quarta-feira, novembro 28, 2007
Este Natal quero uma Scarlett no sapatinho
Na reedição, a cores e em vídeo do anúncio do perfume Eternity, e visto a chegada do Natal eu quero fazer o meu pedido.
Pai Natal, podes dar o perfume a outro menino, eu preferia uma Scarlett no sapatinho.
Valete Frates
Música do mês
Everybody's got something good to say
segunda-feira, novembro 26, 2007
SE7EN
Valete Frates
domingo, novembro 25, 2007
8 1/2 de Fellini
Todavia quando cheguei a casa estava a dar um documentário sobre o cinema italiano (mais tarde deu um sobre a revolução russa e a URSS, que por sinal também estava a ser muito bom, mas o sono levou a melhor), o documentário era assinado por Martin Scorcese e tinha o nome "A minha viagem a Itália". O último filme documentado foi o 8 1/2 de Fellini.
Ora no final, para além de ter ficado com uma vontade enorme de ver o filme e de ser o Sr. Marcelo Mastroianni, fiquei também com vontade de passar a mensagem da mesma forma que o narrador passou para mim.
Só para vos dar um cheirinho da história (e porque ainda não vi o filme), posso dizer que se trata de um filme praticamente auto-biográfico, onde a personagem experiência as mesmas situações que Fellini passou, o nome do filme advém do facto da personagem ter feito 8 filmes e mais um episódio, prefazendo o 8 1/2. Mas o filme é muito mais que uma biografia, é arte, é a descrição do processo de criação da mesma, as pressões que todos colocam no cineasta (incluindo a dele próprio), a procura da musa inspiradora da criatividade...
Tudo isto retratado na forma única de um dos maiores mestres do cinema, que recorre a diversos elementos técnicos e psicológicos (o constante recorrer ao surrealismo), para tornar o filme numa experiência maravilhosa.
Colocando nas palavras do narrador:"É um filme sobre filme, e que não podia existir fora do filme."
Deixo aqui o clip da cena inicial, que espero vos aguce o apetite como me fez a mim, e também uma nota. No meio do lixo constante que nos tentam impingir diariamente, tentando rutulá-lo como "cultura" e/ou "entretenimento", é bom saber encontrar coisas realmente boas e fazer um esforço para as compreender. Verão que quer compreendam quer não, no final do filme, o vosso intelecto foi exercitado, e sairam com um ideia ou outra diferente do que quando começaram a ver o filme.
Se quiserem podemos ver o filme juntos. ;)
segunda-feira, novembro 19, 2007
David Lynch
Deixando ideias no ar como, através da meditação tornarmo conseguirmos ser mais criativos, mais inteligentes, mais energéticos....Incluir a meditação nos planos curriculares das crianças que automaticamente está ligada há paz mundial, consciência, desenvolver o potencial do ser humano, enfim coisas que só vêem estragar as nossas vidas, não é?
Para mim o exoterismo, é algo de muito peculiar.
Consegue dar sentido a coisas que parecem não fazer sentido nenhum, mas que vendo bem, e com uma boa capacidade de intrepertação, conseguem ter mais sentido do que qualquer realidade por nós experimentada.
Estamos tão entropercidos nesta nossa "realidade", que já nem vemos o quanto insanas são as nossas atitudes.
Que vos parece ser mais desprovido de sentido?
Um homem tentar num momento, expressar em palavras inexistentes aquilo que o prende, que o apoquenta? Ou um homem passar toda a sua vida a desenvolver tecnologia, para que depois possa ser usada para matar milhões?
Pensei bem na insanidade...
Ora para vos tornar melhores seres humanos deixo aqui o vídeo com o muito sábio David Lynch.
Por favor façam um esforço para entender...
Ah, e o vídeo também está em inglês.
David Lynch talks
Valete Frates
domingo, novembro 18, 2007
7 Bandas - Pink Floyd
Sem dúvida alguma os Pink Floyd são grandes, mesmo muito grandes.
Têm o segundo disco mais vendido de sempre (!!!) (Dark Side of the Moon), uma das discografias mais completas, um filme, e cerca de 200 milhões de discos vendidos.
