sexta-feira, setembro 26, 2008

Giorgio Moroder - Knights in White Satin

Devagar, devarinho como que cantando uma música de embalar. Abana para um lado, puxa do outro. Dança e balança. Sensualidade transbordante. Na década de 70 assim se davam os primeiros passos na música de dança.
Valete Frates

segunda-feira, setembro 22, 2008

Um leopardo muda sempre as suas pintas

Lembrando as várias pessoas existentes em Fernando Pessoa, um simples mortal pergunta-se a si mesmo: "Terá sido Pessoa um génio esquizofrénico, ou muito simplesmente sensível ao ponto de reparar em todas as diferentes facetas que emerginam dentro de si?"
Acredito mais na segunda opção. Pois olho quando olho para dentro e mediante a forma como acordo (não me refiro ao mau-humor já que é o meu estado normal) posso reagir de forma diferente aos mesmos estímulos rotineiros.
Tenho diferentes camadas como a superficie terrestre. Uma mais suave e fértil, facilmente penetravel, outra mais escondida e misteriosa, outra dura e rochosa...Não quero com isto dizer que quanto mais fundo penetro dentro da minha alma, pior pessoa sou, já que as camadas estão paralelas e não sobrepostas. Todas elas são uma amostra para o mundo daquilo que sou.
Feita a devida introdução teórica, tenho uma questão a lançar. Será que ao encontrarmos essas diferentes camadas, quando encontrarmos algo que não gostamos podemos ignorá-lo? Podemos simplesmente dizer para nós próprios que aquilo não existe e através da auto-sugestão negar essa parte da nossa persona?
Posso dizer que já presenciei isso a acontecer. Uma pessoa entrou em "negação positiva", e recusou-se a acreditar que se estava a queimar lentamente, desperdiçando-se e recusando simplesmente abrir os olhos e ver o que toda a gente via. E essa sua "verdade" acabou por tornar-se realidade na sua cabeça. Por outras palavras, ele deixou de se ver como um cobarde e/ou perguiçoso e passou a apresentar-se como um ser confiante e seguro. Todavia ele não mudou, continuou a ser o que era, passou a viver numa realidade diferente, num sub-mundo pessoal onde ele era o heroi. Será esta a verdadeira psicose?
Riscar cada traço da nossa alma quando é algo negativo ao invés de o aceitar todas as nossas penas?
Não digo para andarmos a mostrar ao mundo que somos seres egoístas, vingativos, odiosos, gananciosos, vaidosos ou outra coisa semelhante já que normalente não são "qualidades" que nos orgulhemos, mas pelo menos admitir para nós quem somos verdadeiramente e se possível tentar alterar alguma face que gostemos menos.
Isto pode parecer algo de muito simples, portanto digo-vos uma coisa: se se acham puros e bons, fortes e corajosos, vai até ao espelho e meditem sobre o vosso reflexo. Tenho a certeza que a uma dada altura serão obrigados a desviar o olhar.

Valete Frates

sábado, setembro 20, 2008

Cut Copy - Lights and Music

Parece que toda a gente com quem eu falo tem grandes problemas com o electro-pop, não compreendo bem a razão uma vez que parece uma escolha músical muito alegre e divertida.
Bem eu gosto e isso é que me interessa, muito melhor que Emos, pseudo-punks e merdas parecidas.


Resta só deixar o aviso para aqueles que partilham comigo o gosto desta banda, que eles em Novembro estarão de volta a Portugal depois da passagem pelo Sudoeste. Dois concertos, um no Porto e outro em Lisboa, nos dias 13 e 14. Fica o aviso para quem os quiser ver de mais perto.

Valete Frates

domingo, setembro 14, 2008

Montando a Bomba

Esta cena retirada da brilhante sátira negra de Stanley Kubrick, Dr. Strangelove, tem uma demência tal que tinha que arranjar um lugar para a meter algures por aqui.
Haja desprezo pela humanidade!
Valete Frates

segunda-feira, setembro 08, 2008

Bola de Neve

No último mês o Diário de Notícias foi oferecendo, quase diariamente, juntamente com o jornal uma colecção de livros de bolso de grandes clássicos da literatura.
Claro que não são nenhumas edições especiais, mas para uma mente sedenta e impressionavél como a minha, servem perfeitamente.
Servem para a mente se encontrar, ou pelo contrário, divagar e criar as mais lógicas teorias. Gostava de partilhar uma das minhas teorias que explica a crise económica mundial. Não tem nada de novo, até porque a base da minha teoria tem mais de 2400 anos, mas serve para provar que muito pode ser evitado e compreendido, lendo apenas um livro.
Retiro este excerto do muito conhecido livro A Arte da Guerra de Sun Tzu:

"Formar um exército
De cem mil homens
E fazê-los marchar
Quinhentos quilómetros
Esvazia os bolsos
Do Povo
E do Tesouro Público
Até à soma diária de
Mil taels de prata.
Causa agitação
Dentro e fora do país
E faz com que um sem-número de homens
Passem a vadiar pelas estradas,
Extenuados.
Mantém setecentas mil famílias
Sem trabalho."

Olhemos agora para os nossos tempos e para a realidade global em que vivemos, e lembremo-nos de uma famosa frase:
"Quando os Estados Unidos espirram, a Europa constipa."
Esta é a minha explicação para a altura conturbada da economia e do mundo de agora.

Valete Frates

domingo, setembro 07, 2008

De volta

Na verdade já estou de volta há mais de uma semana mas ainda não me tinha apetecido escrever ou deixar nada por aqui. Estava a recuperar da silly season.
Agora ainda a meio gás, o meu post 200 fica reservado para os Chemical Brothers, recuperando o clássico Star Guitar.
Para breve voltarei na máxima força.

Valete Frates