. O estado actual da vida dos franceses descendentes de emigrantes norte africanos, retratando as dificuldades e as faltas de oportunidades para singrarem na vida (situação que pode ser muito bem extrapolada para cá), a sexualidade, a dificuldade de exprimir o amor que por vezes não é lá muito bem sinalizado embora seja extramamente explícito.
Um filme muito insinuante que contem dois excelentes desempenho no qual se destaca Vahina Giocante no papel de Lila. Bastante provocante e inocente, muito ao estilo de Lolita (sem a relação com o homem mais velho). Combinação fatal para prender a atenção de qualquer homem. Ou seja é um filme onde todos ficam contentes, as mulheres têm uma história de amor e os homens algo para olhar (garanto-vos que vale a pena).

Neste mês ouvi:
Made in The Dark - Hot Chip
É pá, pode não ser o melhor disco deles (o Warning era mesmo muito bom, o que colocou as expectativas bastante elevadas), mas este albúm está bem ao nível dos Hot Chip. Música de dança alegre e alternativa, para quem deseja ouvir algo diferente. Não é algo completamente diferente como so Monty Python, mas é fora do comum. Excelente baladas electrónicas, talvez num número um pouco elevado todavia muito boas. Nota-se uma sonoridade mais próxima da Pop, mais direccionada para os tempos de estio. Um albúm com músicas com Shake a Fist, Hold On e Ready For the Floor tem que ser um disco muito bom.

Valete Frates

domingo, dezembro 14, 2008

Deolinda - Lisboa Não é a Cidade Perfeita

Relendo os últimos posts, vejo a minha total falta de inspiração para escrever alguma coisa de jeito. Estou a atravessar um momento que penso ser melhor escutar do que estar para aqui a falar. Vou pedindo balões de oxigénio enquanto vou amealhando ideias para começar a escrever de novo. Entretanto vou colocar mais um vídeo para respirar mais um bocado.
Desta vez a minha escolha vai para... o fenómeno da Deolinda, não tivesse eu ido vâ-la este fim de semana.
Entre todas as músicas que acho serem excelentes, à uma que considero excepcional, Lisboa Não É A Cidade Perfeita.
Balada lindíssima, com uma excelente história, melancólica, saudosista e irreparavel, muito à portuguesa. Com a excepção do Tejo ser lilás é claro.

Valete Frates

terça-feira, novembro 25, 2008

Cloud Room - Blue Monday

Sinceramente já estou farto de ouvir versões de milhares de milhões de versões e remixes da Blue Monday dos New Order, portanto fui quando ouvi esta música pela primeira vez fui com um pé atrás.
Para supresa minha, a música havia sido completamente reconstruída. Muitas alterações na estética da música, mas todavia o seu núcleo permanece inalterado, sendo que continuamos a sentir a cadência dos acordes do baixo de Peter Hook.
Fica para inglês ver.

Valete Frates

sábado, novembro 22, 2008

Gorillaz - The Swagga

Ultimamente não me tem apetecido muito passar por aqui. Não sei porquê simplesmente não me apetece. Vou fazer um forcing para tentar deixar aqui algumas coisas e partilhar alguns gostos.
De momento quero deixar aqui um vídeo da banda virtual mais famosa de sempre, os Gorillaz. Esta música é retirado do disco D-Sides, composto por raridades e lados B da banda. Este albúm como toda a discografia da banda são absolutamente essenciais para aqueles que dizem gostar de música no século XXI. Vídeo minimalista, assim como a vida será no futuro.
Sem mais propaganda, Gorillaz - The Swagga:

Valete Frates

domingo, novembro 02, 2008

La Radiolina

Última lista de 21 músicas por mim seleccionada e que recentemente foi retirada de circulação. A banda sonora ideal para quem percorre estas paragens.

1. Klaxons - Atlantis To Interzone
2. Ramones - What I Like About You
3. The Kills - Gipsy Death And You
4. Ennio Morricone - Man With The Harmonica
5. Johnny Cash - Folsom Prison Blues
6. Neil Diamond - Solitary Man
7. Pink Floyd - Interstellar Overdrive
8. Serge Gainsbourg - Sorry Angel
9. Kevin Shields - City Girl
10. Massive Attack - Angel
11. Air - Cherry Blossom Girl
12. David Bowie - Ashes To Ashes
13. Iggy Pop - The Passenger
14. The Beatles - Hey Jude
15. Bob Dylan - Mr. Tambourine Man
16. Isobel Campbell and Mark Lanegan - Deus Ibi Est
17. The Clash - I Fought The Law
18. Interpol - Pioneer to the Falls
19. New Order - The Perfect Kiss
20. Junior Boys - Double Shadow
21. Bloc Party - Two More Years

