sábado, dezembro 30, 2006

U2 - ZooTV - New Year's Day

Para desejar boas entradas ao pessoal ficam aqui os U2, com o seu vocalista/líder mundial Bono.
Sem mais nada de interessante para acrescentar é melhor mesmo deixar-vos desfrutar da música.
Votos de um bom Ano Novo!

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Riqueza

«Tudo em nós é acidente e malícia, e esta altura que temos, não a temos; não somos mais altos no alto do que a nossa altura. Aquilo mesmo que calcamos, nos alça; e se somos altos, é por aquilo mesmo de que somos mais altos.
Respira-se melhor quando se é rico; é-se mais livre quando se é célebre; o próprio ter de um titulo de nobreza é um pequeno monte. Todo o artifício, mas o artifício nem sequer é nosso. Subimos a ele, ou levaram-nos até ele, ou nascemos na casa do monte.
Grande, porém, é o que considera que do vale ao céu ou do monte ao céu, a distância que é diferença não faz diferença. Quando o dilúvio crescesse, estaríamos melhor nos montes. Mas quando a maldição de Deus fosse raios, como a de Júpiter, de ventos, como a de Éolo, o abrigo seria não o termos subido, e a defesa o rastejarmos.
Sábio deveras é o que tem a possibilidade da altura nos músculos e a negação de subir no conhecimento. Ele tem, por visão, todos os montes; e tem, por posição, todos os vales. O sol que doura os píncaros, dourá-los-á para ele [que] para quem ali o sofre; e o palácio alto entre florestas será mais belo ao que o comtempla do vale que ao o esquece nas salas que o constituem de prisão

Livro do Desassossego, Bernardo Soares

Valete Frates

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Palavras para quê?


Um recente estudo determinou que apenas cerca de 10% da linguagem é verbal. Ou seja apenas 10% daquilo que usamos para falar com as outras pessoas depende das palavras. A restante porção está repartida no entoação que damos às palavras, nos gestos que utilizamos, na expressão facial que temos, etc...
Isto dá que pensar, pois ao contrário do que é suposto o que dizemos não está no que dizemos na realidade mas na forma como o dizemos. Espero não estar a ser demasiado confuso...
Vamos utilizar um exemplo:
Cá no norte quando cumprimentamos uma pessoa temos o péssimo hábito de dizer:"Então filho da p***!!!"
Escusado será dizer que se dizemos as mesmas palavras mas com uma cara mais furiosa o que estas querem dizer.
Basicamente as pessoas têm na realidade problemas de expressão, não se conseguem fazer entender.
Todas aquelas palavras que ficaram, e ficarão por dizer sabemos agora que não forem ditas porque as pessoas não terem forma como as dizer. Não que não as soubessem, apenas não sabiam como as haviam de dizer.
É este o problema das relações inter-pessoais, nunca sabemos o que as outras pessoas nos querem dizer quando as palavras começam a escassear, quando a garganta começa a encolher e o coraçãoa apertar.
Confiamos de mais nas palavras e de menos naquilo que sentimos. Queremos palavras, mas palavras são palavras e têm o significado que nós queremos dar. As palavras só assumem um papel de relevo quando praticamos o que pregamos.
E como podemos ver as palavras apenas contam 10%. Se ligassemos mais aos outros 90% talvez nos entendessemos melhor.


Valete Frates

terça-feira, dezembro 26, 2006

A música do mês...

Cá estamos mais uma vez naquela altura do mês.
Esta é a altura em que eu dou a música que mais ouvi este mês, e que vocês deviam ouvir pelo menos uma vez.
Este mês de Dezembro todos os dias ouvi a música atmosférica dos Air. Esta banda francesa é muito querida pela realizadora Sofia Coppola que já os colocou na banda sonora dos seus filmes, tomando como exemplo "As virgens suicidas" e "O amor é um lugar estranho".
Esta canção é aliás retirada da banda sonora de virgens suicidas, aconselho um audição para melhor entenderem a letra, e também ver o filme.
Então cá está ela:
Air - Playground Love
I’m a high school lover, and you’re my favorite flavor
Love is all, all my soul
You’re my playground love
Yet my hands are shaking
I feel my body remains, themes no matter, I’m on fire
On the playground, love.
You’re the piece of gold the flushes all my soul.
Extra time, on the ground.
You’re my playground love...
Anytime, anyway,
You’re my playground love...
Valete Frates

sábado, dezembro 23, 2006

Last Christmas - Wham

Embora esta música seja dos Wham, escusado será dizer que os Wham eram George Michael e pouco mais...
Portanto vamos falar só do George, que tendo uma vida pessoal muito pouco exemplar uma coisa temos que admitir... ele percebe a música Pop como poucos a percebem e sabem executar.
Portanto deixo aqui a música Pop mais espetacular do Natal...

terça-feira, dezembro 19, 2006

Mas que dia perfeito...

Acordamos de manhã cedo, lá fora está uma chuva e um tempo de inverno. Ficamos mais um bocado na cama, namorando mais um bocado enquanto vemos os vidros a ressoar e ouvimos a chuva a bater na janela, na aparelhagem tocam os The Cure.
Finalmente levantamo-nos e vamos dar um passeio pelo parque já que está uma verdadeira manhã de primavera, com o sol a bater os pássaros a cantar, dá mesmo vontade de andar ao ar livre, portanto regressamos a casa e decidimos fazer um piquenique.
Enquanto tu fazes o almoço eu vou por o carro sem tejadilho.
E lá vamos nós, com os cabelos ao vento e uma espectacular sensação de bem estar.
Almoçamos com uma suave brisa que até apetece bebê-la de tão fresca que ela é. No carro vem a céltica música de Van Morrison.
Tu vestiste o teu fato de banho e então vamos até à praia.
Como és bela deitada na areia com o sol a bater-te na cabeça e o vento a por o teu longo cabelo à frente da cara.
Só estamos eu e tu, mas o dia apetece e tens o paraíso no teu olhar, e então dos céus vem a música dos Velvet Underground.
O calor aperta e vamos até ao mar, que está com a água fresca, namoramos no mar, só um bocadinho, com o sabor do mar salgado nos lábios.
Ficamos na praia até ao pôr-do-sol, depois temos que ir jantar.
Vamos jantar com os nossos amigos, todos nos invejam, somos a personificação da perfeição, mal sabem eles que és tu que suportas a minha pessoa, que és tu que me torna bom, tu e só tu.
A música de fundo, é Chico Buarque.
Todos rimos e falamos uns com os outros, mas não consigo tirar os meus olhos de ti. Tu estás linda, resplandescente, emanas vida por todos os poros do teu ser.
Acabamos o jantar e saímos...vamos dançar!
A banda no clube começa a tocar um estranho funk misturado com soul, parece ser Marvin Gaye e Barry White. E então tu soltas um sorriso que me faz valer toda a noite, ilumaste a sala nesse momento, dou-me por grato de te ter comigo.
A banda acaba com o sublime Leonard Cohen.
Ahhhh!!!...Não pode ficar melhor que isto, mas então vamos embora, passeamos um bocado pelas ruas que estão cheias de folhas coloridas como no Outono, pelas ruas Tom Waits dá um ar da sua graça, afinal ainda pode ficar melhor.
Finalmente chegamos a casa, vamos directos para os lençois.
Olhamo-nos e reconhemos a beleza de cada um, como és bonita... Onde de manhã estavam os Cure estão agora os Doors, com o Jim Morrison a criar ambiente.
Na cama o amor fica até de madrugada, no final abraças-me como se eu fosse a cruz...
Mas que dia perfeito.
A felicidade nos meus olhos por o ter passado contigo...