Ora obviamente que isto das drogas é um mundo tortuoso e de fácil perdição, para dar um exemplo ambos nomes referidos acima morreram com 30 anos(!!!), Syd está fora desse leque (morreu há pouco tempo com 60 anos), mas uma certa trip iria mudar a sua vida para sempre.
De um momento para o outro o seu comportamento começou a tornar-se ainda mais estranho,e misterioso, chegava atrasado aos ensaios e gravações, aparecia em público visivelmente exausto ou frenético e chateado...
Ora segundo consta, aqueles eram circulos que a banda não frequentava (hmm...não me parece...), e então os managers decidiram dizer que Syd teve um esgotamento nervoso e mandaram-no para umas férias em Espanha.
Quando Syd voltou, ouvia-se as histórias que ele tinha ido para lá dormir em cemitérios.
Ora a banda decidiu continuar sem ele, Gilmour começou a tomar conta dos vocais, e começaram a cantar as músicas que Syd escrevera, sem Syd para as cantar. Certa vez Syd apareceu a um clube mirando Gilmour enquanto este cantava as suas músicas. Consta que este episódio irritou bastante Gilmour.
Waters entretanto decidiu abandonar a universidade e dedicar-se de corpo e alma à banda. Foi ele que teve a coragem de afastar Syd Barrett de cena.
Em 1971 sai novo disco, uma preparação para a revolução musical que o próximo registo viria a causar.
Posto isto em 1973 sai um dos melhores discos de sempre, Dark Side of the Moon.
Uma das melhores experiências sonoras de sempre, com 10 músicas que podem mudar a vida de uma pessoa em cerca de 45 minutos.
Mas que tinha assim de tão especial?
Mas que é isso?
Resumindo Dark Side of the Moon é algo que devia ser obrigatório qualquer ser humano ouvir, daquelas coisas que devia fazer parte do plano curricular da disciplina de inglês, ou de filosofia. É algo mesmo maravilhoso, é fechar os olhos e escutar. Escutar o mundo, a vida, a sociedade, o individuo. É impressionante o virtuosismo de Gilmour com a guitarra, os teclados a criar o ambiente, e toda aquela nuvem sonora, recheada de cheiros e lugares.
Num plano mais didáctico, e falando dos mitos de volta deste registo, consta que Dark Side of the Moon e o filme "Feiticeiro de Oz" fazem uma boa parelha. Segundo o mito se se colocar o disco a tocar a uma dada altura do início do filme, consegue-se que cerca de 100 falas coincidam. Fica a deixa para quem quiser experimentar.
Outros discos muito bons sairam, mas há mais um do qual sou obrigado a falar, The Wall.
Crítica abertamente o sistema educacional inglês (que anos mais tarde foi importado para Portugal), dizendo que diminuiu a individualidade dos alunos ingleses, conformando-os a moldes e negando-lhes a oportunidade de ser criativos, esta tomada de posição causou bastante polémica na Inglaterra da "Dama de Ferro", Margaret Tatcher.
Num plano psicanalítico, com a canção Mother, conta a história de um rapaz cujo amor materno, chega a ser sufocante, transformando o rapaz na vida adulta, uma pessoa incapaz de ligar com os problemas que lhe aparecem.
O tema chave desta vez é a solidão e o isolamento. Aliás para melhor contextualização do disco, o filme pode ajudar.
No filme a personagem principal, vai criando um muro à sua volta, que representa o seu afastamento emocional das pessoas (para mais informações ver um dos meus primeiros posts).
Veio o rancor, ciúme, os insultos, lutas judiciais e um enorme diferendo entre David Gilmour (novo lider) e Roger Waters.
Ambos começam a tentar sabotar as carreiras um do outro, criticando a forma de tocar, desafiando-se publicamente com Gilmour a pegar no porco balão (adereço sempre usado por Waters) e colocando-lhe um par de testículos.
No fundo nenhum podia viver sem o outro. David Gilmour precisava do idealismo e brilhante capacidade de escrita de Waters, Roger Waters precisava da maravilha sónica da banda, para contextualizar as suas ideias.
