Ligo a televisão na Eurosport para ver a Rússia a bater em uns bonecos das Ilhas Salomão num suposto jogo do Campeonato do Mundo de Futsal. Sendo eu um ex-praticante e um fã da modalidade fico com uma grande sensação de tristeza. Ao intervalo está 20-0 e decido não ver mais, talvez depois vá ver o resultado final.
Mudo de canal, para a RTPN, está a dar a Antena Aberta. A questão que pede para comentar é: "O que estará disposto a fazer para aceder ao apelo do Presidente da República?"
Rapidamente mudo de estação para a SIC Notícias para ver qual é a questão colocada no programa Opinião Pública, para surpresa minha (ou talvez não), é a mesma que a da RTPN.
Volto para a RTPN, e feito este ligeiro zapping ponho-me a pensar na pergunta. E como um relâmpago a resposta chega-me à cabeça. Estou disposto a dar dois tabefes ao Presidente da República.
Já não gostava muito do homenzinho, mas ultimamente ele anda a passar das marcas.
Veta leis banais gerando polémicas inúteis. Faz discursos à nação com a máxima urgência para dizer que os Açores rejeitam-se a respeitar novas leis por ele impostas relativas aos estatutos regionais, entretêm-se em levantar questões pertinentes e depois a considerá-las tabus que não devem ser debatidos e sobres os quais um homem da sua posição não deve opinar.
Ele critica o estado da economia nacional, parecendo alienado ao que de resto se passa lá por fora. Pede um esforço extra aos portugueses (subentenda-se o povo), quando ele foi quem iniciou esta crise económica nos seus tempos de primeiro-ministro. Sim porque foi ele e mais os seus ministros das finanças que falavam de "Oásis Portugueses na Europa", quando na realidade corda se apertava cada vez mais ao pescoço, que iniciaram a crise economia que perdura até aos dias de hoje.
Foi ele que negociou com a antiga CEE a redução das nossas cotas agrícolas e pesqueiras, em troco de maiores fundos comunitários. Esses mesmos fundos foram repartidos pelo patronato criando uma nova classe social, os Novos-Ricos. Estes sem terem que prestar satisfações pelo dinheiro recebido, ao invés de investir nas suas empresas compravam carros e casas na praia. Consequentemente as suas empresas faliram e as pessoas foram para o desemprego, todavia os patrões continuaram ricos. No fundo ele retirou o pão e o peixe da boca e o dinheiro que daí provinha das bocas e carteiras dos portugueses (subentenda-se o povo). Tirou dos pobres para dar aos ricos, o verdadeiro Robin dos Bosques moderno.
Á cerca de um ano ele falou da falta de interesse dos jovens na vida activa social e politica. Não disse mentira nenhuma, só que parece que se esqueceu que o governo dele foi dos que menos beneficiou a inserção dos jovens na vida activa e nas responsabilidades da vida adulta.
Estas são algumas das falhas que me vêem como um relâmpago à cabeça, mostrando-me a imagem de um Presidente da República fraco, débil, senil e amnésico.
E diz ele que vai unir os portugueses?
Garanto que eu sou capaz de unir mais portugueses de volta da minha causa. Espetar-lhe dois tabefes até ele se lembrar e admitir cada erro que cometeu.
Depois se verá como ele é parecido com a equipa de futsal das Ilhas Salomão.
Valete Frates
segunda-feira, outubro 06, 2008
Dois tabefes ao Sr. Cavaco Silva
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