Valete Frates
P.S.: Não à imagem que faça jus a este dia.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Um pedacinho de céu

Isto ultimamente só tem sido letras de canções, mas é a melhor forma para dizer certas coisas, ou simplesmente mostrar a beleza de certas letras que às vezes nos passam ao lado.
No meu caso exprimir todos os meus sentimentos por palavras não é um dos meus melhores atributos portanto uso as palavras dos outros, mas como tenho um cuidado milimétrico para ser aquilo que pretendo, até nem me safo mal.
Hoje deixo não uma, mas duas letras, vindas da banda "que pôs mais portugueses a vestir de preto nos anos 80" (palavras retiradas do blitz). Robert Smith e comparsas sempre com aquele estilo que parece retirado de um filme de Tim Burton.
Mas o que interessa são as letras e a música que é igualmente espectacular.
A primeira é um pedacinho do céu, e a segunda a mais intimista canção de amor alguma vez escrita.

Just like heaven - The Cure

Show me
Show me
Show me
How you do that trick
The one that makes me scream
She said
The one that makes me laugh
She said
And threw her arms around my neck

Show me how you do it
And i promise you
I promise that i'll run away with you
I'll run away with you

Spinning on that dizzy edge
I kissed her face and kissed her head
And dreamed of all the different ways i had
To make her glow
Why are you so far away?
She said
Why won't you ever know that i'm in love with you?
That i'm in love with you?


You
Soft and only
You
Lost and lonely
You
Strange as angels
Dancing in the deepest oceans
Twisting in the water
You're just like a dream...
You're just like a dream...

Daylight licked me into shape
I must have been asleep for days
And moving lips to breathe her name
I opened up my eyes
And found myself alone
Alone
Alone
Alove a raging sea
That stole the only girl i loved
And drowned her deep inside of me

You
Soft and only
You
Lost and lonely
You
Just like heaven




Love Song - The Cure

Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am home again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am whole again

Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am young again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am fun again

However far away
I will always love you
However long I stay
I will always love you
Whatever words I say
I will always love you
I will always love you

Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am free again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am clean again

However far away
I will always love you
However long I stay
I will always love you
Whatever words I say
I will always love you
I will always love you


Lindo não é?
Valete Frates

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Cresce e aparece...

Expressão muito mal utilizada, normalmente só se usa em termos depreciativos. Por exemplo quando queremos dizer que uma dada pessoa é muito infantil lá vem o "...cresce e aparece...".
Eu uso em outros termos.
Para mim o cresce e aparece é diferente serve exactamente aquilo que significa.
Crescer é algo que nos acontece a todos, por muito que lutemos contra isso é inevitável. Aos nossos olhos até podemos ser umas crianças, mas a sociedade olha para nós como adultos, ou melhor "crescidos". E também é a lei da vida, a um dado ponto todos somos obrigados a crescer.
Mas qual é o significado de crescer?
Vejamos do ponto de vista cronológico.
Desde que somos bébés começamos logo a crescer em tamanho e habilidades.Começamos a sentarmo-nos depois gatinhamos e por último damos os primeiros passos. Este é o crescimento físico, não pode ser controlado.
Por outro lado temos o desenvolvimento intelectual que começa com os primeiros sons, depois as primeiras palavras e acabamos a falar como toda a gente. Esta espécie de desenvolvimento tem que ser induzido e estimulado, pelas pessoas mais próximas de nós senão nunca chegaremos a falar.
E isto repete-se na nossa vida, físicamente o nosso corpo tem o control,e intelectualmente temos que ser estimulados.
Só que o desenvolvimento cognitivo é estimulado pelos outros até uma dada idade, nesse momento temos de ser nós a tomar as rédeas e a ver as coisas que nos preenchem. Para determinarmos o que gostamos temos de passar por uma fase de experimentação, é completamente obrigatório. Este é o "crescer" inserido na frase "cresce e aparece", é esta experimentação que temos que passar para determinarmos os nossos gostos, e excluirmos aquilo que determinamos ser nocivo. Não passar por isto, fica-se condenado a uma vida parva e fútil, em que apenas conhecemos uma coisa e deixamo-nos ficar com ela até ao fim dos nossos dias.
Tudo isto é necessário para depois podermos "aparecer". O "aparecer" acontece quando não nos importamos com o que os outros possam pensar de nós pois já estamos tão seguros daquilo que somos que nada nos pode fazer desviar do caminho que traçamos para nós mesmos.
Este é o verdadeiro de significado do "cresce e aparece", alargar os nossos horizontes e depois escolhermos aquele que mais gostamos e convertê-lo num estilo de vida.
Mas como o "aparece " ainda vai demorar muito, e o "cresce" é bem mais divertido e dura a vida inteira, devemos aproveitá-lo ao máximo e desfrutar cada momento, já que depois não vai haver nada que nos possa surpreender se crescermos como deve ser..


Valete Frates

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Matas-me com amor...


Morrissey articulando as palavras como só ele sabe. Falando de relações como ninguém, embora todas elas raramente tenham um final feliz.
Mas o amor é isto também, às vezes estamos quietos e parados e algo entra no nosso mundo e abala a nossa maneira de ser. Mas no fim acabamos por ficar com um coração partido e mortos sentimentalmente.
Podemos mexermo-nos, mas a vida já acabou.
Esta não é a sua melhor letra mas também é muito boa.

Morrisey- You have killed me:

Pasolini is me
'Accattone' you'll be
I entered nothing and nothing entered me
'Til you came with the key
And you did your best but


As I live and breathe
You have killed me
You have killed me
Yes I walk around somehow
But you have killed me
You have killed me
Piazza Cavour, what's my life for?

Visconti is me
Magnani you'll never be
I entered nothing and nothing entered me
'Til you came with the key
And you did your best but
As I live and breathe
You have killed me
You have killed me
Yes, I walk around somehow
But you have killed me
You have killed me

Who am I that
I come to be here...?

As I live and breathe
You have killed me
You have killed me
Yes I walk around somehow
But you have killed me
You have killed me
And there is no point saying this again
Yes, there is no point saying this again
But I forgive you, I forgive you
Always I do forgive you.
Valete Frates

terça-feira, dezembro 12, 2006

O Silêncio


Havia um professor, que quando queria que nós nos calassemos, tinha uma frase muito curiosa...

"Vamos ouvir o silêncio!"

E nós pequenos como eramos lá nos calavamos para ouvir o silêncio.

O silêncio é uma coisa engraçada, pois pode traduzir-se em várias coisas.

Existe o aquele silêncio desconfortável, em que as pessoas não têm nada para dizer uma à outra, e como tal sentem-se mal por existir aquele silêncio insurdecedor.

Existe também aquele silêncio que transmite calma e serenidade, o silêncio é associado também à paz de espirito.

E depois há também a forma mais curiosa de estar em silêncio. Esse silêncio acontece quando duas pessoas não têm aquela necessidade de estar sempre a falar para se sentirem confortáveis, até podem falar durante horas, mas se vêem que não têm nada para dizer um ao outro simplesmente estão calados, e desfrutam o momento em silêncio.

Isto só se consegue quando se está tão à vontade com outra pessoa, que conseguem juntas desfrutar do silêncio.

Por vezes as palavras estragam tudo, pois quando se fica sem assunto costuma-se dizer coisas que não se querem dizer.

As palavras é que criam discussões, e consequentemente separam as pessoas, destroem relações...

Quando temos tudo o que queremos ao nosso lado, as palavras são desnecessárias.

Só podem fazer mal...

Texto inspirado em Enjoy the Silence dos Depeche Mode


Valete Frates

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Rolling Stones - Anybody seen my baby?

Embora os Rolling Stones sejam mais conhecidos pela sua energia, este vídeo retrata um lado diferente dos Stones.
Com a bela Angelina Jolie (antes dela adoptar uma série de putos) fugida pela cidade, e um muito empenhado Mick Jagger à sua procura.
Faz ele muito bem que a Angelina neste clip acenta que nem uma luva.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Só porque faz sentido...