Em 2005 Bob Geldof liga a David Gilmour e pergunta se a banda não quereria juntar para o Live 8. David diz que não. Dias depois Roger liga a David e diz para se colocarem as diferenças de lado, que o objectivo da reunião é mais importante que as suas diferenças. Gilmour aceita a ideia e o mais uma vez o inacreditavél acontece com a reunião da banda. Foi uma noite recheada de significado, a reunião de uma banda que tinha passado mais tempo separada do que a tocar junta. No momento da noite, em que Waters e Gilmour juntaram as vozes para cantarem Wish you were here. Tributo ao homem que os inspirou para se juntarem naquele momento. E para Waters?"O saldar de uma dívida antiga..."
Clara referência a Syd Barrett, o habitante das sombras da banda.
Para terminar e porque a história de Syd Barrett é algo que não só merece ser contado, como deve ser contado, vou contar um pouco da sua história.
Coração Selvagem - 2ª Parte
Em continuação ao vídeo anterior, a parte do fim do filme.
Durante o filme Lula pede a Sailor para lhe cantar a canção "Love me Tender" do Elvis Presley, mas este recusa-se. Ele diz que só cantará essa canção há mulher que casar. Bem parece que ela sempre ouviu a música.
Nicholas Cage deve ter ficado bastante contente de fazer esta cena, uma vez que é um fã fervoroso de Elvis.
Um momento bastante amoroso, para um filme simplesmente diferente.
Espero que tenham gostado, especialmente da fada e do nariz do rapaz.
Valete Frates.
P.S.: Este foi o meu 100º post, mas quem está a contar???
Coração Selvagem - 1ª Parte
Ora andava eu a procurar coisas pelo "tubas" quando encontrei estes dois clips do filme de David Lynch "Coração Selvagem", com uns jovens Nicholas Cage (Sailor), e Laura Dern (Lula), nos principais papeis. Um excelente filme para entrar no misterioso, simbólico e estranho universo "Lynchiano".Peço desculpa pelas legendas estarem em alguma língua na qual ainda sou totalmente leigo, portanto está na hora de dar um pouco de uso ao inglês.
P.S.:Neste filme,só falta um bigodaço ao Nicholas Cage para ser um dos gajos mais duros do cinema, o casaco pele de cobra ele já tem.;)
sábado, novembro 17, 2007
Rádio *Kisses*
1. VHS or BETA - Night on fire
2. Justice - DVNO
3. Phoenix - Too young
4. New Order - Temptation
5. MSTRKRFT - She good for business
6. Rihanna - Don't stop the music
7. Hellogoodbye - Here in my arms
8. The Smiths - Sweet and tender hoolingan
9. The Police - Can't stand losing you
10. The Doors - People are strange
11. QOTSA - Hangin tree
12. Dimitri from Paris - Souvenir de Paris
13. Digitalism - Zdarlight
14. Depeche Mode - Policy of truth
15. The Ramones - Blitzkrieg bop
16. Interpol - NYC
17. Portishead - Give me a reason to love you
18. Chris Isaak - Baby did a bad bad thing
19. Franz Ferdinand - Darts of pleasure
20. Blondie - X Ofender
21. The Cure - Killing an arab
Valete Frates
quarta-feira, novembro 14, 2007
7 Bandas - Depeche Mode
Que ainda estão todos vivos?
Após várias alterações nos seus elementos, apenas três restam. Dave Gahan (vocalista), Martin Gore (o mais brilhante faz-tudo do mundo), e Andrew Fletcher (teclados).
Em 1987 sai o espetacular Music for the Masses um álbum brilhante produzido, com som bastante mais polido do que os ínicios e a etapa dos singles. As letras de Martin tinham ficado mais maduras também, reflectindo problemas e situações reais, coisas com que qualquer pessoa se pode identificar, e tudo muito na cara, pouco se escondiam nas suas letras. Fletcher criava o ambiente sonoro perfeito para acompanhar as letras, com os sintetizadores em lugar de destaque, criando uma verdadeira orquestra eléctrica, afastando-se um pouco da New Wave. Dave era o "front-man" ideal. Começava a mover-se em palco como um verdadeiro artista, tinha uma voz ligeiramente rouca, e bastante enquadra tanto com as letras como com o som da banda. Mais umas vez ficam os registos de verdadeiros exemplos de singles como Strangelove, Behind the wheel, e o meu preferido Never let me down again, todavia este disco não valia apenas pelos seus singles mas começava a olhar-se para o todo.