Valete Frates

sábado, novembro 01, 2008

Consentimento

Estou num local bastante movimentado, olho à minha volta e pergunto-me.
Quem são estas pessoas?
Que tipo de vida levam?
Que tipo de pessoa serão?
Dificil ser menos abrangente nas questões, não?
Fazem-me lembrar um pequeno conto de Edgar Allan Poe, "O Homem da Multidão". O conto consiste num homem que de cada vez que deixava de ter gente à sua volta começava a ficar assustado e corria desesperadamente à procura de movimento e de vida. E assim vivia, caminhando errantemente pela cidade de Londres à procura de companhia, não dormindo ou descansando, uma máquina imparavél tememente da solidão. No final o escritor descreve-o como um homem que não pode ser lido.
Essa descrição percorre-me a cabeça enquanto olho para rostos, gestos e roupas sendo incapaz de compreender aquilo com que me deparo.
De que falarão?
Para onde vão?
De onde vêem?
Complicado é procurar uma sinal pessoal, algo que as defina, porque é impossível definir uma pessoa. Mesmo assim não se pode referir a alguém sem lhe colocar uma etiqueta. Um nome, um atributo, uma excentricidade. Todavia elas são tão mais do que isso e ao mesmo tempo muito menos. Toda a complexidade pessoal é impossivel de ser descrita, apenas podemos relatar pequenos traços do caracter de cada um. Por outro lado nós somos apenas matéria orgânica, algo que existe e povoa quase toda a extensão da Terra. Algo que nasce, existe, extingue-se e no fim simplesmente se decompõe.
Qual o verdadeiro interesse de cada gesto?
Será que o nosso estilo de vida interessa para alguém?
Sendo que somos todos importantes, porque não ligamos nenhum aos outros?
Se repararem bem ninguém ouve ninguém. Todos esperam a sua vez para falar, porque lá no amâgo todos sabemo que a verdade só reside em nós mesmos.
Sejam sinceros, a opinião dos outros pouco vos interessa, vocês querem lá saber se o João diz que o novo 007 é muito bom, ou que a Maria diga que a comida francesa é a melhor do mundo, ou mesmo até que a Joana ache que os Rolling Stones são a melhor Banda de sempre. Nada do que eles dizem vos interessa, já que vocês sabem que o novo 007 é uma merda, que a melhor cozinha é a indiana e que toda a gente sabe que a melhor banda de sempre são os U2.
É, então irrefutavel, cada ser humano vive apenas para si próprio, para a sua satisfação, para os seus desejos, tristezas e necessidades. Mas agora outras questões se levantam.
Se somos assim porque precisamos da aprovação dos outros?
Para que precisamos de nos superiozar?
E porque desejamos sempre o mesmo que os outros?
Toda a gente quando vai ver um filme quer romance, toda a gente quer se casar, ter filhos e as outras tretas todas. Isso preenche-os dizem. Aceito.
Mas porque devemos ser todos castrados daquilo que queremos na realidade e no final ir obter aquilo que sempre quisemos pisoteando e magoando muitas mais pessoas do que aquelas que teriamos magoado se desde inicio fossemos procurar aquilo que na realidade nos "preenchia". Somos enganados e manipulados desde que temos idade para sermos enganados e manipulados.
Para terminar peço que recordem o filme Matrix. A Matrix existe e está de boa saúde, vivemos num mundo apenas por nós perceptivel, onde nos encontramos entropecidos, vivendo num limbo eterno de camisas da Gant, perfumes Armani, carros da Mercedes e casas germinadas. É essa a vida que sonhamos, são essas as coisas que desejamos. E é assim que alimentamos as "máquinas", empresas sem rosto, escondidas atrás de logótipos e slogans, que apenas procuram reproduzir a sua riqueza aniquilando-nos com fome, miséria e um falso sentimento de felicidade. Verdadeiros Deuses pagãos, que do alto do seu Olimpo brincam com o nosso destino, atirando-nos pedras, armas e guerras para que nos tornemos mesquinhos e estimemos a nossa identidade sobre todas as outras.
Já nem sei de que lado está a verdade, aliás já nem sei o que é a verdade. Sei que não conheço ninguém que está à minha volta da tal rua movimentada, sei que consinto e pior que tudo sei que continuarei a consentir até ao fim dos meus dias, assim como todos aqueles que vejo.
Dava tudo para estar num romance do Chuck Palahniuk.
Valete Frates

sexta-feira, outubro 24, 2008

The Teenagers - Homecoming

Mais um momento delicioso, delicado e sexy. A música não é recente mas não deixa de ser muito boa. Vídeo cheio de estilo, letra inteligente e música que desafia abanar levemente a cabeça e agitar com calma o resto do corpo.
Dedicada aos momentos juvenis que todos guardamos com grande estima.

Valete Frates

segunda-feira, outubro 20, 2008

Há sempre Luz

Nunca a flagelação soube tão bem.
Depois de um ano inteiro sem chegar perto do meu cabelo um barbeiro, cabeleireiro ou um par de tesouras, finalmente fui cortar o cabelo.
A razão porque o fui cortar foi igual à que me levou a deixá-lo crescer no primeiro lugar, simplesmente apeteceu-me.
Agora o que eu não esperava é que algo de bastante assertivo viesse a surgir dessa situação.
Enquanto via as longas madeixas caírem para o chão, uma pequena revisão do ano passou-me pela cabeça. Alguns bons mas essencialmente os momentos maus, aqueles que todos desejamos esquecer. Momentos de constrangimento, sofrimento, dor e tristeza.
A verdade é que mal as tesouras foram pousadas, e me vi pela primeira vez ao espelho, foi como se não me conhecesse. Como se eu agora, tivesse uma visão diferente sobre os vários quadrantes da vida. Uma profunda alegria e felicidade me invadiram e senti-me bem, mesmo muito bem.
Esqueci quem me prejudicou, perdoei quem me magoou, já que vi as razões por que fizeram isso e pareceram-me tão ridículas para ainda guardar qualquer ressentimento. Para ser sincero tudo me pareceu tão pequeno e tacanho, tudo o que eu pensava que magoava profundamente, que no final só consegui ter pena de mim (por ter pensado assim) e dos outros (por serem como são). Eu sei que este último parêntese tem uma ligeira conotação snob, mas não me apetece mentir sobre algo tão magnífico.
Purificação é a única palavra que consigo encontrar para descrever algo que me varreu o lixo que existia na totalidade do meu ser, mente, alma e coração. Pode parecer um pouco lugar-comum, mas de minha parte tenho que dizer que é bem verdade aquela treta toda de ter que enterrar as coisas más para poder seguir em frente (ou no meu caso ver mechas de cabelo morto).
Pela primeira vez em muito tempo sinto-me fresco e revigorado, diferente.
Recomendo vivamente aqueles que procuram um novo começo, o processo de enterro do defunto. A terra fará com que os seus restos mortais sejam reciclados e devolvidos à vida enquadrados num bem maior.

Valete Frates

quarta-feira, outubro 15, 2008

Pixies - Where is my Mind?

Para quem segue este blog à algum tempo deve saber da minha tremenda paixão pelo filme Fight Club. Provavelmente melhor que o filme deve ser o livro que brevemente terei que adquirir.
Esta é a minha última tentativa para vos interessar num filme e num livro que todo o ser o humano devia ver.
Sinceramente, nem que por umas breves horas, ele vai mudar a vossa concepção do mundo e da vida.
Fica a música final, verdadeiro dinamite, feita pelos Pixies e com um cunho existencialista.



Valete Frates

segunda-feira, outubro 06, 2008

Aconteceu em... Setembro 08

Neste belíssimo mês finalmente chegou o Verão. Pena que tenha chegado quando eu já estava em aulas.
A crise económica adensou-se a nível mundial, sendo que a reserva americana decidiu dar um de comunista e nacionalizar algumas seguradoras (!?). Mais interessante é que o dinheiro provém dos impostos pagos pelo povo americano e sente-se no ar um sentimento de injustiça e impunidade.
A China faz nova demonstração ao mundo da sua modernidade, dando uma visibilidade nunca vista ao jogo Para-Olimpicos. No final do mes morrem bebes chineses vitimas de leite condensado contaminado de produção nacional.
Pelo mundo o petróleo desceu para valores aceitáveis pela primeira vez em meses, todavia por cá a Galp e a Repsol acham por bem não confiar e continuam a subida imparável dos preços da gasolina justificando-se com instabilidades do mercado.
A policia decide fazer rusga todos os fins de semana nos grandes centros urbanos de forma a combater a escalada do crime, as imagens passam pela TV e as pessoas vêem-nas enquanto adicionam uma nova fechadura à porta de casa e um sistema anti-roubo no automóvel.
Morreu o Paul Newman e o pai de colega meu. Não percebo porque apenas a notícia do Paul Newman deu no telejornal.
Começou a minha estação favorita, o Outono. Nada me sabe melhor que os raios de Sol na altura do lusco-fusco. Fiz anos e percebo a inutilidade da celebração da data.