Esta letra desta música, explica na perfeição como me tenho sentido nos últimos tempos.
Estou num limbo, sem espaço nem tempo, onde parece que não saio do mesmo local.
Este sentimento de me encontrar à deriva, recordando momentos mais felizes,e mais vivos.
E quem melhor para explicar estas dúvidas existenciais senão a banda da música filosófica, os Pink Floyd.
Se algum dia se perguntarem o porquê de tudo e mais alguma coisa, se acharem que as coisas podem ser feitas de outra forma e se quiserem ver o mundo de outro prisma, oiçam os Pink Floyd.

Pink Floyd - Confortably Numb:

Hello...
Is there anybody in there?
Just nod if you can hear me.
Is there anyone home?

Come on, now.
I hear youre feeling down.
Well I can ease your pain,
Get you on your feet again.

Relax.
I need some information first.
Just the basic facts:
Can you show me where it hurts?

There is no pain, you are receding.
A distant ships smoke on the horizon.
You are only coming through in waves.
Your lips move but I cant hear what youre sayin.
When I was a child I had a fever.
My hands felt just like two balloons.
Now I got that feeling once again.
I cant explain, you would not understand.
This is not how I am.
I have become comfortably numb.

Ok.
Just a little pinprick. [ping]
Therell be no more --aaaaaahhhhh!
But you may feel a little sick.

Can you stand up?
I do believe its working. good.
Thatll keep you going for the show.
Come on its time to go.

There is no pain, you are receding.
A distant ships smoke on the horizon.
You are only coming through in waves.
Your lips move but I cant hear what youre sayin.
When I was a child I caught a fleeting glimpse,
Out of the corner of my eye.
I turned to look but it was gone.
I cannot put my finger on it now.
The child is grown, the dream is gone.
I have become comfortably numb.


Valete Frates

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Clube de combate

Plano de Tyler Durden

Demente, doentia e terrurifica,a forma de agir de Tyler Durden, mas uma coisa é certa, faz-nos pensar na forma como abordamos a nossa vida, da forma como nos acomodamos a coisas que achamos que não são para nós.
A forma como nos acomodamos a empregos de merda,a ser bota de elásticos dos nossos superiores,a ser no fundo uns vermes quando estamos destinados e temos capacidade para muito mais.
Para ver e pensar...

Clube de combate

Dancinha

Pequenino e docinho este momento onde Tyler (Brad Pitt) salva Marla(Helena Bonham-Carter) da chegada da polícia.
Ao melhor estilo de Brad Pitt, safando-se das situações com calma e sempre com muita pinta.
Este filme é altamente recomendado por este blog.
É uma obrigatoriedade ver este filme!

quarta-feira, novembro 29, 2006

A música do mês

Cá está, a música de Novembro.
Até se adequa ao mês uma vez que este foi muito ventoso e tempestuoso.
Mas esta música nada tem a ver com isso, pois o vento é doce e amigo, é caso como uma daquelas míticas brisas de verão.
Este vento conta histórias, e chora por pessoas do nosso passado.
A música essa fica a cargo de Jimmy Hendrix,e como não há adjectivos na nossa língua para poder descrevê-lo, passemos à letra:

Jimmy Hendrix - The wind cries Mary

After all the jacks are in their boxes and the clowns have all gone to bed
You can hear happiness staggering on down the street
Footprints dressed in red
And the wind whispers Mary

A broom is drearily sweeping up the broken pieces of yesterdays life
Somewhere a queen is weeping somewhere a king has no wife
And the wind it cries mary

The traffic lights they turn of blue tomorrow
And shine their emptiness down on my bed
The tiny island sails downstream cause the life that lived is is dead
And the wind screams Mary

Will the wind ever remember the names it has blown in the past
And with this crutch its old age and its wisdom
It whispers no this will be the last
And the wind cries Mary

Valete Frates

sábado, novembro 25, 2006

Danças com Lobos

Danças com lobos à volta da fogueira...

No texto anterior dizia que nos deviamos orgulhar daquilo que somos, mas também quando achamos que petencemos a outro lugar, devemos agarrarmo-nos com tudo para tentar pertencer a esse local. O nacionalismo é estarmos onde pertencemos e onde nos sentimos bem.
Dito isto, do filme «Danças com lobos», John Dunbar dançando à volta da fogueira como se um índio fosse...

O meu país...


Nacionalidade...
A minha é portuguesa, e tenho muito orgulho em ser português.
Como devemos ter independentemente do país onde nascemos. Qualquer que seja o território deliitado em que nascemos devemos ter orgulho nas suas histórias, feitos, do seu passado, e do seu presente.
Aqui está o problema dos portugueses não admirarem a sua nacionalidade. Desconhecemos profundamente o nosso passado, e tomamos como adquirido que o presente vai ser mau, pois não possuimos segurança em nós mesmos para prosseguir com as nossas vidas.
Sofremos de uma grande falta de educação. Nunca nos ensinaram o que é ser português, e nós nunca nos importamos eu saber o que é. Por isso dizemos que Portugal não presta, que o povo português é fraco, débil, sem garra nem entusiasmo...Morte a quem refere tais palavras!!!
Temos dois países: O "este país", e o nosso país.
No "este país", tudo é cinzento, os politícos pintam o quadro da cor que querem, ouvimos as maiores barbaridades saídas das bocas das pessoas que nos deviam guiar. Há mau-estar que é criado por aqueles que deviam estar a servir o país, mas que na verdade estão a servir-se dele para alimentar a sua ambição. Em "este país" temos que importar tudo, comida, energia, pessoas, métodos, leis... mas as pessoas que cá chegam são sempre a mais, e segundo parece vêm tirar o trabalho aos nativos do "este país". Isto causa que a população de "este país" se insurjam contra os imigrantes que tentam a sua sorte na vida. Criam-se movimentos para os explusar, e para lhes fazer mal. E surgem jovens ricos que não têm ideias definidas na cabeça, têm apenas um ideal que foi destruído à 60 anos. E esta insurgência dos putos ricos causa, mau-estar em alguns imigrantes, que depois de terem lutado tanto, não tiveram tempo para educar os seus filhos. E estes filhos duma nova prátia que sem educação (que devia ser dada pelo "este país"), e valores se perdem numa vida que os seus pais tanto se esforçaram por lhes oferecer neste novo país.
Falo dos emigrantes africanos que habitam as nossas metrópoles (e não só), que não se identificam com a nossa cultura mesmo sendo eles "este pasíanos" de nascença (cá está a prova que não conseguimos educar o nosso povo). Estes emigrantes com pouco na cabeça, menos ainda na carteira, e também com muito pouco respeito, assombram os nativos, assaltam-lhes as casas e as bombas de gasolina, enchem as ruas com droga. Mas como nem todos estes novos portugueses se metem numa vida de crime, alguns saem para a rua e difundem a cultura dos seus progenitores. Os filhos dos nativos como viveu num mundo que sabe todo a morango, e portanto naquela cabeça há de tudo menos uma noção do que é a vida real, são completamente afastados de qualquer noção de identidade e de individualidade, encontram nos novos "este pasíanos" uma forma de se afastarem do molde, esquecendo assim a sua cultura e abraçam uma à qual nunca pertencerão.
Quando nos apercebemos, o "este país" parece mais um país africano, com a economia num caos.
E no fim quando se fala de economia, vêm os politicos dizer:
" "Este país" não é meu o país."
Quando foram eles que apareceram no ínício do ciclo a destruir tudo à nascença.
Agora vamos ver o nosso país.
Este é o país a que pertenço, um país real, com pessoas reais, com problemas reais, que surgem de circunstâncias reais, é pena que alguns problemas surjam da ganância e preguiça de uma elite como no "este país".
Mas as pessoas estão tão concentradas nas suas vidas que esquecem estas coisas. O povo trata-se bem a ele próprio, com amor e com orgulho naquilo que são.
Trabalhar é visto como um requísito obrigatório para poder andar na rua de cabeça levantada, ao contrário do "este país" onde quanto menos se fizer melhor.
E mais importante que isto é o amor que as pessoas sentem em ser portuguesas, e no seu território delimitado. Estão cientes que podia ser melhor, mas dão graças a Deus por ter este cantinho à beira mal plantado.
Recomendação aos todo-sábios mas que em vez de dar respostas colocam perguntas desnecessárias: Venham ver o norte, vão ver o alentejo, vão ver o interior e os Açores já agora; e se no fim tiverem dúvidas quanto à vossa nacionalidade, uma coisa vos digo portuguesa não é de certeza.
Portugal não é lisboa, da mesma forma que o Porto não é o norte e que o Algarve não pertence a Portugal, assim como a Madeira.
Portugal está no vinho do verde, no ouro do alto minho, no frio das terras altas, nos enchidos de Trás-os-Montes, nos cantares alentejanos, nos barcos rebelos, no estudo de Coimbra, no vinho do Porto, e no fado de Lisboa. Mas mais que tudo nas pessoas, nos portugueses.
E devemos abraçar sempre novas pessoas na nossa cultura, não devemos impor-lhes a nossa cultura, mas mostrá-la a todos os cidadãos do mundo.
Meus senhores e minhas senhoras, venham ver e descobrir este meu país que tanto me orgulha.



