segunda-feira, junho 30, 2008

7 Bandas - Queens of the Stone Age


Depois de divagar pelo passado ou recordar feitos antigos, vamos agora falar de uma banda mais activa nos nossos dias, os QOTSA.
O verdadeiro Rock sobrevive hoje através das suas músicas. Duro, pesado, e incrivelmente inteligente(!!!).
Verdadeiros prodigios da técnica de bem tocar os seus instrumentos, são uma banda com um som único e espetacular.
Das cinzas da banda Kyuss emergem os QOSTA através das mãos de Nick Olivieri e Josh Homme. Originalmente chamados de Gamma Ray, tiveram que mudar de nome por causa de outra banda. Ainda bem para eles já que o segundo nome soa bem melhor. Chamar-lhes banda talvez não seja o termo mais correcto, já que o único elemento fixo ao longo dos anos é mesmo Josh Homme. Por outras palavras os QOSTA são hoje a banda/projecto de Josh Homme, um pouco à semelhança dos Nine Inch Nails e dos Gorillaz se bem que com várias diferenças.
Em 1996 o vocalista e guitarrista Josh Homme e o baixista Nick Olivieri fundam os QOTSA. Juntam mais uns amigos e a banda fica completa. Homme começa a fecundar a ideia das Desert Sessions, que consistem em juntar os artistas mais inclassificaveis do mundo no deserto e polos a tocar todos juntos, num ambiente de experimentalismo e evolução. Artistas como PJ Harvey chegam a participar, e as Desert Sessions ficaram gravadas para a posteriodade.
Em 1998 sai o primeiro album da banda com titulo homonimo. Apesar de ser bastante bom o album não causou muito alarido, o som é parecido com os Kyuss mas conta com o experimentalismo obtido das Desert Sessions. Começa-se a implementar um tema recorrente nos vários momentos da banda, a mulher.
Todavia é com Rated R, que a banda começa a compôr-se a virar algumas cabeças do mundo da música. O som é dificil de classificar e cheio de antíteses. A banda começa a ser reconhecida, e começa a abrir concertos para grandes cabeças de cartaz e a participar em enormes Festivais de Rock, como o Ozzfest e o Rock in Rio.
Alguns artistas reconhecidos começam a querer entrar neste projecto. Nomes como Dave Grohl e Mark Lanegan começam a fazer sessões de Jamming com a banda. Lanegan já havia participado em algumas músicas no passado mas neste momento por volta de 2000 passa a ser um elemento efectivo da banda, e Grohl é convidado para tocar bateria no próximo albúm.
Como resultado temos o genial Songs for the Deaf, que na minha opinião é o melhor. A voz forte de Lanegan em alguns temas, a bateria imparavél de Grohl são especiais adições ao som robusto da banda.
Trata-se de um album conceptual, cuja ideia surgir na cabeça de Joah Homme enquanto cruzava o deserto e a ouvir um rádio de emissora mexicana. E o disco segue este estranho tema de miragens, mosquitos, esqueletos à beira da estrada e relações à queima roupa. Brilhante e altamente recomendavel.
Para o seguinte album a banda despede-se de duas pedras basilares, Mark Lanegan decide abandonar a banda e Nick Olivieri é despedido. Se o primeiro mas mesmo assim entra no seguinte album com uma participaçam especial, as relações com Olivieri não ficaram assim tão pacíficas. Parece que Olivieri é completamente demente, chegando inclusive a actuar nu. Numa digressão pela Alemanha e depois de ter levado todos os elementos da banda ao desespero, as portas foram abertas e Olivieri levou um biqueiro no rabo e foi deixado em plena auto-estrada.
Com estas saídas a banda perdeu a profundidade e sentimento de Lanegan e a energia e força de Olivieri. Talvez seja por isso que Lullabies to Paralyze seja um album diferente dos anteriores, suspenso por uma aura intima e mistica. O album é bom, todavia fica a ideia que mais poderia ser feito e que talvez nem toda a concentração fosse imposta na produção do album. Mais Recentemente saiu Era Vulgaris, onde notamos os QOTSA a afastarem-se da ideia do album anterior e voltar um pouco às suas origens.


Para vosso deleite fica não uma letra desta vez mas um vídeo, para mostrar as capacidade impressionante da banda ao vivo, de uma das minhas músicas favoritas, retirada do album Songs for the Deaf.

Valete Frates

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