Neste mês li:

Retalhos da Vida de um Médico - Fernando Namora

Várias narrativas do médico/escritor, levando-nos a percorrer várias regiões de Portugal através de vários momentos da sua vida. Passamos pelos diversos momentos da sua vida profissional. Desde os estudos na cidade, aos primeiros anos no Alentejo, e o culminar em Lisboa. Vemos a pente fino as várias personagens todas elas retratos de um Portugal de meados do séc. XX.
Impressionante o olhar humanista com que ele descreve os seus doentes, compreendo o seu desespero e as suas tragédias. Realista e tocante.

Neste mês vi:
Dr. Strangelove or: How I learned to Stop Worrying and Love the Bomb - Stanley Kubrick


Comédia negra sobre o fim da humanidade. Em tempo da guerra fria Soviéticos e Americanos encontram-se na corrida ao armamento pondo em causa o futuro da humanidade. Todo o mundo se encontra num impasse.
Um General demente decide quebrar esse braço de ferro e manda atacar com bombas nucleares a URSS.
Assim se inicia o filme, e apartir daí começa o espetáculo de loucura, amor e ódio entre as duas faces em conflito, que mesmo quando se trata de salvar a humanidade, ainda continuam a pensar na supremacia global.

Neste mês ouvi:
The Very Best Of Ennio Morricone - Ennio Morricone

A compilação do verdadeiro mestre das bandas sonoras, o compositor de algumas das mais identifícaveis músicas do cinema. Este disco são incluídas músicas de "Por um punhado de Dólares", "Por mais Alguns Dólares", "Cinema Paraíso", "Era uma vez na América", entre muitos outros. Especial destaque para duas músicas que marcaram os dois melhores filmes do Western Spaghetti de Sérgio Leone, falo claro das músicas "O Bom, o Mau e o Vilão" retirada do filme com o mesmo nome; e também "The Man with the Hamornica" do filme "Aconteceu no Oeste".


Valete Frates

Dois tabefes ao Sr. Cavaco Silva

Ligo a televisão na Eurosport para ver a Rússia a bater em uns bonecos das Ilhas Salomão num suposto jogo do Campeonato do Mundo de Futsal. Sendo eu um ex-praticante e um fã da modalidade fico com uma grande sensação de tristeza. Ao intervalo está 20-0 e decido não ver mais, talvez depois vá ver o resultado final.
Mudo de canal, para a RTPN, está a dar a Antena Aberta. A questão que pede para comentar é: "O que estará disposto a fazer para aceder ao apelo do Presidente da República?"
Rapidamente mudo de estação para a SIC Notícias para ver qual é a questão colocada no programa Opinião Pública, para surpresa minha (ou talvez não), é a mesma que a da RTPN.
Volto para a RTPN, e feito este ligeiro zapping ponho-me a pensar na pergunta. E como um relâmpago a resposta chega-me à cabeça. Estou disposto a dar dois tabefes ao Presidente da República.
Já não gostava muito do homenzinho, mas ultimamente ele anda a passar das marcas.
Veta leis banais gerando polémicas inúteis. Faz discursos à nação com a máxima urgência para dizer que os Açores rejeitam-se a respeitar novas leis por ele impostas relativas aos estatutos regionais, entretêm-se em levantar questões pertinentes e depois a considerá-las tabus que não devem ser debatidos e sobres os quais um homem da sua posição não deve opinar.
Ele critica o estado da economia nacional, parecendo alienado ao que de resto se passa lá por fora. Pede um esforço extra aos portugueses (subentenda-se o povo), quando ele foi quem iniciou esta crise económica nos seus tempos de primeiro-ministro. Sim porque foi ele e mais os seus ministros das finanças que falavam de "Oásis Portugueses na Europa", quando na realidade corda se apertava cada vez mais ao pescoço, que iniciaram a crise economia que perdura até aos dias de hoje.
Foi ele que negociou com a antiga CEE a redução das nossas cotas agrícolas e pesqueiras, em troco de maiores fundos comunitários. Esses mesmos fundos foram repartidos pelo patronato criando uma nova classe social, os Novos-Ricos. Estes sem terem que prestar satisfações pelo dinheiro recebido, ao invés de investir nas suas empresas compravam carros e casas na praia. Consequentemente as suas empresas faliram e as pessoas foram para o desemprego, todavia os patrões continuaram ricos. No fundo ele retirou o pão e o peixe da boca e o dinheiro que daí provinha das bocas e carteiras dos portugueses (subentenda-se o povo). Tirou dos pobres para dar aos ricos, o verdadeiro Robin dos Bosques moderno.
Á cerca de um ano ele falou da falta de interesse dos jovens na vida activa social e politica. Não disse mentira nenhuma, só que parece que se esqueceu que o governo dele foi dos que menos beneficiou a inserção dos jovens na vida activa e nas responsabilidades da vida adulta.
Estas são algumas das falhas que me vêem como um relâmpago à cabeça, mostrando-me a imagem de um Presidente da República fraco, débil, senil e amnésico.
E diz ele que vai unir os portugueses?
Garanto que eu sou capaz de unir mais portugueses de volta da minha causa. Espetar-lhe dois tabefes até ele se lembrar e admitir cada erro que cometeu.
Depois se verá como ele é parecido com a equipa de futsal das Ilhas Salomão.

Valete Frates

quinta-feira, outubro 02, 2008

Belo Outono

A bela Diane Kruger "sensualizando" o Outuno no El Corte Inglês. Banda Sonora de Rodrigo Leão.
Valete Frates

sexta-feira, setembro 26, 2008

Giorgio Moroder - Knights in White Satin

Devagar, devarinho como que cantando uma música de embalar. Abana para um lado, puxa do outro. Dança e balança. Sensualidade transbordante. Na década de 70 assim se davam os primeiros passos na música de dança.
Valete Frates