Outro sucesso, se bem que mais comedido que o anterior.
Gore tinha as suas múscias prontas para gravação, mas Gahan afastava-se, demorava montes de tempo a gravar as suas partes, a heroína estava a comer-lhe o cérebro.
Cada vez mais ele se afundava dentro de si mesmo, e isto reflectia-se na banda como é óbvio. Passava horas fechado no seu quarto, ouvia vozes, e essas coisas todas que advém do consumo diário de drogas. Todo o seu comportamento auto-destrutivo culminou em 1995, quando ele tentou suicidar-se com uma lâmina. Isto foi o necessário para que ele entrasse para uma clínica de reabilitação e se pusesse em forma para voltar para a banda.
Na ressaca deste episódio, a banda lança um novo registo, Ultra, bastante mais negro, a roçar o gótico. Até custava a crer que esta mesma banda tinha feito alguma vez música festiva na sua carreira. It's no Good foi a música de mais sucesso, falando do amor e inevitável confirmação do destino traçado.
Demorou um pouco ao Depeche Mode a recuperar em termos musicais, os momentos dificeis de Gahan. Em 2001 sai Exciter um bom disco mas que não causou muito alarido, mas de onde mesmo assim se retiram dois excelentes singles Dream On e Free Love.
Quanto a influências, bem...
São mesmo muitas, que vão desde do synth-pop, até pelo rock mais pesado.
Os Pet Shop Boys revelaram que Violator foi uma grande influência no seu trabalho, os Deftones e Marylin Manson também referem os Depeche Mode, tendo o último inclusive se ter revelado um verdadeiro fã, tendo até já feito covers de músicas.
Nos The Killers, Green Day e os The Bravery também se nota a sua influência.
Mas mais importante que isto, é a sensação que, tudo o que é música electrónica se rege pelos Depeche Mode.
Para terminar deixo aqui uma letra para poderem avaliar o brilhante lírico que é Martin Gore. Esta é dos inícios mas já dá para ver o seu génio.
Shake the Disease - Depeche Mode
I'm not going down on my knees,
Begging you to adore me
Can't you see its misery
And torture for me
When I'm misunderstood
Try as hard as you can,
Ive tried as hard as I could
To make you see
How important it is for me
Here is a plea
From my heart to you
Nobody knows me
As well as you do
You know how hard it is for me
To shake the disease
That takes hold of my tongue
In situations like these
Understand me
Some people have to be
Permanently together
Lovers devoted to
Each other forever
Now I've got things to do
And I've said before that I know you have too
When I'm not there
In spirit I'll be there
Here is a plea
From my heart to you
Nobody knows me
As well as you do
You know how hard it is for me
To shake the disease
That takes hold of my tongue
In situations like these
Understand me
Valete Frates
terça-feira, novembro 13, 2007
Uma voz que se calou...
domingo, novembro 11, 2007
7 Bandas - Joy Division
Banda sediada em Manchester, percurssionadores do pós-punk, e das maiores influências do panorama musical. Sem dúvida uma das bandas mais importantes do século XX.
Ora, segundo reza a história, os seus elementos conheceram-se num mítico concerto dos Sex Pistols. Ian Curtis (vocalista), Peter Hook (baixista), Bernard Summer (guitarrista), conheceram-se nesse mesmo concerto e formaram uma banda, que na altura chamaram de Warsaw. Mas faltava algo... um baterista. É aí que entra em cena Stephen Morris, e por fim a banda fica completa.
Mas o nome teria que mudar, e eles optaram por algo de polémico...Joy Division.
A polémica prendia-se com os tempos da alemanha nazi, em que grupos de soldados violavam mulheres com o intuito de formar a famosa raça ariana.