Valete Frates

quinta-feira, novembro 23, 2006

Joy Division - Atmosphere


Não queria comentar este vídeo, mas como parece mal ter um video sem um texto em baixo gostava só de dizer uma coisa. Este clip prova tudo o que nós somos. Bem, mal; positivo, negativo...O ser humano em toda a sua plenitude com os seus defeitos e virtudes. É isto que nos torna humanos, a capacidade de gravitar pelos pólos sem nos perdermos em nenhum.
Valete Frates

domingo, novembro 19, 2006

Beleza Destruidora


Esqueçamos por momentos a desvastação, a morte, a destruição que estas coisas acarretam, para mostrar que o terrivel também é belo, uma situação plenamente dantesca em que horrível se funde com o belo. Todos temos um apetite pela destruição, pelo mal, alguns conseguem controlar esses instintos melhor que os outros. Mas o fundo todos conseguimos identificar a beleza nas coisas mais hediondas, se isto não fosse verdade não conseguiriamos olhar para nós próprios e para os outros. Temos que compreeender que estamos tão aptos para construir e criar como para destruir e mutilar. É esta a beleza do ser humano as suas ambiguidades, as suas valências, esta dualidade que é tão familiar a todos nós. Somos a luz e a escuridão, o génio e o maluco, o bem e o mal. Só para dizer que nunca nos podemos julgar melhores que ninguém pois somos tudo farinha do mesmo saco. A humildade sincera, ao admitir aquilo que somos é no fundo o que nos torna melhores que os outros.

sábado, novembro 18, 2006

Rain Dogs


Recentemente comecei a prestar mais atenção à maravilhosa obra de Tom Waits, mais concretamente ao álbum Rain Dogs. E estas duas palavras fizeram-me pensar...
O que seria um Rain Dog? A resposta estava lá.
Um cão quando anda à chuva fica perdido, sem orientação, perde o seu olfacto. Tom Waits aproveitando esta situação e definiu uma metáfora na qual cria um grupo ao qual chama Rain Dogs. E os Rain Dogs são aqueles que povoam as nossas ruas, que enchem os nossos bares, pessoas sem rumo e sem direcção que ao longo do caminho se perderam, estas são as pessoas ás quais a vida não sorriu, virou sempre a cara ao lado, todas as estradas que seguiram ao longo da vida eram todas em sentido contrário. Falo como é óbvio dos sem-abrigo, dos bêbados, dos solitários, das prostitutas, dos homens e mulheres que caminham sozinhos sem companhia e amor nas suas penosas vidas.
Ninguém consegue compreender a situação a não ser as pessoas que passam por isso. Podemos tentar imaginar, mas nunca saberemos na realidade o que se passa ali, que coisas já viram aqueles olhos.
Vamos tentar imaginar. Pensem que estam num negócio que pode mudar as vossas vidas, como sempre estes negócios exigem correr bastantes riscos e fazer muitos sacrificios. E agora pensem que um tipo que vocês julgavam ser vosso amigo vos atraiçoa, e tira-vos tudo o que tanto trabalharam para conseguir de um momento para o outro. Confiavam em mais alguma pessoa para o resto das vossas vidas?
E como seria acabar os vossos dias sem confiar em ninguém? Provavelmente refugiavam-se no alcóol, não?
Ou muito simplesmente pensem que desde do momento em que nasceram nunca tiveram um pedaço de chão que a vós vos pertence-se. Nunca possuiram algo que fosse vosso, nunca tomaram o gosto a comida bem confeccionada, e assim morreriam um dia sem provarem as coisas boas que a vida tem para oferecer, sem deixarem um legado que prepetua-se a vossa memória neste mundo que é de todos nós.
Pensem que que a única forma que têm para pagar as contas é vender o vosso corpo, sujeitos a todos os demónios que vos apareçam à frente.
Isto tudo para dizer que estes "fantasmas" que parecem andar por aí escondidos, têm rosto, e reflexo no espelho. São pessoas que por muito que tentemos fazer de conta que não existem, e por muito que as ignoremos, estaram sempre lá, a concentrar os nossos medos, a exorcizar os nossos demónios, e a avisar-nos que o Diabo anda aí, e eles sabem porque já o viram nos olhos, e se for preciso já comeram com ele, já riram com ele, e já dançaram com ele, até que ele mostrou a sua cara e mudou a sua vida para sempre. Todos nós estamos à mercê dele convém não esquecer.
Estes são os guardiões da noite, e esta a eles pertence é bom que nos lembremos disso. Todas as figuras abstrats que vivem também na noite eles já as conheceram a todas, e a sua sabedoria pode ser muito importante para nós.
Cabe-nos protegê-los durante o dia, e tirá-los das ruas à noite. Porque à um limite para a cabeça de cada pessoa, e ultrapassando esse limite, eles deixam de ser pessoas, e tornam-se fantasmas de realidade. Que nos interessa preocuparmo-nos se queremos comprar a camisola às ricas ou a camisola às bolinhas se à gente que nem um camisola tem para vestir?
Se nada temos para dar, temos sempre algo para ofercer. Um simples olhar de compaixão (por favor não confundir com pena) basta para eles conseguirem aguentar mais uns tempos. Não custa nada soltar um sorriso.
Acabo com uma frase de Tom Waits: "For I am a rain dog, too..."

Valete frates

segunda-feira, novembro 13, 2006

Cowboy Bebop


Os desenhos animados, são uma forma de arte sempre muito relacionada e considerada como infantil. Isto não só é mentira, como é uma falta de consideração pela arte.
Neste propósito o anime japonês destaca-se. Grrande parte do anime é um bocado palerma, aliás todo ele é um pouco palerma, mas a sua palermice ultrapassa isso, convertendo-se num estilo de humor muito próprio, como por exemplo o humor britânico....
Não sou um grande apreciador sou sincero, mas algumas séries são mesmo muito boas, e que são uma pena que não cheguem ao público geral. Uma dessas séries é o Cowboy Bebop...
Esta série já foi transmitida pelos 4 cantos do mundo, atingindo em todos eles no mínimo o estatuto de série de culto, chegando até em alguns locais a gozar de bastante fama.
Esta série torna-se mais do que desenhos animados, é uma série como qualquer outra representada por humanos. Tem uma história muito envolvente, personagens muito bem construidas e com histórias muito profundas, desenhos muito bem feitos...
Resumindo brevemente a história, trata-se de 2 caçadores de cabeças bem à moda dos westerns americanos, mas com uma ligeira diferença...a acção passa-se em 2071.
A diferença desta série para as outras do género, é que esta não entra num mundo completamente diferente, não vai para uma Terra pós V Guerra Universal. Tem alguma tecnologia, mas todos os locais que as personagens visitam, e a forma como se vestem e arranjam, tem todas as parecenças com as dos dias de hoje. Básicamente a série não entra no exagero. Tem o seu humor, mas não se perde nesse contexto.
Outra coisa muito interessante nesta série, são as suas influências. Principalmente a nível musical, onde entra no campo do jazz, dos blues, do rock, e a até da música brasileira fazendo tributo a grandes nomes. Suas personagens também foram inspiradas em pessoas muito interessantes, como Bruce Lee, Kareem Abdul-Jabbar, Tom Jobim entre outras...
Os seus episódios, são definidos como sessões, ao estilo do jazz com as suas jam sessions(jam sessions - altura em que os músicos se juntos para improvisar músicas), que se adequa perfeitamente à ideia da série.
Entretimento com qualidade, podemos definir a série assim. Á porcaria que dá na televisão é bom saber que ainda há coisas assim.
Para ver e desfrutar. Para aqueles que têm SIC Radical liguem às terças pelas 19h00, garanto que não vão dar o tempo por perdido.