segunda-feira, setembro 22, 2008

Um leopardo muda sempre as suas pintas

Lembrando as várias pessoas existentes em Fernando Pessoa, um simples mortal pergunta-se a si mesmo: "Terá sido Pessoa um génio esquizofrénico, ou muito simplesmente sensível ao ponto de reparar em todas as diferentes facetas que emerginam dentro de si?"
Acredito mais na segunda opção. Pois olho quando olho para dentro e mediante a forma como acordo (não me refiro ao mau-humor já que é o meu estado normal) posso reagir de forma diferente aos mesmos estímulos rotineiros.
Tenho diferentes camadas como a superficie terrestre. Uma mais suave e fértil, facilmente penetravel, outra mais escondida e misteriosa, outra dura e rochosa...Não quero com isto dizer que quanto mais fundo penetro dentro da minha alma, pior pessoa sou, já que as camadas estão paralelas e não sobrepostas. Todas elas são uma amostra para o mundo daquilo que sou.
Feita a devida introdução teórica, tenho uma questão a lançar. Será que ao encontrarmos essas diferentes camadas, quando encontrarmos algo que não gostamos podemos ignorá-lo? Podemos simplesmente dizer para nós próprios que aquilo não existe e através da auto-sugestão negar essa parte da nossa persona?
Posso dizer que já presenciei isso a acontecer. Uma pessoa entrou em "negação positiva", e recusou-se a acreditar que se estava a queimar lentamente, desperdiçando-se e recusando simplesmente abrir os olhos e ver o que toda a gente via. E essa sua "verdade" acabou por tornar-se realidade na sua cabeça. Por outras palavras, ele deixou de se ver como um cobarde e/ou perguiçoso e passou a apresentar-se como um ser confiante e seguro. Todavia ele não mudou, continuou a ser o que era, passou a viver numa realidade diferente, num sub-mundo pessoal onde ele era o heroi. Será esta a verdadeira psicose?
Riscar cada traço da nossa alma quando é algo negativo ao invés de o aceitar todas as nossas penas?
Não digo para andarmos a mostrar ao mundo que somos seres egoístas, vingativos, odiosos, gananciosos, vaidosos ou outra coisa semelhante já que normalente não são "qualidades" que nos orgulhemos, mas pelo menos admitir para nós quem somos verdadeiramente e se possível tentar alterar alguma face que gostemos menos.
Isto pode parecer algo de muito simples, portanto digo-vos uma coisa: se se acham puros e bons, fortes e corajosos, vai até ao espelho e meditem sobre o vosso reflexo. Tenho a certeza que a uma dada altura serão obrigados a desviar o olhar.

Valete Frates

sábado, setembro 20, 2008

Cut Copy - Lights and Music

Parece que toda a gente com quem eu falo tem grandes problemas com o electro-pop, não compreendo bem a razão uma vez que parece uma escolha músical muito alegre e divertida.
Bem eu gosto e isso é que me interessa, muito melhor que Emos, pseudo-punks e merdas parecidas.


Resta só deixar o aviso para aqueles que partilham comigo o gosto desta banda, que eles em Novembro estarão de volta a Portugal depois da passagem pelo Sudoeste. Dois concertos, um no Porto e outro em Lisboa, nos dias 13 e 14. Fica o aviso para quem os quiser ver de mais perto.

Valete Frates

domingo, setembro 14, 2008

Montando a Bomba

Esta cena retirada da brilhante sátira negra de Stanley Kubrick, Dr. Strangelove, tem uma demência tal que tinha que arranjar um lugar para a meter algures por aqui.
Haja desprezo pela humanidade!
Valete Frates

segunda-feira, setembro 08, 2008

Bola de Neve

No último mês o Diário de Notícias foi oferecendo, quase diariamente, juntamente com o jornal uma colecção de livros de bolso de grandes clássicos da literatura.
Claro que não são nenhumas edições especiais, mas para uma mente sedenta e impressionavél como a minha, servem perfeitamente.
Servem para a mente se encontrar, ou pelo contrário, divagar e criar as mais lógicas teorias. Gostava de partilhar uma das minhas teorias que explica a crise económica mundial. Não tem nada de novo, até porque a base da minha teoria tem mais de 2400 anos, mas serve para provar que muito pode ser evitado e compreendido, lendo apenas um livro.
Retiro este excerto do muito conhecido livro A Arte da Guerra de Sun Tzu:

"Formar um exército
De cem mil homens
E fazê-los marchar
Quinhentos quilómetros
Esvazia os bolsos
Do Povo
E do Tesouro Público
Até à soma diária de
Mil taels de prata.
Causa agitação
Dentro e fora do país
E faz com que um sem-número de homens
Passem a vadiar pelas estradas,
Extenuados.
Mantém setecentas mil famílias
Sem trabalho."

Olhemos agora para os nossos tempos e para a realidade global em que vivemos, e lembremo-nos de uma famosa frase:
"Quando os Estados Unidos espirram, a Europa constipa."
Esta é a minha explicação para a altura conturbada da economia e do mundo de agora.

Valete Frates

domingo, setembro 07, 2008

De volta

Na verdade já estou de volta há mais de uma semana mas ainda não me tinha apetecido escrever ou deixar nada por aqui. Estava a recuperar da silly season.
Agora ainda a meio gás, o meu post 200 fica reservado para os Chemical Brothers, recuperando o clássico Star Guitar.
Para breve voltarei na máxima força.

Valete Frates

quinta-feira, agosto 14, 2008

Os Marretas - Mahna Mahna

Um clássico entre os clássicos, momemtos ímpares de entretenimento os Marretas nos deram. Sempre capazes de colocar um sorriso na cara da pessoa mais sisuda.
E é com esse propósito que coloquei este vídeo, para colocar um sorriso na vossa cara todos os dias até ao final de Agosto, sendo que resolvi tirar umas férias e rumar a Sul (já que com este tempo do Norte ninguém pode). Vou ver o que o Algarve tem de tão especial, para além de blogs.
Para meu bem, só espero voltar a escrever aqui para o fim do mês. Até lá, sorriam que o Verão serve para isso.


Valete Frates

domingo, agosto 10, 2008

The Presets - This Boy's is Love

Quando se procura paisagens electrónica apeteciveis, inevitavél uma longa paragem na Austrália. Não sei como eles o fazem, mas a verdade é que fazem muitos e bem.
Escolhi os Presets, mas brevemente apresentarei outros para aqueles que andem mais distraidos.
O vídeo peca um pouco por ter homens em vez de mulheres, mas também não se pode ter tudo.

