Não sou apolosista, de dar uns trocados ao arrumador de serviço do parque onde costumamos estacionar o nosso carro. Dámo-lhes dinheiro para eles não danificarem o nosso carro, quase como se essa situação fosse um fenómeno de extorção. "Tu dá-me o guito...", como um dado comediante de nome Jel tão bem reproduz, é quase como se eles fizessem parte de uma máfia qualquer. E nós lá lhe obedecemos como se eles fossem uma personagem devessemos temer muito.
Com tanta droga naquela cabeça eles conseguem lá aguentar com um empurrão, um "chega para lá", mas nós remetemo-nos para o nosso canto e eles assim continuam com a sua extorção.
E o pior é que este pessoal, não há maneira de desaparecer. Pior cada vez aparecem mais, e olhando à minha volta mais viram a caminho.
Muito provavelmente, daqui a uns anos, eles vão ter que passar recibos verdes, pois serão tantos que o governo vai ter que tomar uma medida para poder controlar os seus rendimentos. Poderão ser um poder a ter em conta.
Agora a falar a sério, mas isto dos números mete-me um bocado de medo.
Vejo muitos da minha idade a meterem-se por caminhos muito tortuosos, e penso que poderá ser que alguns deles daqui por anos es tejam nessa situação. Será que da mesma forma que nego a moeda agora mais tarde terei que dar àquele gajo que já andou na minha escola, e que vi a entrar aos poucos pelos caminhos caminhos que tiveram aquela meta desoladora como fim?
Será que conseguirei suportar a dor na minha consciência de não ter actuado quando deveria ter feito algo para evitar que eles acabassem assim?
A maior parte deles agora não me pesa nada, são-me indiferentes, mas mais tarde serão?
Será daqui por alguns anos serão eles a dizer: "Tu dá-me o guito!"?
Valete Frates
domingo, janeiro 21, 2007
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