Valete Frates

quinta-feira, novembro 09, 2006

I´m Rick James bitch!!!!!


O genial Dave Chapelle, com o espectacular Charlie Murphy (irmão de Eddie Murphy), e o falecido mas maravilhoso Rick James, cantor funk de temas como "Superfreak"... Este sketch foi eleito recentemente um dos melhores sketch´s de sempre...
Fuck your couch, NIGGA!!!

Valete Frates

terça-feira, novembro 07, 2006

O Amor é um lugar estranho, e por isso gostamos dele...


Participação especial da bela Scarlett Johansson para o blog. Cena retirada do espetacular filme de Sofia Copolla, esta foi a cena por mim eleita para demonstrar o momento, a troca de olhares em que os 2 protagonistas começam a ver o amor...
Lindo!!!e muito sexy a Scarlett com a cabeleira Rosa Choque!!!


Valete Frates

sábado, novembro 04, 2006

Anjo da Guarda


A nossa cabeça às vezes consegue transformar, toda a nossa percepção do mundo. Ás vezes acontece algo que muda completamente a nossa disposição.
Neste momento penso como a nossa vida é completamente inútil. A vida do ser humano, parece que é estúpida, sem sentido e direcção, apenas com um destino...o juízo final. Disso garanto nunca havemos de nos livrar.
Farto-me de ver os devaneios poéticos, que quando a vida não corre bem começam logo a pensar na morte. Sabem lá eles o que é a morte! Ninguém sabe.
Esse fatalismo é estúpido e insensivel. Vão dizer ás crianças que morrem todos os dias se elas acham que a vida não faz sentido. Vão dizer ás pessoas que só conheceram hospitais durante toda a sua vida se acham que o dinheiro vale mais que a vida.
Proponho aqui a seguinte sugestão. Toda a gente que um dia quiser morrer por amor, dinheiro, felicidade, política, e estúpidez, primeiro submetem-se a um exame psiquiátrico para ver se estão sanas ou não, e depois as que estiverem bem de saúde mental, apresentamos-las diante de um pelotão de fuzilamento, e acaba-se com a vida delas. Faz-se esse favor, mas depois na hora não à volta a dar-lhe. Quem tiver segundos pensamentos quanto à sua morte será na mesma executado.
Talvez assim consiguam compreender a angústia, a dor, o sofrimento, e tudo o que à adjacente à nossa morte.Talvez pensem no choro de quem perde uma pessoa querida.
O desespero de quem vê uma pessoa a perder a vida. Não à palavras para descrever. Talvez Torga tenha estado perto, tendo ele passado por situações desse género. Um dos únicos que falou da morte tal como ela é. Com pesar, com sentimento, não usando a morte como um eufemismo, como uma figura de estilo, como algo que se fal como de futebol e politíca.
O desespero humanista. Melhor forma de descrever o que sinto neste momento.
Estamos tão atulhados de merda neste mundo, que o cheiro está a tornar-se insuportavél. Espero que venha um dia uma enxurrada e nos limpe a superficie de toda a sua merda.
Nós fizemos mesmo muito mal a Deus para ele nos tratar assim.Não consigo conpreender o que fizemos, não está ao meu alcance, está além da minha compreensão; mas uma coisa garanto o seu castigo foi duro e pesado, portanto fizemos muito mal a Deus. Talvez por temos matado o filho dele... Não a sua alma, pois essa não consegue ser extinta. Matamos Jesus Cristo nos nossos corações! E cada dia que passa, mais gente o mata.
Sim, talvez por isso recebamos o seu castigo desta forma. Com demónios que povoam a Terra, e vão destruindo tudo á sua passagem.
Deus por favor responde, que mal te fizemos?
Eu cá já não consigo suportar este castigo. É forte demais para mim, mas uma coisa digo vou suportá-lo o melhor que sei e consigo, pois á gente tão inocente que sofre sem culpa nenhuma.
Porque castigas os inocentes Deus?
Desculpa por não conseguir compreender o teu plano grandioso, afinal sou apenas humano, mas porque castigas os inocentes e deixas em paz os pecadores,os tiranos, os ladrões...
O teu reino será nosso, está prometido por Ti! Mas que é feito do nosso reino?
O reino do homem, porque não é dirigido por homens? Tu colocas à frente do nosso reino não homens, mas animais sedentos pela imortalidade, pelo poder. Porque não pões os bem-aventurados que tanto falas?
Seremos assim tão fracos aos Teus olhos?
Pois, como sempre estas são as perguntas às quais Tu nunca respondeste.
Sendo assim tomo eu as rédeas. Serei eu o meu próprio Deus, e quando chegar a minha hora falaremos os dois. Não carregarei as cruzes dos outros, ensinarei-os a porem as cruzes de lado, e tentar protegê-los do mal que nos rodeia, do teu brilhante castigo.
Serei S. Miguel arcanjo, o anjo protector, o anjo da guarda. Talvez a mais brilhante figura de todo o reino dos céus. Pois é o único que se digna a proteger o ser humano.
Acredito no homem a partir de agora, pois pode ter muitas imperfeições, mas preocupa-se o outro igual, pelo menos algumas vezes.
E aqueles blasfémios, que continuaram a dizer que a vida não tem interesse apenas porque não lhes corre tudo de feição, faço desejos que a minha fúria se abata sobre eles. Talvez abram os olhos. Talvez vejam que dar, apenas porque um dia vão morrer. é o mesmo que assinar a sua passagem para o inferno que vem pela porta de trás. Esses peço-lhes que vejam os males que passam pelo mundo antes de se preocuparem com o lugar da sua campa no cemitério.


Orfeu rebelde, canto como sou:
Canto como um possesso
Que na casca do tempo, a canivete,
Gravasse a fúria de cada momento;
Canto, a ver se o meu canto compromete
A eternidade no meu sofrimento.

Outros, felizes, sejam rouxinóis...
Eu ergo a voz assim, num desafio:
Que o céu e a terra, pedras conjugadas
Do moinho cruel que me tritura,
Saibam que há gritos como há nortadas,
Violências famintas de ternura.

Bicho instintivo que adivinha a morte
No corpo dum poeta que a recusa,
Canto como quem usa
Os versos em legitima defesa.
Canto, sem perguntar à Musa
Se o canto é de terror ou de beleza.