Valete Frates

quinta-feira, agosto 07, 2008

A história do Lobo Solitário (II)


Mas o mal tinha sido feito, e estava encoberto num elemento da alcateia de Igor, o seu nome era Judísio.
Igor ao pacificar a floresta não pensou naquilo que o seu grupo sentia, pois imaginava que todos fariam como ele. E a verdade é que fizeram, mas Judísio começou a reflectir sobre alguns daqueles sentimentos e começou secretamente e involuntariamente a invejar a relação de Igor com o Divino e a cobiçar Ieda.
Judísio que tinha pelugem cinzenta e focinho vermelho, começou a esconder estes sentimentos com vergonha e medo do que os outros pudessem fazer, e secretamente começou a combater estes sentimentos.
Mas a semente havia sido plantada e nada poderia mudar o coração de Judísio. Ele começou a ver na alegria e amor de Ieda por todas as criaturas, uma paixão pela sua pessoa. Começou a imaginar que todas as tarefas que Igor lhe designava eram tudo formas de o afastar de Ieda. Todo o mundo foi alterado e recodificado na mente de Judísio. E isso fazia-o sentir miserável, inútil, despropositado e alienado.
Com o passar do tempo todos estes sentimentos converteram-se num único apenas. Judísio passou a sentir-se descartável. Nada interessava, a comida não tinha sabor, o seu mundo resumia-se à paixão por Ieda e o ódio por Igor.
Ele tornou-se internamente a personificação do mal, numa floresta que não sabia definir essa palavra.
Foi desenvolvendo um plano maquiavélico, de forma a fugir com Ieda e a destruir Igor. Decidiu transformar Nair numa fonte constante de conflitos, sendo que seria ele a semear a discórdia entre as criaturas. Se em pequena escala foi problema difícil de controlar, numa escala maior seria um fogo indomável que queimaria a alma de todas as criaturas, e distrairia Igor o suficiente para Ieda ser levada dos seus braços. Por último o Divino ficaria tão irado com Igor que o castigaria severamente.
Regozijou-se com o seu plano. Como esta criatura, abençoada pelo Divino, se havia desviado tanto do caminho, unicamente por sentir.
Onde estava a alegria pregada do amor? O prazer em encontrar a paixão?
Tudo se havia tornado em obsessão, em ódio, em ambição. Judísio não sabia ainda, não conseguia ver no monstro que se havia tornado. Apenas queria o seu pedaço de felicidade.
Deu então início ao seu plano. Disse às árvores sábias que os animais as usavam como fonte de alimento, e não queriam saber dos seus pensamentos sábios e conselhos sensatos. Iradas com as palavras de Judísio, as árvores decidiram reter os seus frutos. Aos animais, Judísio, foi instigar um acto de retaliação, aquela afronta seria inademissivél, e exigia vigança. Aos poucos os insectos começaram a comer as suas folhas, os pequenos roedores começaram a subir pelas árvores e a recolher os frutos. Os animais maiores, incapazes de subir às árvores começaram a atacar os mais pequenos. Um pouco por toda Nair, grandes focos de conflitos começavam a acender-se.
Estava na hora de Igor entrar em acção, e convocou a sua alcateia. Para seu espanto todos negaram ajudá-lo. Judísio tinha-os atingido primeiro, falando-lhes da escravidão a que eram submetidos.
Igor partiu então sozinho e desolado, deixando a Ieda a tarefa de reunir o grupo que depois deveriam ir juntar-se a ele.
Mas a raiva e o ódio do grupo conseguiam suplantar o amor e compaixão infinitos de Ieda. Depressa se rebeliaram contra ela, e com Judísio a comandar a fizeram prisioneira e a levaram para longe.
Enquanto isso acontecia, Igor ia sozinho tentando colocar a razão na cabeça de todas as criaturas, mas tal revelou-se infrutífero. Sozinho não tinha a capacidade para controlar as atrocidades que as mais variadas criaturas começavam a fazer umas às outras.
O Divino quando chegou e viu as chamas do ódio no seu mundo perfeito, chamou a si Igor.
Quando confrontando com a simples questão do que se havia passado, Igor não soube responder. Quando lhe foi pedido para chamar Ieda e o resto da sua alcateia, não sabia onde estavam.
Então o Divino decidiu fazer o que qualquer de nós faz quando não temos as respostas que esperamos, decidiu castigar tudo e todos, por terem feito fracassar o seu sonho, a sua visão, o seu mundo perfeito.
Criou o Tempo para medir a vida de cada ser, retirou ás árvores o poder de pensar, retirou aos animais a capacidade de sentir e a sabedoria, e colocou-os no castigo eterno de se caçarem e alimentarem-se uns dos outros. Deixou-os seguir o caminho que haviam escolhido.
Mas o pior ainda estava para vir. Completamente irritado, decidiu espalhar todos os lobos por todos os cantos de Nair, transformou toda a alcateia em novos seres, menos Ieda que era a única ainda com a alma pura e decidiu escondê-la, não queria que ela visse este estranho e cruel mundo novo.
Os novos seres seriam incapazes de se defenderem, frágeis, e diferentes. O Divino converteu-os em Homens. Manteve-lhes o sentimento, mas afastou-os da razão e da liberdade e enclausurou-os num invólucro demasiado fraco e débil para conseguirem fazer algo de significativo. Aprisionou-os dentro de si próprios.
Contudo deu-lhes uma hipótese de se redimirem, de tempos em tempos, todos teriam a possibilidade de voltar a serem lobo, e Igor teria que quebrar o ciclo da alimentação, castigar Judísio e encontrar Ieda, ela seria a única possibilidade de o amor voltar a reinar e de a liberdade ser restituída a todos os seres.
Igor tornou-se num lobo solitário com uma causa perdida, com uma missão impossível.
Uma eternidade passou, e Igor ainda não conseguiu cumprir com a sua missão. Pelo caminho foi encontrando alguns membros da sua antiga alcateia, e os chamou para a bondade e compaixão. Judísio fez o mesmo, mas espalhou as labaredas da discórdia e da violência. E assim nasceu o Bem e o Mal. Levados pelo sentimento, afastados do iluminismo, primitivos, violentos e confusos.

Valete Frates

P.S. Peço desculpa se a minha gramática não foi à altura da história, ou se algumas das ideias se confundiram, mas a história é antiga e tem várias versões e a minha é apenas mais uma.
Espero que tenham gostado.

sexta-feira, agosto 01, 2008

7 Bandas - Final

Acabou esta saga de alguns meses, nos quais escrevi tudo o que sei (ou quase tudo), sobre as minhas bandas favoritas. Bandas intemporais que deixaram uma marca muito própria na sua época, e que ainda hoje servem de referência a músicos, e inspiram a vida dos jovens, a minha inspiram de certeza.
Para a história ficam os 12 votos, que decidiram esta eleição. Não foram muitos, mas pelo menos deram para decidir alguma coisa e para eu ficar um pouco mais feliz, portanto queria agradecer a quem votou.
Fica a classificação:
- Joy Division / Pink Floyd - 3 Votos
- Nirvana / The Doors - 2 Votos
- Queens of The Stone Age / The Smiths - 1 Voto
- Depeche Mode - 0 Votos

Supreende-me um pouco a falta de votos nos Depeche Mode, pois pensei que fossem os que teriam mais fãs.
Resta avisar que a "rádio K" retomará as suas emissões normais como anteriormente, e fica uma prendinha para os fãs das bandas vencedoras, cortesia do youtube.
Pink Floyd - Wish You Were Here - Live 8

Joy Division - Transmission - BBC 2

Valete Frates

quinta-feira, julho 31, 2008

Kemopetrol - Child Is My Name

Ao contrário do que se possa pensar, ninguém me paga para em andar por aqui a falar de bandas e de músicas.
Simplesmente quero despertar novos prazeres, para aqueles que aqui vêem ler, as coisas que para aqui ponho.
Video excelente, música soberba e uma rapariga bonita, é o que basta para alegrar um pouco o dia chuvoso (exteriormente e interiormente).