Durante algum tempo a banda foi apelidada de neo-nazi, e de representar ideais facistas. Tal fama foi tão grande que durante uns tempos a banda para onde quer que fosse actuar arrastava sempre legiões de skinheads, que não estavam pela música, mas para tentar agregar ao seu movimento, aquele estilo musical que trazia tanto de novo...
Ora a banda parece que odiava de tal forma este público, que num concerto até se envolveram numa cena de pancadaria com estes seres.A banda foi das primeiras a assinar pela mítica produtora de Tony Wilson (Factory Records), que pela lenda obrigou Tony Wilson a assinar o seu contracto com o seu próprio sangue. Entraram para estúdio para gravar o seu primeiro albúm, cuja produção ficou a cargo do Sr. Martin Hannett. O albúm era algo de completamente novo, nunca ouvido até então. A bateria era feita de pancadas secas e vigorosas. O baixo era uma verdadeira linha condutora, entranhava-se no corpo de uma tão poderosa, não fosse Peter Hook apelidado mais tarde pelo baixista que queria ser guitarrista principal. A guitarra leva a cabeça para outros locais, que mexia com a alma, tornava-nos inquietos. No coração estavam as letras de Ian Curtis, que falavam de sentimentos complexos, degradação urbana, isolamento, problemas existencialistas, um pouco niilistas até, e é claro também de amor. A voz do mesmo era robótica como a bateria, negra como o baixo, e metálica como a guitarra.
O albúm chamava-se Unkown Pleasures...que indicado...
Depois da saída do albúm eles foram fazer o quê? Dar concertos como é claro.
E nas actuações ao vivo, Ian era eléctrico. Ele que no início era bastante tímido, chegando a cantar de costas para o público, agora era um verdadeiro animal. Dançava como se algo o tivesse possuído. Muitas vezes a sua actuação confundia-se com a sua epilepsia, que consoante o tempo se ia agravando. Certa vez teve um ataque que causou bastante apreensão no interior de todos aqueles que o rodeavam.
Acaba a digressão estava na hora de regressar a estúdio e gravar o próximo albúm, Closer. Tudo estava a correr bem, o albúm parecia que ia ser outro tremendo êxito, e com o lançamento deste a primeira digressão americana estava já marcada.
Os Joy Division estavam na linha do sucesso.Ora apartir daqui a história torna-se num drama. Ian como qualquer verdadeiro génio musical, tinha os seus problemas, principalmente com o álcool. E esse individuo nunca é bom ajudante. Começa a ter também problemas com a sua mulher Deborah, da qual já tinha uma filha, e já tinha arranjado novo amor na sua vida, Annik.
Muito se fala do fascínio que personagens como Jim Morrison, Jimmi Hendrix e outros tinham na sua pessoa. Ele adorava o facto de todos eles terem morrido jovens, terem morrido no seu auge, e por isso serem vistos como verdadeiras lendas. As letras por si escritas tornaram-se ainda mais assustadoras, embora, como Peter Hook disse numa entrevista recente, os restantes elementos da banda eram demasiado jovens e nunca pensaram que ele escrevia sobre ele próprio, mas sim que encarnava certas personagens para poder escrever as suas letras. Parece que Ian era o verdadeiro poeta fingidor. Nas palavras de Pessoa, fingia que era dor a dor que deveras sentia.
Isto tudo era um verdadeiro cocktail para o desastre, e assim foi.
Em Maio de 1980, um dia antes de partir para a digressão americana, Ian Curtis com 23 anos (!!!) enforcou-se na sua cozinha, enquanto via o filme de Herner Herzog: Stroszek, e ouvia o disco de Iggy Pop: The Idiot, quem quiser que tire as suas elações.
O último albúm da banda, Closer, saiu umas semanas após a morte de Ian Curtis.
Das cinzas ergueram-se os New Order, composta pelos restantes elementos da banda, que cumprindo uma promessa que se algum deles morresse os outros não continuavam com o mesmo nome da banda.
Mudaram também de estilo. Tornaram-se mais alegres, mais pop, e mais uma vez foram os percurssores de um novo estilo de música, a música de dança. Blue Monday o seu single com mais sucesso, fala da morte de Ian, e a forma como lidaram com ela.