Miguel Torga



Valete Frates

terça-feira, outubro 31, 2006

Disc-Jockey´s e DJ´s


Longe vão os tempos em que as pessoas ficavam ligadas à rádio para ouvir o seu Disc-Jockey favorito passar as músicas que não chegavam de outra forma. Ainda hoje podemos ouvir alguns se estivermos com muita atenção à rádio. Esses são agora os embaixadores da música da década de 80, que tentam passá-la para as novas gerações, e permitam que lhes diga que estão a fazer um óptimo trabalho.
Mas os tempos agora são outros, e não podemos ficar agarrados à música do passado, pois senão não vivemos a música do presente. O problema é que a música de agora evoluiu para o sentido errado. Agora não temos o Disc-Jockey, temos o DJ. Raça maldita essa...
Tenho que admitir que ainda há alguns que escapam, mas à quantidade que anda aí, deveriam ser aos milhares!
Vamos ver as diferenças entre o Disc-Jockey e o DJ...
1 - O Disc-Jockey conhecia música, o DJ ainda deve estar a pensar quem são os Rolling Stones.
2 - O Disc-Jockey normalmente era um tipo com uma cultura acima da média,sabia de tudo um pouco, era quase como um requesito mínimo para poder ter um programa de qualidade. O DJ não acabou na maior parte das vezes o 9º ano.
3 - O Disc-Jockey não tinha um bando de parvos a dizer que ele passava um som "buéda" potente, como o DJ. Tinha isso sim um grupo de seguidores que ouvia religiosamente todo o som que ele passava para aprender a ouvir música.
Por outras palavras o Disc-Jockey é como um homem sabedor da vida que procura passar a sua sabedoria. O DJ é um puto que não tem onde cair morto, mas que só por ser DJ já se acha superior aos outros.
Qualquer pode ser DJ. Toda a gente que já tenha visto um botão de play à frente e que tenha um pescoço para segurar uns auscultadores, pode ambicionar a um dia "passar som " à disco da moda.
Eles hoje em dia são tantos que já os poderemos considerar uma minoria étnica. Deveriam ter um estatuto para terem umas quantas vagas se um dia quiserem se candidatar à universidade, (se bem que primeiro teriam que acabar o 9º ano).
Ser Disc-Jockey é uma arte.Conseguir cativar as pessoas a nos ouvirem tem muito que se lhe diga. Fazê-las entranhar-se na música que passamos, fazê-las dançar, ou apenas fazê-las ouvir é um gosto íncrivel.Esta espécie já é praticamente inixistente, mas os poucos que ainda há bem que podiam dar umas lições aos DJ´s.
Os DJ´s não misturam, eles estragam. Em vez de re-inventarem uma música, a maior parte das vezes fazem uma merda (desculpem o português mas não consigo lembrar-me de outro nome) tão grande, que devia ser chamada a protecção civil cada vez que isso acontece.
Mas pronto é o "emprego" da moda, e a moda agora é mesmo a estupidez. Portanto acho que o DJ´s está bem nos tempos que correm.

Valete Frates
P.S.:Para aqueles que querem ouvir alguma coisa diferente, ou simplesmente conhecer um Disc-Jockey, liguem o vosso rádio na Antena 1 de sexta para sábado, a partir da meia-noite, com repetição às 17:00. E oiçam as Ondas Luisianas, com Luís Filipe Barros.

sábado, outubro 28, 2006

O Mundo como a Bola - Cap. II


Para todos aqueles que pensam que o futebol é uma coisa sem sentido, dedico este texto.
"O Bola gira o Mundo gira, porque o Futebol é giro!"
O futebol é muito mais que um simples jogo, futebol é também cultura!
Pode representar de um ponto de visto sociológico, todas as grandes nações e áreas do globo.Mostrando o que todas elas têm de diferente uma das outras, as suas culturas.Vamos ser um pouco mais claros.
Peguemos no exemplo mais claro... o Brasil!
Um país quente, latino, alegre e como é claro o único país do mundo com samba! E o futebol brasileiro representa na sua plenitude tudo o que o país e povo têm para dar ao mundo. É alegre, divertido, é fantasia e isto é o que o Brasil representa.
O futebol Africano, representa um continente inteiro, é mágico, forte e talvez um dos que têm mais potencial, mas que infelizmente nunca chegou a atingir o êxito que prometeu durante tantos anos. O continente Africano é assim mesmo, é um continente adormecido com riquezas naturais e culturais que muitos dos países desenvolvidos poderam apenas sonhar, mas contudo nunca chega a atingir toda a sua plenitude pois à sempre alguém que o prende, que o deita abaixo, e por isso nunca saem da cepa torta.
Vamos agora para a europa onde temos o maior número culturas diferentes por metro quadrado.
Comecemos pelos espanhois, o seu futebol é reconhecido pela fúria espanhola. Os jogadores mesmo quando um lance parece perdido estes nunca desistem e por vezes ganham muito com esse esforço. Podemos reconhecer também no povo espanhol, essa garra, essa tenacidade de se igualarem aos grandes, embora sem nunca fazerem parte dos grandes. A selecção demonstra o mesmo, todavia consigam qualificar-se para quase todas as provas da FIFA nunca chegando a ganhar nenhuma.
Continuando nos latinos, vamos agora para os italianos. Este é sem dúvida o povo mais latino de todos e que melhor personifica, a ideia de ser latino. O calcio é a sua representação, é matreiro, desconfiado, fechado, calculista, é um futebol de "golpada", um futebol burlão. Faz-nos acreditar que estamos na frente mas na altura certa marca um golo e decide um jogo. Contudo é belo como qualquer outra coisa latina.
A Alemanha é mais organizada, é fria, com muita pouca imaginação. Tudo está no sítio onde deve estar, tudo funciona como uma máquina imparável, não lhes pensam é para fazer fintas que isso é inato, e isso os almães não nasceram para fazer. Um pouco há imagem do bloco de Leste.
Este funciona também como um bloco aliando à sua força, uma capacidade de colectivo enorme. Faz lembrar o comunismo. A inexistência de indivíduos, apenas e só o colectivo e quem estiver contra será afastado, seja ele quem for. Não à estrelas, á uma constelação que é a equipa.
Passando agora para os Britânicos. Simples e pragmático. É esta a sua ideologia. E quem pode discutir? Se o objectivo é marcar golos, convém marcá-los da forma mais simples possível. Daí o famoso "kick and run", que com avançados bastante combativos funcionou na perfeição durante anos. Assim podemos tamvém descrever o povo inglês, diferente de toda a Europa. Combativos, pragmáticos. Não interessa o meio, interessa apenas o fim. E como esta ideia já lhes deu dissabores....
E nós? Nós muito bem, somos aquilo que somos. Feitos para ser grandes, apenas com medo de o ser. O Fado persegue-nos e nós nada fazemos para o esquecer. É como uma droga. Ainda bem que nos últimos anos deixamos-nos um pouco disso. Graças a um senhor que veio do Brasil e trouxe com ele ambição nunca vista.
Mas este caso de globalização que foi benéfico, mas também vamos perdendo com o passar do tempo a nossa identidade. Estas definções que agora dei daqui por alguns anos poderam não fazer qualquer sentido, e isso é pena pois vamos deixar de ver culturas no campo de futebol, para vermos apenas equipas.
Quero o Planeta Futebol de volta!!!
O futebol foi feito para ser mundial, planetário, com todos os seus gostos, sabores e cores.Senão a bola não seria redonda, seria plana e uniforme!!!