Valete Frates

quarta-feira, julho 30, 2008

Música do mês

Revisitando uma artista que já passou por aqui, encontrei esta música brilhante. Falo de Nina Simone.
Uma verdadeira senhora da música "clássica negra". A letra desta canção é algo com que qualquer um se pode identificar. Espero que gostem tanto como eu.

Nina Simone - Don't Let Me Be Misunderstood

Baby you understand me now
If sometimes you see I’m mad
Doncha know that no one alive can always be an angel?
When everything goes wrong you see some bad

Well I’m just a soul whose intentions are good
Oh lord, please don’t let me be misunderstood

Ya know sometimes baby I’m so care free
With a joy that’s hard to hide
Then sometimes it seems again that all I have is worry
And then you burn to see my other side

But I’m just a soul whose intentions are good
Oh lord, please don’t let me be misunderstood

If I seem edgy
I want you to know
I never meant to take it out on you
Life has it’s problems
And I get more than my share
But that’s me one thing I never mean to do

Cos I love you
Oh baby
I’m just human
Don’t you know I have faults like anyone?
Sometimes I find myself alone regretting
Some little foolish thing
Some simple thing that I’ve done

I’m just a soul whose intentions are good
Oh lord, please don’t let me be misunderstood

I try so hard
So don’t let me be misunderstood

E como bónus este mês fica o vídeo, com um teor racial, que sempre nos serve para nos lembrarmos de algumas coisas que se passaram.

Valete Frates

sexta-feira, julho 18, 2008

OZ - Omar White - I wanna be free

Súplica, redenção, vício, é o que a personagem de Omar White representa. A procura de um propósito para simplesmente ser. Pena que seja quase sempre nos lugares errados.
Mas como lhe custa, e quando consegue derrotar os seus demónios interiores, eis que os homens tratam de lhe colocar mais um obstáculo no caminho. Será talvez a metáfora para a vida de alguns a de Omar White dentro da cadeia. Talvez não seja o carcére a sua verdadeira prisão, talvez ele deseje a liberdade de ser quem é, contra as pressões e razões de outrém.
Este é para mim um dos melhores momentos da série. O único momento em que ele manda tudo para o caralho e fica no cimo dos muros da prisão.
Valete Frates

segunda-feira, julho 14, 2008

Sam Sparro - Black and Gold

O verão apela-me aos sons electrónicos, e com a breca eu vou na onda.
Disco altamente recomendavel, o deste jovem, para quem gosta deste tipo de sonoridades.
Parece que o rapaz tem ascendencia portuguesa, pode ser que facilite a visita dele cá. Aliás ele já teve cá, na casa de toda a electrónica, o Lux. Como sempre tudo para Lisboa, mas isso é tema para outras discussões.
Fica mais um belíssimo vídeo.


Valete Frates

terça-feira, julho 08, 2008

Scarlett Johansson - Falling Down

Recentemente a Scarlett gravou um disco. Um albúm de versões, de músicas do Sr. Tom Waits. Como sou um aficionado tanto da Scarlett como do Tom Waits, estava à espera de ver o resultado final. Ainda mais ansioso fiquei quando ouvi a voz dela rouca e agradável em duas músicas, não relacionadas com o disco.
Todavia quando o ouvi fiquei perplexo, não era nada do esperado. A voz tornou-se um bocado impessoal e distante, e o disco é banal. Não é mau de todo, mas está muito longe de ser algo especial. É pena pois a voz dela tem um timbre especial e poderia ser melhor aproveitada.
Bem salvam-se músicas como esta, que com a ajudinha de um convidado muito especial (David Bowie), até é bem porreira.

Scarlett Johansson - Falling Down

Valete Frates

segunda-feira, julho 07, 2008

A história do Lobo Solitário (I)

Esta história encontra-se perdida à partida. Perdida no tempo e no espaço, encontrada apenas numa dimensão onde chega a imaginação humana. Não me recordo da história toda, mas como quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto, eu vou acrescentando alguns pelo caminho.

Antes do Tempo ser Tempo existia uma floresta. Tinha o nome de Nair.
Nela existiam coisas que ainda hoje vemos nas nossas florestas, e coisas hoje extintas mas que ficaram impregnadas no nosso subconsciente e que por vezes conseguimos ter um vislumbre nos nossos sonhos.
Plantas filosóficas, animais mitológicos, matéria inanimada pensante e movediça. Nair era um local onde a noite era mais luminosa que o nosso dia. Aliás era o local mais luminoso e precioso que o Divino havia retirado da sua mente e passado para papel.
No início tudo era bom, todos dispunham de liberdade para fazer aquilo que achavam conveniente, de passar o tempo fazendo aquilo que entendiam. Era o Paraíso.
Mas como tudo vivia em paz e harmonia, ninguém prestava muita atenção ao Divino. Ele entendeu então que faltava algo naquela sua pérola vinda do seu pensamento, percebeu que não conseguia estar apenas no lugar de passageiro, calado e observando. Precisava de algo com quem conversar, algo para expor os seus pensamentos e ideias se assim podemos chamar aos pícaros da criação.
O Divino decidiu criar dois lobos, e a estes deu-lhes qualidades que não havia dado a mais nenhum ser daquela floresta. Deu-lhes o nome de Igor e Ieda. Deu-lhes também uma alcateia, para estes não se sentirem sozinhos assim como outrora se sentiu o Divino.
Fisicamente Igor era totalmente negro, um negro absoluto, imenso e profundo parecido com a cor de um buraco negro. Ieda, por ser lado, vestia uma pelugem lilás, suave e densa como uma imensa cortina de veludo. Ambos tinham os olhos brancos e baços devido à sua fé que emanavam pelo Divino.
Foi dada a Igor a missão de coordenar aquele mundo e o defender de si próprio. No fundo Igor era a imagem sempre presente do Divino, quando ele partia para explorar novos pensamentos. A Ieda foi dada a tarefa de espalhar amor e carinho pela floresta, pois o Divino, aquando da criação de Nair, esqueceu-se de dar sentimentos às suas criações. Um pouco à imagem do homem de lata do Feiticeiro de Oz.
Ieda cumpriu com o que lhe foi pedido e espalhou por Nair estes belos sentimentos. Só que como os seres não estavam habituados a sentir começaram a fazer aquilo que faziam até então. Começaram a racionalizar os seus sentimentos. Ora isto deu origem a um novo espectro do sentir. Começou a surgir entre pequenos grupos dispersos pela floresta outros sentimentos como a inveja, a cobiça…Certos seres mais fortes que outros começaram a tirar os pertences de outrem, e assim a apareceu o medo e a tristeza. E como uma bola de neve uns foram dando origem a outros.Todavia Igor prontamente pôs cobro a isso, fazendo ver a esses pequenos grupos, o quanto errada era a sua conduta. Os seres ouvindo as palavras sábias de Igor e confrontados com as consequências dos seus actos, voltaram ao normal e tudo ficou perdoado. Todos passaram a admirar Igor e a respeitá-lo, considerando-o tão sábio como o Divino. O Divino sabendo disto ficou feliz e vendo que a sua presença não seria tão necessária poderia ter tempo para se dedicar a outros “projectos”. A humildade com que Igor olhava para o Divino dava-lhe a confiança necessária para o deixar governar Nair e continuar a conversar com ele sempre que precisava de companhia.