Quem sabe? Poderia ser um virar de página. Nunca se saberá.
Fica uma letra fantástica escrita por Ian Curtis.
This is why events unnerve me,
7 Bandas - Introdução
terça-feira, novembro 06, 2007
Música do mês
Ao tempo que já não punha uma letrinha, para o pessoal. E numa altura em que toda a gente à minha parece estar sempre a queixar-se, escolhi esta letra dos únicos e inigualáveis Depeche Mode. Provavelmente os melhores do mundo (se bem que o Dave Gahan, continua a insistir a fazer uns trabalhinhos a solo).
Não digo para as pessoas se porem no meu lugar, ponham-se no lugar de quem está verdadeiramente pior que vocês, amigos que com as nossas queixinhas negligenciamos. E com um reparo mais em conforme com a letra, queria dizer:
Muito cuidado com os juízos de valor, pois nas pessoas mais indiscretas, encontram-se mentes absolutamente fascinantes, e quem as critica (pessoas de mente demasiado retrógada e fechada para aceitar algo de verdadeiramente diferente, original e fresco) são gente que vive no molde, mesmo sendo ele o mais "original" não deixa de ser molde, e que devido há falta de conhecimentos só consegue ter uma conversa aos berros ou aos insultos.
Estranhamente esta deixa nada tem haver directamente comigo, mas sim em certas coisas que já há algum tempo reparo em pessoas há minha volta. Cada vez tenho menos vontade de perder tempo com o povinho...
Agora sem mais demoras:
Depeche Mode - Walking in my shoes
I would tell you about the things
They put me through
The pain I've been subjected to
But the lord himself would blush
The countless feasts laid at my feet
Forbidden fruits for me to eat
But I think your pulse would start to rush
Now I'm not looking for absolution
Forgiveness for the things I do
But before you come to any conclusions
Try walking in my shoes
Try walking in my shoes
You'll stumble in my footsteps
Keep the same appointments I kept
If you try walking in my shoes
you try walking in my shoes
Morality would frown upon
Decency look down upon
The scapegoat fates made of me
But I promise you, my judge and jurors
My intentions couldn't have been purer
My case is easy to see
I'm not looking for a clearer conscience
Peace of mind after what Ive been through
And before we talk of repentance
Try walking in my shoes
Try walking in my shoes
You'll stumble in my footsteps
Keep the same appointments I kept
If you try walking in my shoes
If you try walking in my shoes
Try walking in my shoes
Now I'm not looking for absolution
Forgiveness for the things I do
But before you come to any conclusions
Try walking in my shoes
Try walking in my shoes
You'll stumble in my footsteps
Keep the same appointments I kept
If you try walking in my shoes
Now Im not looking for absolution
Forgiveness for the things I do
But before you come to any conclusions
Try walking in my shoes
Try walking in my shoes
You'll stumble in my footsteps
Keep the same appointments I kept
If you try walking in my shoes
Try walking in my shoes
If you try walking in my shoes
Try walking in my shoes
Valete Frates
sábado, novembro 03, 2007
Nova Rádio!!!
Baseada numa das minhas alturas preferidas, da música, o pós-punk!
O desespero dos Joy Division percusores de todo este movimento, que no seu fim dá origem à música dançavél dos New Order, os ambientes sufucantes dos Bau-Haus, o cariz social dos Gang of Four, o gótico dos Cure, a pop com alma dos Smiths, o som polido dos Depeche Mode, e o shoegaze dos Jesus and Mary Chain.
Só alguns exemplos dos mais velhinhos...
Dos mais recentes temos, o party-rock dos Franz Ferdinand e dos Kaiser Chiefs. Os Interpol recriando lugares negros e belos, parecidos com os Editors e ao mesmo tempo tão diferentes. O rock puro e duro dos Strokes também influenciado por esta altura. E claro os Bloc Party, um caso clamoroso...
Alguns ficaram supreendidos como muitas das bandas de hoje foram inspiradas neste movimento.
Bem só vos posso dizer que desfrutem.
Valete Frates