Valete Frates

O Mundo como a Bola - Cap. I


Hoje é dia de clássico, e tudo parece que gira em torno desses notáveis 90 minutos.Durante todo o dia as informações giram de volta das 2 equipas que se defrontam logo à noite.
E começa logo pela manhã com a chegada dos jornais aos quiosques.A manhã pertence inteiramente aos jornais.Levantamo-nos compramos o jornal e vamos até ao café tomar o pequeno almoço, ler o jornal e discutir futebol com um comparsa de ocasião:
" O Benfica é que é bom.."
" Caro amigo você está muito enganado, se o Anderson jogar bem..."
E assim se passa uma boa manhã a discutir futebol.
Depois vem o almoço e em todos os canais "generalistas", o telejornal é preenchido a falar naqueles míticos jogos do tipo: época 50/51 em que o benfica empatou nas Antas a um minuto do fim, com um golo de mão, em que a bola tabelou em dois jogadores e enganou o guarda-redes que estava distraido pelo fiscal de linha que lhe diz que a sua mulher anda a dormir com o Zé do tasco da Isaura, permitindo assim que o Benfica ganha-se o campeonato desse ano...
Depois do almoço e durante a tarde a rádio anuncia como as coisas se estão a passar, e nós ocupados como estamos a fazer os preparativos para ver o jogo com os amigos, ou a fazer a viagem para o estádio, ouvimos o que eles têm para nos dizer.Podem ser coisas tão entediantes como:
" O autocarro do Benfica está a chegar.Vêm Petit e Alcides à frente contando anedotas do Fernando Rocha um ao outro, no meio da camioneta Luisão e Karagounis discutei para ver quem é o mais feio e lá atrás de todo Simão prepara-se para gravar um novo DVD."
Ou podem ser coisas mais interessantes como:
"Quaresma acaba de assaltar uns transeuntes, nas imediações do Hotel onde o Porto está hospedado!!! Quaresma a fazer valer para a alguma coisa o seu passeio depois do almoço...."
E nisto chega a hora do jogo.o estádio cheio, milhares em casa com os olhos colados na TV (que se não fosse Sport teria milhões a assistir ao jogo), e durante aqueles 90 minutos tudo para ver a bola a girar. E como é bela quando gira, parece que nos hipnotiza, já que enquanto ela girar toda a nossa vida é esquecida, só nos interessa puxar pela nossa equipa, os problemas pessoais ficam para depois.
E por isso digo ainda bem que a bola gira de vez enquando, para podermos berrar e gritar como se não houvesse amanhã.
A bola gira e o mundo gira, porque o futebol é giro!!!

Valete Frates

sexta-feira, outubro 27, 2006

A música do mês...


Aqui deixo a música mais ouvida e sentida do mês.O grande e único Leonard Cohen.
A música é belíssima, transporta-nos para outras paragens, para cabaret, para a luxúria mas também para o amor...e por isso merece um lugar de destaque neste blog.
A voz e profunda,dura,doce,e vinda do coração. A verdadeira música para uma pessoa se declarar à pessoa amada...
Derrete corações....
Leonard Cohen - I´m Your Man

If you want a lover
I'll do anything you ask me to
And if you want another kind of love
I'll wear a mask for you
If you want a partner
Take my hand
Or if you want to strike me down in anger
Here I stand
I'm your man
If you want a boxer
I will step into the ring for you
And if you want a doctor
I'll examine every inch of you
If you want a driver
Climb inside
Or if you want to take me for a ride
You know you can
I'm your man

Ah, the moon's too bright
The chain's too tight
The beast won't go to sleep
I've been running through these promises to you
That I made and I could not keep
Ah but a man never got a woman back
Not by begging on his knees
Or I'd crawl to you baby
And I'd fall at your feet
And I'd howl at your beauty
Like a dog in heat
And I'd claw at your heart
And I'd tear at your sheet
I'd say please, please
I'm your man

And if you've got to sleep
A moment on the road
I will steer for you
And if you want to work the street alone
I'll disappear for you
If you want a father for your child
Or only want to walk with me a while
Across the sand
I'm your man

If you want a lover
I'll do anything you ask me to
And if you want another kind of love
I'll wear a mask for you


Valete Frates

quinta-feira, outubro 26, 2006

A beleza está nos olhos


A beleza muitas das vezes também está nos ohos.Podem ser verdes,azuis,castanhos...
Mas neste caso, o que procuro não é os olhos de quem é visto, mas sim os olhos de quem vê.
"A beleza está nos olhos de quem vê."
Mas o que é a beleza perante os nossos olhos?
Será a tão procurada beleza interior?
No meu caso não. Considero a beleza puramente superficial.Não um superficial oco, e derretido; mas algo que só de olharmos para ele nos faça sentir bem e acreditar que tudo no mundo é belo.
A beleza interior não existe.Existe sim boas pessoas:calorosas, ternas,inteligentes,simpáticas...E más pessoas :frias,sádicas e estúpidas.
Não devemos confundir a beleza com a personalidade, pois são coisas diferentes, mas que juntas têm um só significado.Contudo estamos a falar de beleza, e não há nada mais belo que a beleza clássica, já que é algo que até o mais leigo pode olhar e dizer : "Que coisa bela!!!". Pois o que hoje é bonito daqui a dez anos é horrível, porém a beleza clássica é intemporal.
Exemplos de beleza clássica temos as pinturas clássicas, as esculturas do renascimento, os templos romanos, os escritos gregos,entre muitas mais coisas...
Mas mais recentemente temos também algo que possui uma beleza que podemos classificar como clássica, o cinema a preto e branco.
Filmes inesquecíveis, que representam vidas de outros tempos, mas que tinham em todos eles uma coisa em comum: a beleza, o glamour..
As mulheres comportavam-se como o auge da beleza, com caras de anjo, fitas no cabelo, peles imaculadas, penteados de mulher fatal, e uns olhos capazes de derreter qualquer coração.
E isto fazia todos os homens suspirar...
Hoje temos raparigas que se vestem e comportam como rapazes, que bebem até fazerem cenas que só as envergonham, que gostam de ser rodadas por tudo quanto mexe...resumindo a beleza está a desaparecer.Cada vez há menos mulheres e cada vez temos mais "coisas-nojentas-com-mamas-e-pita"...
Felizmente ainda há, poucas é certo, mulheres que conseguem por qualquer homem de cabeça perdida, simplesmente abrindo a boca para sorrir...
E como Deusa dessas mulheres, escolho a... Scarlett Johansson.
Ela personifica a mulher desses filmes a preto e branco, mas com o seu toque de moderno,o toque dos novos tempos...
Um vislumbre do seu rosto deixa qualquer pessoa maravilhada.
Ela é o exemplo pelo qual todas as mulheres deviam seguir.Ela mostra a todas as rapariguitas, que não é preciso serem umas oferecidas para terem qualquer homem do mundo aos vossos pés, basta serem umas senhoras...e terem o vosso cabelo loiro!!!
Valete Frates

segunda-feira, outubro 23, 2006

Variações na Vida


A personagem mais inigmática do pós-25 de Abril de 1974, será sem dúvida alguma, António Variações.
Só não consigo compreender porque ainda não lhe demos o devido valor.
Como sempre nunca damos o devido valor aquilo que é nosso e é tão bom.
Não falo de prémios sem valor. Falo do maior prémio que alguém pode ter, servir de exmplo para as gerações vindouras.
E qual foi esse exemplo?
Vinte anos após a sua morte ainda não aprendemos a lição que ele nos deixou.António Variações ensinou-nos como nos comportarmos à Português, na vida moderna. Não falo de vestirmo-nos com mais cores que o arco-iris, mas sim de ter a coragem de nos vestir assim se for uma coisa que gostamos e nos identificamos.
E isto é uma coisa notavél vinda de um homem que nasceu numa terra retrógada, como era na altura a sua terrinha de Amares,e quase sem estudos nenhuns.
Como é possível um homem assim, conseguir fazer as coisas que António fazia?
Muito simples, ele aprendeu la fora aquilo que não ensinavam cá dentro,mas sempre com o olhar nas suas raízes.A sua música é um excelente exemplo disso, conseguindo misturar a música mais vanguardista que lá fora se fazia, com o tão Portugês folclore; e com letras são simples e cheias de significado conseguia traduzir tudo o que lhe passava pela alma, e retratava cada de nós nas canções.
Como é possível que não tenhamos conseguido aprendido nada?!
Seremos assim tão duros de cabeça, tão cegos, que somos incapazes de nos tornarmos um pouco como ele?
Não é de histórias como a dele que se criam os mitos modernos?Estando ele ao lado de nomes como Jimmy Hendrix ou Jim Morrison.
Numa altura em que se fal a de que os Portugueses têm medo, são tristes, sisudos,e por aí fora.... Porque não seguir o exemplo desse homem que nos alargou os horizontes,que ainda hoje parecem estar fechados.Devemos perder o medo de sermos como somos, e celebrar com o mundo inteiro a nossa forma de ser e estar na vida.
Não esquecendo a saudade, mas sempre com os olhos no futuro.
Se tiver que mudar de vida, mudarei de bom grado.
Se não estou bem aqui,irei para outro lado.
E deixemos que a sua erva daninha se alastre pela Terra inteira!!!