Valete Frates

domingo, julho 06, 2008

Linguagem Gestual

Por vezes perco-me a olhar para as minhas mãos. Completamente parado no tempo e no espaço, especado a olhar para elas.
Umas vezes parecem-me grandes e finas, outras vezes pequenas e inchadas, umas vezes vermelhas, ou pálidas como a neve. Sinto-lhes o sangue a correr por dentro das veias que vejo à flor da pele. Tenho quase constantemente as mãos geladas e suadas.E depois divago...
Será possível representar pessoas e relações através das posições das nossas mãos?
Isso já o fazemos um bocado, mas penso que achei um teorema curioso para expôr certos conceitos da condição humana. Por favor tentem seguir o raciocínio.
Eu vejo-me a mim próprio como um punho esquerdo fechado, enclausurado dentro de si mesmo, sofrendo pela própria força que faz com as unhas para se fechar e disposto a esticar-se sempre que se sente ameaçado.
Em contrapartida conheço pessoas que a palma está completamente aberta e exposta para todo o mundo ver. A mão quase que nos é empurrada pelos olhos a dentro. Nela conseguimos ver as cicatrizes do passado, os calos (ou falta deles) do presente e com alguma segurança seguir as linhas do futuro e prever o dia de amanhã.
Um outro exemplo são aqueles que mantêm a palma da mão aberta para cima, como pedintes. Implorando que alguma outra mão lhes deixe cair alguma esmola ou que lhe caia algo do céu. Em contra-senso com estes temos aqueles que viram a palma para baixo escondendo dos seus superiores o seu interior mas sempre dispostos a bater nos que estão abaixo, muito à forma da saudação nazi.
E depois destas ideias sobre mãos, vêm a forma com elas se relacionam. As nossas relações com os outros e a razão pela qual elas não funcionam. Passo a dar alguns exemplos.
Imaginemos duas mãos fechadas que se relacionavam muito bem e que se abrem uma para a outra, só que enquanto uma procura felicidade mundana e alegria, no fundo a realidade (representada pela mão direita), a outra não sabe o que procura, perde-se em idealismos, sonhos e ideias vanguardistas (representada pela mão esquerda). Por muito que se queram juntar nunca será possível, pois procuram coisas diferentes da vida.
Outro caso possível de ver são duas mãos iguais, que na teoria deviam funcionar correctamente mas quando abertas uma perante a outra é como um espelho, e aquilo que vemos não é exactamente aquilo que gostamos e com o tempo torna-se impossível um aperto de mão sequer.
Como podem ver é bastante complicado encontrar a combinação certa, assim também é encontrar a companhia certa.
Mas à mãos com sorte que encontram a parceira que as satisfaz, com carinho e devoção. Mas é aí que normalmente deitamos tudo a perder, e é aí que criamos os remorsos para o resto da vida. É no momento em que decidimos andar de mão dada, sufocando e amordaçando a mão nossa parceira. Esquecemo-nos que é mais importante interlaçar os dedos no escuro, do que andar pela rua mostrando a todos o quanto efémera e banal é a nossa companhia.
Não sei se consegui demonstrar o sentido do pensamento que por vezes tenho na minha mente quando olho para as minhas mãos, infelizmente não sei linguagem gestual.
Valete Frates

segunda-feira, junho 30, 2008

7 Bandas - Votação


Com o post anterior dou por terminada a rúbrica 7 Bandas. Depois de meses de preguiça e falta de vontade, consegui ter a vontade necessária para terminá-la.
Para quem conhce este local à pouco tempo, à uns meses atrás comecei por falar de algumas bandas minhas favoritas: Joy Division, The Doors, Pink Floyd, The Smiths, Depeche Mode, Queens of the Stone Age e Nirvana. A ideia era divulgar para aqueles que desconheciam algumas histórias e momentos dessas mesmas bandas, e sobretudo divulgar a sua música.
Agora queria pedir-vos a vocês que dessem o vosso parecer, dizendo qual a banda que mais interesse vos incutiu na busca da sua música, ou simplesmente qual gostaram mais. Os posts podem ser todos relidos basta seguirem a etiqueta 7 bandas.
Prometo que haverá jantar para consagrar a banda vencedora e todos aqueles que votaram nela.
Participem que não custa nada e eu fico todo feliz.

