(Dave Gahan à frente, seguido de Martin Gore e Andrew Fletcher)Que ainda estão todos vivos?
Após várias alterações nos seus elementos, apenas três restam. Dave Gahan (vocalista), Martin Gore (o mais brilhante faz-tudo do mundo), e Andrew Fletcher (teclados).
Banda originária de Inglaterra (onde de resto vem quase tudo o que é bom), no ínicio era composta por os mesmos três elementos de agora e mais um, Vince Clarke. Ora uma banda nos ínicios dos anos 80, com quatro jovens ingleses com uns visuais um pouco ,"alternativos" e com o nome Depeche Mode, só podia vir na nova onda, só podia ser New Wave. Com os sintetizadores em toda a sua glória, marcando o ritmo de milhares de pistas de dança pelo globo fora.
Em 1987 sai o espetacular Music for the Masses um álbum brilhante produzido, com som bastante mais polido do que os ínicios e a etapa dos singles. As letras de Martin tinham ficado mais maduras também, reflectindo problemas e situações reais, coisas com que qualquer pessoa se pode identificar, e tudo muito na cara, pouco se escondiam nas suas letras. Fletcher criava o ambiente sonoro perfeito para acompanhar as letras, com os sintetizadores em lugar de destaque, criando uma verdadeira orquestra eléctrica, afastando-se um pouco da New Wave. Dave era o "front-man" ideal. Começava a mover-se em palco como um verdadeiro artista, tinha uma voz ligeiramente rouca, e bastante enquadra tanto com as letras como com o som da banda. Mais umas vez ficam os registos de verdadeiros exemplos de singles como Strangelove, Behind the wheel, e o meu preferido Never let me down again, todavia este disco não valia apenas pelos seus singles mas começava a olhar-se para o todo.
Em 1990 sai um dos melhores discos dos anos 80 (passe a antítese), talvez o melhor registo desta banda. Sai Violator.
Na hora de voltar ao estúdio após esta obra prima, os Depeche Mode voltam a mudar o som. Desta vez para um rock no seu estado mais puro. Em 1993 sai Songs of Faith and Devotion em seguimento a Violator, com mais bateria, mais guitarra, profundamente mais rock, próximo do som que se fazia para Seattle mais ou menos por esta altura. A reter desta vez músicas como I Feel You e Walking in my Shoes.Outro sucesso, se bem que mais comedido que o anterior.
Gore tinha as suas múscias prontas para gravação, mas Gahan afastava-se, demorava montes de tempo a gravar as suas partes, a heroína estava a comer-lhe o cérebro.
Cada vez mais ele se afundava dentro de si mesmo, e isto reflectia-se na banda como é óbvio. Passava horas fechado no seu quarto, ouvia vozes, e essas coisas todas que advém do consumo diário de drogas. Todo o seu comportamento auto-destrutivo culminou em 1995, quando ele tentou suicidar-se com uma lâmina. Isto foi o necessário para que ele entrasse para uma clínica de reabilitação e se pusesse em forma para voltar para a banda.
Na ressaca deste episódio, a banda lança um novo registo, Ultra, bastante mais negro, a roçar o gótico. Até custava a crer que esta mesma banda tinha feito alguma vez música festiva na sua carreira. It's no Good foi a música de mais sucesso, falando do amor e inevitável confirmação do destino traçado.
Demorou um pouco ao Depeche Mode a recuperar em termos musicais, os momentos dificeis de Gahan. Em 2001 sai Exciter um bom disco mas que não causou muito alarido, mas de onde mesmo assim se retiram dois excelentes singles Dream On e Free Love.
No tempo corrente David Gahan lançou mais um albúm a solo.Quanto a influências, bem...
São mesmo muitas, que vão desde do synth-pop, até pelo rock mais pesado.
Os Pet Shop Boys revelaram que Violator foi uma grande influência no seu trabalho, os Deftones e Marylin Manson também referem os Depeche Mode, tendo o último inclusive se ter revelado um verdadeiro fã, tendo até já feito covers de músicas.
Nos The Killers, Green Day e os The Bravery também se nota a sua influência.
Mas mais importante que isto, é a sensação que, tudo o que é música electrónica se rege pelos Depeche Mode.
Para terminar deixo aqui uma letra para poderem avaliar o brilhante lírico que é Martin Gore. Esta é dos inícios mas já dá para ver o seu génio.
Shake the Disease - Depeche Mode
I'm not going down on my knees,
Begging you to adore me
Can't you see its misery
And torture for me
When I'm misunderstood
Try as hard as you can,
Ive tried as hard as I could
To make you see
How important it is for me
Here is a plea
From my heart to you
Nobody knows me
As well as you do
You know how hard it is for me
To shake the disease
That takes hold of my tongue
In situations like these
Understand me
Some people have to be
Permanently together
Lovers devoted to
Each other forever
Now I've got things to do
And I've said before that I know you have too
When I'm not there
In spirit I'll be there
Here is a plea
From my heart to you
Nobody knows me
As well as you do
You know how hard it is for me
To shake the disease
That takes hold of my tongue
In situations like these
Understand me
Valete Frates

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