Valete Frates
P.S: Em memória de um dos "supra-camões" que Pessoa falava

domingo, outubro 22, 2006

Um Muro de volta dos Sentimentos


Para aqueles a quem o nome Pink Floyd não diz nada, e o filme The Wall muito menos, aconselho a procurar na net a história deste filme e a história desta banda, e se a sorte vos sorrir e tiverem a oportunidade de ver este filme, por amor de Deus vão vê-lo.Este filme devia ser transmitido em todas as escolas portuguesas, e o seu conteúdo lecionado nas salas de aula. E a música da banda uma obrigatoriedade nas aulas de Inglês.
Vamos pegar um pouco na história do filme. O filme fala de um rapaz chamado Pink, que ao longo da sua vida viu sempre os sentimentos reprimidos pelas outras pessoas (pais, professores, amigos...) e que consequentemente foi-se isolando do mundo, construindo um muro à sua volta, e dos seus sentimentos.Esta situação o leva à loucura, tranformando-o numa personagem megalómana. Muito profundo, muito simbólico, muito filosófico. Continuando o texto, todas as pessoas com algum sentido de vida, já alguma vez durante as suas vidas se sentiram como o Pink, fora de contacto com os sentimentos.
Se pensarmos bem, essa é a saída mais fácil. Se esquecermo-nos que temos sentimentos levaremos uma vida bem menos dificil, mas nunca será vida, será sempre um simples existir.Um existir como os animais e as pedras e as árvores.
É muito duro procurar dentro de nós aquilo que nos apoquenta, muitas vezes encontramos coisas que não gostamos.Mas encontraremos sempre a resposta para aquilo que nos chatei-a.Saberemos sempre o "porquê". E como é importante saber o "porquê". E se for necessário gritar assim o faremos, esse será a nossa a ajuda.
Apartir do momento em que olhamos para nós, veremos muito melhor os outros. Um último aviso: Por favor perguntem aos vossos amigos, procurem na internet, mas vejam o filme "The Wall", e conheçam a banda por detrás que é ainda mais importante do que o filme!!!

Valete Frates

domingo, outubro 15, 2006

H & M



O Homem e a Mulher. Ora aqui está uma relação que na era moderna tem dado mais problemas do que devia, e com a época moderna digo desde a altura em que começaram as primeiras lutas feministas...
Mas qual a verdadeira posição que ambos deveriam ter na sociedade?
Esta é a pergunta que mais se faz quando este tema é discutido.
Para mim na realidade esta pergunta nem sequer devia ser proposta, sendo a sua resposta tão simples que nem justifica que se coloque uma pergunta.
Homem e Mulher como é óbvio deveriam ter iguais direitos e valores na sociedade.
A resposta é bastante incompleta. Mulher e Homem não podem ter os mesmos direitos porque não são iguais, alguns direitos devem ser iguais mas nunca todos. E as provas disso estão por todo o lado nós é que não queremos ter trabalho de as ver.
Por exemplo: genética!
Notícia de última hora: Homem e Mulher têm corpos diferentes!!! (e ainda bem)
E o corpo em que nascemos determinará muitas das decisões da nossa vida, quer queramos quer não.
As Mulheres têm o dom maravilhoso de trazer nova vida ao mundo. Algo que nunca um Homem (mesmo sendo gay) poderá compreender! Ter um filho, para um Homem é num instante, para uma Mulher são 9 meses a ganhar barriga e umas horas de sofrimento. É uma diferença e tanto não?
O corpo da Mulher é belo por natureza, ou seja não precisa de ir para o ginásio levantar pesos para ficar com formas, é a verdade. As Mulheres só precisam de ter um pouco de contenção do que metem à boca para ter um belo corpo.

Devido ao corpo temos também responsabilidades diferentes. Os Homens como é óbvio são mais fortes e robustos, a genénica assim o determinou e por muito que as Mulheres tentem uma Mulher militar é contra-natura. Assim como um Homem a trabalhar como decorador não é natural.
Não digo que em ambos os casos tanto as Mulheres como os Homens em questão não possam fazer um excelente trabalho melhor até que algumas pessoas do sexo oposto, mas nunca a Mulher terá o discernimento mental para aguentar certas e deteminadas emoções que se esperimentam no campo de batalha, sem o Homem terá aquele sexto sentido, aquele je ne sais quoi para conseguir tornar algo duro e sem calor em algo belo.
Resumindo o Homem é o animal, que dá o corpo há bala; e Mulher tem como trabalho educar este animal, mostrar que o mundo tem também coisas belas, mostrar as cores e sabores deste mundo.Vendo bem, o Homem necessita para viver da Mulher, tanto como a Mulher precisa do Homem, nem um nem outro foram feitos para viver em separado.
Estando posto de lado as questões corporais sobram as da mente.
Aqui posso afirmar que somos iguais. Na inteligência, sabedoria, necessidades...somos iguais.
E agora uma pergunta que já muitas mulheres me colocaram e cuja resposta durante muito tempo me custou muito a dar, mas que por fim estava mesmo lá à minha espera, esta é a pergunta:"Porque uma mulher que dorme com todos os Homens é uma vaca, e um homem que come todas as Mulheres é um machão?"
A pergunta é recorrente e tens vários factores a levar em conta (alguns até contraditórios), mas para mim a resposta que faz mais sentido é que tanto as vacas como os machões são vistos apenas aos nossos olhos, e nunca nos demos ao trabalho de ver as coisas nos olhos das vacas e dos machões. Sempre nos preocupamos como rotulalos, nunca tentamos perceber como são as coisas aos seus olhos, só assim pode aparecer uma pergunta como a que eu referi. Esquecemo-nos sempre que dentro dos machões e das vacas está uma pessoa e só poderemos falar dessa pessoa depois de a conhecer. Não sei se vocês acham que isto responde à pergunta eu cá acho que sim.
E assim, dê por onde der, volto a dizer o mesmo somos iguais, somos pessoas! Confio tanto (ou tão pouco) numa Mulher como num Homem para dirigir um país. Ambos têm as mesmas capacidades para fazer o bem e o mal. Aí somos todos humanos todos rimos e sofremos de igual forma. Aqui é que temos de mudar! Não é a pôr um Homem a fazer de Mulher e vice-versa. É a pôr ambos a fazer o papel de Pessoas que poderemos evoluir. Porque o Homem será sempre Homem e a Mulher será sempre Mulher, e isso nunca poderemos mudar, pois é algo que está tão entranhado na Natureza como os ventos, as chuvas e as montanhas.
Frase a reter : "Seremos sempre Homens e Mulheres, esperamos para sermos todos Humanos."
Valete Frates

quarta-feira, outubro 11, 2006

O Primeiro Texto

Não sei bem porque raio estou a fazer isto.Talvez por não ter mais nada que fazer.Seja como for cá vai disto!!
Espero conseguir escrever neste espaço com alguma regularidade,pouco me interessa se alguem lê, mas se algum dia alguem chegar a ler estes pequenos textos convém saber algumas pequenas coisas:

1 - Não me julgo mais inteligente do que qualquer outra pessoa, apenas tento iluminar certas mentes sobre determinadas matérias que elas possam desconhecer.

2 - Este espaço não é de perto nem de longe dedicado as pessoa que se considerem umas "barras" em algum determinado assunto que aqui possa ser retratado, este espaço é digo e repito é para abrir algumas mentes, alargar horizontes principalmente.

3 - Por último e como é óbvio, todos são livres de dizer o k a sua consciência ditar,a última coisa que se pode desejar é que o pessoal fique com sentimentos reprimidos.
Posto isto está escrito o 1º texto.

Valete frates