Valete Frates

7 Bandas - Queens of the Stone Age


Depois de divagar pelo passado ou recordar feitos antigos, vamos agora falar de uma banda mais activa nos nossos dias, os QOTSA.
O verdadeiro Rock sobrevive hoje através das suas músicas. Duro, pesado, e incrivelmente inteligente(!!!).
Verdadeiros prodigios da técnica de bem tocar os seus instrumentos, são uma banda com um som único e espetacular.
Das cinzas da banda Kyuss emergem os QOSTA através das mãos de Nick Olivieri e Josh Homme. Originalmente chamados de Gamma Ray, tiveram que mudar de nome por causa de outra banda. Ainda bem para eles já que o segundo nome soa bem melhor. Chamar-lhes banda talvez não seja o termo mais correcto, já que o único elemento fixo ao longo dos anos é mesmo Josh Homme. Por outras palavras os QOSTA são hoje a banda/projecto de Josh Homme, um pouco à semelhança dos Nine Inch Nails e dos Gorillaz se bem que com várias diferenças.
Em 1996 o vocalista e guitarrista Josh Homme e o baixista Nick Olivieri fundam os QOTSA. Juntam mais uns amigos e a banda fica completa. Homme começa a fecundar a ideia das Desert Sessions, que consistem em juntar os artistas mais inclassificaveis do mundo no deserto e polos a tocar todos juntos, num ambiente de experimentalismo e evolução. Artistas como PJ Harvey chegam a participar, e as Desert Sessions ficaram gravadas para a posteriodade.
Em 1998 sai o primeiro album da banda com titulo homonimo. Apesar de ser bastante bom o album não causou muito alarido, o som é parecido com os Kyuss mas conta com o experimentalismo obtido das Desert Sessions. Começa-se a implementar um tema recorrente nos vários momentos da banda, a mulher.
Todavia é com Rated R, que a banda começa a compôr-se a virar algumas cabeças do mundo da música. O som é dificil de classificar e cheio de antíteses. A banda começa a ser reconhecida, e começa a abrir concertos para grandes cabeças de cartaz e a participar em enormes Festivais de Rock, como o Ozzfest e o Rock in Rio.
Alguns artistas reconhecidos começam a querer entrar neste projecto. Nomes como Dave Grohl e Mark Lanegan começam a fazer sessões de Jamming com a banda. Lanegan já havia participado em algumas músicas no passado mas neste momento por volta de 2000 passa a ser um elemento efectivo da banda, e Grohl é convidado para tocar bateria no próximo albúm.
Como resultado temos o genial Songs for the Deaf, que na minha opinião é o melhor. A voz forte de Lanegan em alguns temas, a bateria imparavél de Grohl são especiais adições ao som robusto da banda.
Trata-se de um album conceptual, cuja ideia surgir na cabeça de Joah Homme enquanto cruzava o deserto e a ouvir um rádio de emissora mexicana. E o disco segue este estranho tema de miragens, mosquitos, esqueletos à beira da estrada e relações à queima roupa. Brilhante e altamente recomendavel.
Para o seguinte album a banda despede-se de duas pedras basilares, Mark Lanegan decide abandonar a banda e Nick Olivieri é despedido. Se o primeiro mas mesmo assim entra no seguinte album com uma participaçam especial, as relações com Olivieri não ficaram assim tão pacíficas. Parece que Olivieri é completamente demente, chegando inclusive a actuar nu. Numa digressão pela Alemanha e depois de ter levado todos os elementos da banda ao desespero, as portas foram abertas e Olivieri levou um biqueiro no rabo e foi deixado em plena auto-estrada.
Com estas saídas a banda perdeu a profundidade e sentimento de Lanegan e a energia e força de Olivieri. Talvez seja por isso que Lullabies to Paralyze seja um album diferente dos anteriores, suspenso por uma aura intima e mistica. O album é bom, todavia fica a ideia que mais poderia ser feito e que talvez nem toda a concentração fosse imposta na produção do album. Mais Recentemente saiu Era Vulgaris, onde notamos os QOTSA a afastarem-se da ideia do album anterior e voltar um pouco às suas origens.


Para vosso deleite fica não uma letra desta vez mas um vídeo, para mostrar as capacidade impressionante da banda ao vivo, de uma das minhas músicas favoritas, retirada do album Songs for the Deaf.

Valete Frates

sábado, junho 28, 2008

Fotos #10,#11,#12,#13,#14




Roxy Music - 2HB

"Oh I was moved by your screen dream
Celluloid pictures of living
Your death could not kill my love for you
Take two people romantic
Smoky nightclub situation
Your cigarette traces a ladder
Here´s looking at you kid
Celebrate years
Here´s looking at you kid
Wipe away tears
Long time since we´re together
Now I hope it´s forever"



Como ser romântico sem soar palerma ou palilas? Ouvir Roxy Music...
Ficam algumas das capas dos discos deles. Não primam pela variação do tema, mas são belíssimas e artistiscas. As capas são subtis, sensuais, controversas, dominadoras, explícitas, elegantes, e mais uma série de adjetivos poderião ser adicionados, por vezes contraditórios, mas têm sempre um denominador comum. Descobram lá qual é? (pontinha de sarcasmo)
Isto é "cover art" no seu melhor.


Valete Frates

Hercules and Love Affair - Blind

Para terminar este ciclo de vídeos e para celebrar o facto de poder respirar um bocado, fica aqui a nova sensação da música electrónica. Este single é mesmo à medida das pistas de danças sofisticadas (mas isso existe?) deste Verão. É viciante, minimalista, italo-disco, é tudo o que quiserem que seja.
Fica o excelente vídeo.

Valete Frates

sexta-feira, junho 27, 2008

MGMT - Electric Feel

Para animar um pouco as hostes, fica aqui o novo vídeo da nova hype da música pop. Os MGMT têm aquele som que pode marcar um verão. Uma mistura estranha de pop/funk/electrónica/psicadélico. Um pouco dificeis de rotular mas fica a música e o vídeo que é também muito bom. Deixo a vocês o juízo.
Valete Frates

quinta-feira, junho 26, 2008

Música do mês

Smiths, sempre em alturas de crise. Farto dos livros e de tudo o resto até à ponta dos meus anormalmente longos cabelos, as músicas deles são um escape.
Preciso que alguém me leve, me afaste, do meu mundo. Me mostre algo de novo e frescante, algo de interessante.
A miséria pede sempre companhia.

The Smiths - There is a light and it never goes out

Take me out tonight
Where theres music and theres people
And theyre young and alive
Driving in your car
I never never want to go home
Because I havent got one
Anymore

Take me out tonight
Because I want to see people and i
Want to see life
Driving in your car
Oh, please dont drop me home
Because its not my home, its their
Home, and I'm welcome no more

And if a double-decker bus
Crashes into us
To die by your side
Is such a heavenly way to die
And if a ten-ton truck
Kills the both of us
To die by your side
Well, the pleasure - the privilege is mine

Take me out tonight
Take me anywhere, I dont care
I dont care, I dont care
And in the darkened underpass
I thought oh god, my chance has come at last
(but then a strange fear gripped me and i
Just couldnt ask)

Take me out tonight
Oh, take me anywhere, I dont care
I dont care, I dont care
Driving in your car
I never never want to go home
Because I havent got one, da ...
Oh, I havent got one

And if a double-decker bus
Crashes into us
To die by your side
Is such a heavenly way to die
And if a ten-ton truck
Kills the both of us
To die by your side
Well, the pleasure - the privilege is mine

Oh, there is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out

No meio da onda de cansaço ("não, não é cansaço") das letras de Morrissey, emerge quase contraditório o espirito da música imposto pelo brilhante Johnny Marr. É esse espirito que me inspira para percorrer pelo menos mais uns metros.



Valete Frates